Colegas de formatura na Escola Naval divulgam carta defendendo inocência do almirante Garnier, acusado de apoiar suposta trama golpista
Do- Diario do Poder - O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, recebeu neste sábado (30) o apoio público de colegas de formatura de sua turma de 1976 na Escola Naval. A carta que circula entre militares defende a inocência do almirante e trata como “acusações lançadas ao vento” a informação de que o militar teria aceitado usar suas tropas para um presumido golpe militar com trama atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na suposta delação do ex-ajudante de ordens da Presidência da República, tenente-coronel Mauro Cid.
“Por conhecermos o passado de Garnier, nós da associação da sua turma de Escola Naval acreditamos na sua inocência, formamos ao seu lado e lhe prestamos continência. É nosso dever de lealdade a um amigo, um irmão, um almirante”, diz o trecho final do manifesto, divulgado pela CNN Brasil.
Os militares da Marinha ressaltam que as acusações de que Garnier teria sido o único comandante das Forças Armadas a acatar proposta de golpe contra a posse do presidente Lula (PT) são de impossível comprovação ou de contraposição, por se tratar de tema que tramita sob segredo de Justiça. E lamentam que a desinformação grasse solta, enquanto os envolvidos são tolhidos de se manifestar.
Ao darem o testemunho sobre “a pessoa por trás do título” do ex-comandante da Marinha, os defensores de Garnier expõem que não faz sentido “supor que um almirante-de-esquadra que passou pelo escrutínio de seus pares ao longo de toda a sua carreira, tenha conseguido enganar a todos e mudar seu comportamento de forma tão dramática”. E justificam que pessoas raramente mudam de fato, mas se aperfeiçoam em ser o que sempre foram. “Queres julgar alguém, mira-te no seu passado. Lá a verdade reside”, defendem.
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