Entre os que professam religiões de matriz africana, 53,7% são contra e 34,9% favoráveis a políticas de cotas raciais
Movimento de rua na cidade do Rio de Janeiro - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil. |
Até mesmo entre brasileiros que professam religiões de matriz africanas são majoritariamente contrários a políticas de cota racial: 53,7%. Mas esse grupo defende a adoção de cotas sociais, independente da cor da pele.
Nesse grupo adepto de religiões de matriz africana, 34,9% são totalmente favoráveis às cotas raciais em nome da “reparação histórica perante a escravatura”
A constatação é de pesquisa nacional do instituto Orbis para o Diário do Poder, realizada nos dias 3 e 4 deste mês, quando foram entrevistados 2.154 brasileiros de todas as regiões do País.
De acordo com esse levantamento, mais de 75% dos entrevistados são contrários às cotas raciais, especificamente em concursos públicos, incluindo vestibulares de acesso a universidades.
Para o diretor de Operações e Pesquisa do Orbis, Márcio Pereira, “a população notou que a política de cotas raciais podem criar precipícios pela simples coloração da epiderme”.
Para ele, “é preciso levar em conta a nossa origem étnica, onde grande parte do nosso povo é afro descendente, independentemente de sua tonalidade.”
Aqueles que se posicionam contrariamente às cotas raciais concordam com a avaliação, proposta pelos entrevistadores, de que Sou contra, “somos um país miscigenado, misturado, devemos ter cotas sociais e dar preferência para os mais pobres independentemente da cor”.
Levando-se em conta a religião dos entrevistados, são contrários a políticas de cota racial os católicos (59,5%), evangélicos (62,8%), espíritas (48,8%), religiões de matriz africana (53,7%), outras (62,3) e os sem religião (56,7%).
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