quarta-feira, 10 de março de 2010


Descoberta nova arma contra a dengue

É um comprimido, dissolvido em água. A nova arma vai combater as larvas do mosquito da dengue. O bioinseticida, totalmente nacional, já está sendo produzido por cientistas.

A roupa especial é obrigatória para entrar no laboratório onde pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz lidam com uma nova descoberta: bactérias com o poder de combater a dengue. Elas têm o apelido de BTI, mas o nome completo é Bacillus thuringiensis israelensis. São bactérias encontradas na terra. Dentro do laboratório, são usadas como matéria-prima para a produção de um inseticida biológico.

O bioinseticida desenvolvido aqui fica assim: são comprimidos para serem colocados dentro das caixas d’água. Duas horas depois de ingerir o inseticida, as larvas sofrem uma paralisia e deixam de se alimentar. Após 24 horas, elas morrem. A arma letal para a larva do mosquito Aedes aegypti, segundo os pesquisadores, é inofensiva para o meio ambiente.

Foram dois anos e meio de testes e pesquisas para chegar a um produto que os cientistas acreditam ser extremamente eficiente no combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti.

Um comprimido para 50 litros de água. Além das caixas d’água, a mistura também pode ser usada para regar as plantas.  “Tem a persistência de 24 dias no ambiente”, diz a pesquisadora da Fiocruz Elizabeth Gomes Sanches.
Malaria

Nos laboratórios da Fiocruz, a mesma equipe também desenvolveu bioinseticidas contra os vetores da malária e da filariose, conhecida como elefantíase.

Eliminar os criadouros do mosquito da dengue é a melhor forma de prevenção. O número de registros da doença no Brasil este ano já é o dobro, em relação ao mesmo período do ano passado.

Só em janeiro e meados de fevereiro de 2010, foram 108.640 casos. A tecnologia desenvolvida pela Fiocruz já foi patenteada. Falta agora definir que empresa vai produzir o bioinseticida brasileiro. Ele será usado no programa de combate à dengue do Ministério da Saúde.

Hoje, os agentes de saúde só trabalham com bioinseticidas importados. Mas em breve, eles poderão estar nas ruas munidos de uma arma 100% nacional.

Fonte - Portalms.com.br

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