terça-feira, 12 de julho de 2011

Ilhéus sedia simpósio brasileiro da pupunheira

Produtores, agroindustriais e pesquisadores de várias partes do país discutem em Ilhéus questões ligadas ao melhoramento genético, pragas, formação de mudas, mercado e comercialização de palmito, além da utilização de frutos na alimentação humana e produção de ração animal, durante o I Simpósio Brasileiro da Pupunheira. Promovido pela Ceplac e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), o evento será realizado de 27 a 30 de setembro, no centro de convenções Luís Eduardo Magalhães. O apoio é da Prefeitura de Ilhéus, Ministério da Agricultura, Secretaria da Agricultura da Bahia, Sebrae, Senar, Embrapa, Banco do Nordeste, dentre outras instituições.
Com o objetivo de apresentar o programa do simpósio, o prefeito Newton Lima recebeu na tarde desta segunda-feira (11), no Palácio Paranaguá, as pesquisadoras da Ceplac Maria das Graças Parada Costa, Stela Dalva Midlej Silva e Isabel Cristina Fontes Brandão, que integram a comissão organizadora do simpósio. Na oportunidade, a fiscal federal em agropecuária Maria das Graças Parada Costa falou sobre a importância de Ilhéus sediar o evento voltado para o agronegócio palmito de pupunha e para o fortalecimento das pesquisas com a espécie.
A abertura está prevista para as 18 horas do dia 27, seguida da palestra “Origem e domesticação a pupunha cultivada”, a ser proferida pelo técnico Charles Clement, do Instituto de Pesquisa do Amazonas. Depois, será lançado o livro “Palmeiras para produção de palmito”, escrito por Álvaro Figueiredo dos Santos, Cirino Corrêa Júnior e Edinelson José Maciel Neves.
Feira de exposição – Em paralelo às palestras, mesas redondas e sessões de painéis. A parte externa do centro de convenções será reservada para a realização de feira e exposição. Nos estandes, serão comercializados subprodutos do palmito, a exemplo de biscoitos, bolos, mingaus, cuscuz, além de madeira de pupunheira. Também, baianas irão distribuir acarajé utilizando vatapá feito por produto originário da pupunha. 
A pesquisadora ceplaqueana contou que o processamento do fruto da pupunheira também é alternativa para gerar renda, especialmente para os agricultores familiares, que poderão usá-lo na alimentação e na criação de frangos, peixes e suínos. Originária da região amazônica, a pupunheira foi introduzida no Brasil em vários estados e se adaptou às condições ambientais dos diversos ecossistemas. Na Bahia, a Ceplac começou a pesquisar nos anos 80, no município de Una.
Uma das finalidades do simpósio é transferir conhecimentos científicos e tecnológicos sobre a pupunheira e promover o intercâmbio do agronegócio. O Brasil é o maior produtor e consumidor mundial de palmito. Entretanto, 90% da produção são oriundas do extrativismo predatório do açaí. Maria das Graças Parada Costa lembrou que ”o nosso país cultiva a pupunha para a produção de palmito desde o final de 80. E no decorrer deste período muitas pesquisas foram realizadas sobre o tema nos centros de pesquisa e universidades, acumulando muitas informações científicas quanto ao cultivo da espécie e experiências no plantio e na sua industrialização”. 
Ascom/Emasa
www.ilheus.ba.gov.br

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