quarta-feira, 17 de maio de 2023

Dallagnol diz que cassação foi vingança: ‘dia de festa para Lula’

Deltan afirmou que os ministros do TSE utilizaram uma inelegibilidade imaginária8


Do  - Diario do Pider - O deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Pode-PR) declarou nesta quarta-feira (17) que a perda do seu mandato ocorreu por vingança devido ao combate à corrupção exercido por ele.  Dallagnol foi eleito com 344 mil votos na última eleição.

“Eu perdi o meu mandato porque eu combati a corrupção. E hoje é um dia de festa para os corruptos e um dia de festa para o Lula [..] Eu fui cassado por vingança, porque eu ousei enfrentar o sistema de corrupção”, declarou Deltan.

A declaração do parlamentar cassado foi feita em entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara dos Deputados

Dallagnol afirmou também que os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) utilizaram uma inelegibilidade imaginária para cassar o mandato e disse que não há processos administrativos disciplinares abertos contra ele.

A decisão do TSE saiu na noite desta terça-feira (16) por unanimidade. O relator do processo, ministro Benedito Gonçalves, entendeu que Dallagnol pediu exoneração do cargo de procurador para escapar de eventual punição administrativa, o que o tornaria ficha suja e, consequentemente, inelegível. O processo teve origem após pedido de cassação apresentado pela federação composta por PT, PCdoB e PV.

Dallagnol é ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato e foi o deputado federal mais bem votado do Paraná

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Ex-vice-presidente da República, senador Hamilton Mourão alerta: "a Justiça não pode ser uma extensão do poder

Senador Hamilton Mourão. Pedro França/Agência Senado
Senador Hamilton Mourão. Pedro França/Agência Senado

“Venho formalizar, por meio deste discurso, o pedido para que o Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional interdite, imediatamente, a cassação ilegítima do Deputado Deltan Dallagnol, por ela estar viciada, na forma e no conteúdo, por erros de tal gravidade que a levam muito além da esfera jurisdicional para se constituir em ataque direto à democracia no Brasil”, disse Mourão.

Para o ex-vice-presidente, “o momento nacional não permite silêncios, nem arroubos irresponsáveis e incendiários. A situação demanda posicionamentos firmes e claros, que transcendam as partes para convergir no bem comum de uma democracia saudável e madura como é a brasileira, mas passa por uma crise que não pode ser escondida ou ignorada”.


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