DEVANEIOS DE UM SEGUNDO TURNO
Confesso que gosto de analisar o "se" no processo político, que geralmente diz respeito a uma situação curiosa, com opiniões diferentes e muita polêmica.
Se a sucessão de Itabuna fosse realizada em dois turnos, com uma disputa final entre o deputado estadual Fabrício Pancadinha (Solidariedade) e o prefeito Augusto Castro (PSD), como se comportariam os candidatos derrotados na primeira etapa eleitoral ?
Dos prefeituráveis que representam o antipetismo, o ex-alcaide capitão Azevedo (PDT), o médico Isaac Nery (Republicanos) e o vice-prefeito Enderson Guinho (União Brasil) apoiariam Pancadinha. A dúvida fica por conta do também médico Antônio Mangabeira (PL) e o engenheiro Chico França (União Brasil). O mais provável é que adotariam uma posição de neutralidade.
E Geraldo Simões, ex-prefeito, ex-deputado federal e um dos fundadores do PT em Itabuna ? Vale lembrar que ACM Neto faria, presencialmente, uma declaração de apoio a Pancadinha. O PT ligado a Geraldo faz forte oposição ao governo municipal. Mas sofreria pressão do governador Jerônimo Rodrigues para apoiar o segundo mandato do chefe do Executivo.
Salta aos olhos que o senador Otto Alencar, dirigente-mor do PSD da Boa Terra, pediria a interferência de Jerônimo na sucessão de Itabuna, cobrando sua presença como "cabo eleitoral" da reeleição de Augusto. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também seria acionado.
Deixando os devaneios de lado, o caminho para ser o vice de Pancadinha, que mantém uma confortável frente nas pesquisas em relação ao segundo colocado, começa a entrar na pauta de alguns pré-candidatos.
Como não existe almoço de graça no emaranhado jogo político, o companheiro da majoritária teria como contrapartida ser o candidato a deputado estadual do grupo de Pancadinha no pleito de 2026, obviamente se o parlamentar fosse eleito para o cobiçado comando do centro administrativo Firmino Alves.
O nevoeiro da sucessão do prefeito Augusto Castro, que impede uma análise mais consistente, começa a dissipar. Céu de brigadeiro só no ano eleitoral de 2024, faltando poucos dias para as convenções partidárias.
*PS -* O jornalista e comentarista político Paulo Lima, meu amigo de priscas eras, diz que "várias personalidades da política itabunense estão prestes a se filiarem ao PL da cidade". Cita os nomes dos engenheiros Chico França e Harrison Nobre, do arquiteto Ronald Kalid e do médico Antônio Vieira. O PL está sob a batuta do também médico Antônio Mangabeira, que tem o integral apoio de João Roma, presidente estadual da legenda, para conduzir o processo sucessório. O Partido Liberal passa a ser um abrigo partidário para quem se identifica com o campo ideológico da direita.
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