O corte de benefícios sociais anunciado pelo governo na noite de segunda-feira (29) produziu mal-estar entre os filiados de partidos governistas no Congresso. Vem do PMDB a primeira verbalização do desconforto: “Por que o trabalhador tem que ser a primeira vítima do ajuste fiscal?”, indaga o deputado baiano Lúcio Vieira Lima, vice-líder do PMDB e entusiasta da candidatura do correligionário Eduardo Cunha à presidência da Câmara.
Para Lúcio, antes de cortar direitos trabalhistas, impondorestrições no acesso ao seguro-desemprego, abono salarial do PIS, auxílio-doença e pensões, o governo teria de cortar “na própria carne”. O deputado pergunta: “Por que tanto desinteresse em enxugar a máquina pública? Se os cortes são inevitáveis, por que manter 39 ministérios?”