Laurence Bittencourt
Logo no inicio do governo Lula, ele criou um boato de que “ele” havia pagado a divida externa. A modestIa não lhe deixou dizer que fomos todos nós, brasileiros, que trabalhamos e principalmente os exportadores que geraram dólares para pagarmos o FMI, repito, o FMI, com 5 bilhões de dólares e não a divida externa que hoje se encontra (números oficiais de abril de 2011) em 282 bilhões de dólares, com um saldo depositado no tesouro americano de 328 bilhões de dólares
.
É importante, para quem gosta, acompanhar a relação entre o valor da divida externa e o saldo (reservas internacionais) depositado no tesouro americano. Essa relação já foi maior (divida externa menor e saldo maior), aviso, e vem caindo, o que é perigoso para o país.
A questão toda é que o governo para manter ou aumentar as reservas internacionais (uma forma de segurança para a divida externa), termina aumentando em proporções incalculáveis, a nossa divida interna, que passou de 600 bilhões de reais (época em que Lula assumiu o governo) para em valores atuais a 2 trilhões e 100 bilhões de reais. Olhem o tamanho da divida.
Mas por que eu estou dizendo que há perigo se calcularmos a diferença entre o saldo internacional e a divida externa? Basta um pequeno número: a divida externa hoje representa 85,98% do valor do saldo de deposito nos Estados Unidos, a chamada reserva internacional.
Por outro lado, por que a nossa divida interna aumenta tanto? Primeiro pelo aumento da despesa pública, e que para ser mantida o governo precisa tomar emprestado dinheiro no mercado. Segundo pelo valor percentual dos nossos juros. Só para você leitor ter uma idéia, a divida interna americana (EUA) está hoje em 13 trilhões de dólares, mas no entanto, a taxa de juros nos Estados Unidos (que é de 0,25%) é 49 vezes menor que a nossa taxa de juros que é de 12,25%.
Hoje o governo Dilma, muito mais racional que o de Lula, está lutando para não deixar a inflação disparar. Dilma na verdade está lutando em um ninho de cobras, os deputados federais e senadores, que só se preocupam com seus próprios interesses e com suas “bases”, não fazendo o mínimo esforço para conter gastos. Aliás, político só faz gastar, poupar que é bom, nada. A explicação além da desonestidade “natural” é que com o dinheiro dos outros é fácil.
Racionalmente nos falta estrutura (infraestrutura melhor dizendo) para crescermos a patamares como o do ano passado. O governo inclusive já reviu seus dados e hoje “aposta” em um crescimento de 4% a 4,5% ano, o que eu, na minha modesta opinião, ainda acho alto. Crescimento sem lastro estrutural pode resultar em inflação. E ai, tome aumento na taxa de juros. A saída, claro, seria contenção dos gastos públicos e privatização de estatais, receita que serve também para a Grécia, Itália, Portugal e Espanha, como também para o Brasil. Coincidentemente todos latinos ainda que indiretamente.
Só fico pensando (e não desejando acrescento) se houver uma crise na China, hoje o maior comprador do Brasil, e o segundo mercado consumidor (hummmm…socialista? Pois sim) do mundo, só perdendo, claro, para os Estados Unidos, que continuam fazendo a festa e alegria de muitos países (por comprar muito) mas que continua sendo, para quem não entende, sendo e propagado como o inferno do mundo. Pois sim.
(*) Laurence Bittencourt é jornalista.
Logo no inicio do governo Lula, ele criou um boato de que “ele” havia pagado a divida externa. A modestIa não lhe deixou dizer que fomos todos nós, brasileiros, que trabalhamos e principalmente os exportadores que geraram dólares para pagarmos o FMI, repito, o FMI, com 5 bilhões de dólares e não a divida externa que hoje se encontra (números oficiais de abril de 2011) em 282 bilhões de dólares, com um saldo depositado no tesouro americano de 328 bilhões de dólares
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É importante, para quem gosta, acompanhar a relação entre o valor da divida externa e o saldo (reservas internacionais) depositado no tesouro americano. Essa relação já foi maior (divida externa menor e saldo maior), aviso, e vem caindo, o que é perigoso para o país.
A questão toda é que o governo para manter ou aumentar as reservas internacionais (uma forma de segurança para a divida externa), termina aumentando em proporções incalculáveis, a nossa divida interna, que passou de 600 bilhões de reais (época em que Lula assumiu o governo) para em valores atuais a 2 trilhões e 100 bilhões de reais. Olhem o tamanho da divida.
Mas por que eu estou dizendo que há perigo se calcularmos a diferença entre o saldo internacional e a divida externa? Basta um pequeno número: a divida externa hoje representa 85,98% do valor do saldo de deposito nos Estados Unidos, a chamada reserva internacional.
Por outro lado, por que a nossa divida interna aumenta tanto? Primeiro pelo aumento da despesa pública, e que para ser mantida o governo precisa tomar emprestado dinheiro no mercado. Segundo pelo valor percentual dos nossos juros. Só para você leitor ter uma idéia, a divida interna americana (EUA) está hoje em 13 trilhões de dólares, mas no entanto, a taxa de juros nos Estados Unidos (que é de 0,25%) é 49 vezes menor que a nossa taxa de juros que é de 12,25%.
Hoje o governo Dilma, muito mais racional que o de Lula, está lutando para não deixar a inflação disparar. Dilma na verdade está lutando em um ninho de cobras, os deputados federais e senadores, que só se preocupam com seus próprios interesses e com suas “bases”, não fazendo o mínimo esforço para conter gastos. Aliás, político só faz gastar, poupar que é bom, nada. A explicação além da desonestidade “natural” é que com o dinheiro dos outros é fácil.
Racionalmente nos falta estrutura (infraestrutura melhor dizendo) para crescermos a patamares como o do ano passado. O governo inclusive já reviu seus dados e hoje “aposta” em um crescimento de 4% a 4,5% ano, o que eu, na minha modesta opinião, ainda acho alto. Crescimento sem lastro estrutural pode resultar em inflação. E ai, tome aumento na taxa de juros. A saída, claro, seria contenção dos gastos públicos e privatização de estatais, receita que serve também para a Grécia, Itália, Portugal e Espanha, como também para o Brasil. Coincidentemente todos latinos ainda que indiretamente.
Só fico pensando (e não desejando acrescento) se houver uma crise na China, hoje o maior comprador do Brasil, e o segundo mercado consumidor (hummmm…socialista? Pois sim) do mundo, só perdendo, claro, para os Estados Unidos, que continuam fazendo a festa e alegria de muitos países (por comprar muito) mas que continua sendo, para quem não entende, sendo e propagado como o inferno do mundo. Pois sim.
(*) Laurence Bittencourt é jornalista.
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