Ricardo Campos, diretor-presidente da Emasa |
Funcionários
com salários atrasados e débitos com fornecedores que ultrapassam milhões de
reais; falta de equipamentos e de produtos químicos indispensáveis para o tratamento
de água, além de prédios em péssimo de estado de conservação. Estas foram
algumas das principais irregularidades que o novo presidente da Empresa
Municipal de Águas e Saneamento (Emasa), Ricardo Campos, constatou, ao assumir
o comando da empresa no último dia 02.
Ele disse que
foi feito um diagnóstico superficial, apenas para facilitar o direcionamento
das ações emergenciais, a exemplo da renegociação de dividas acumuladas ao
longo de oito anos, mas só uma auditoria é que irá mostrar se houve desvios de
verbas e a verdadeira situação de sucateamento em que se encontra a empresa. A
auditoria é uma determinação do prefeito Claudevane Leite e deve ser licitada
nos próximos dias.
O presidente
da Emasa informou que a Coelba reteve R$ 900 mil referentes a dívidas parceladas
que não foram pagas pelo governo passado. O dinheiro seria destinado ao
pagamento do salário e do 13º dos servidores, “mas ele simplesmente desapareceu”,
afirmou.
Segundo
Ricardo Campos, a empresa municipal de saneamento foi completamente dilapidada
e não recebeu nenhum investimento que pudesse melhorar ao menos a qualidade do
serviço. O dirigente disse ainda que apesar de tantos problemas enfrentados, a
empresa não parou de funcionar por causa dos funcionários, que mesmo
desmotivados por falta de equipamentos de trabalho e com salários atrasados
desde novembro, mantiveram o ritmo de trabalho.
Uma das
prioridades imediatas da nova gestão é detectar o desvio de funções. Muitos
funcionários que recebem salário não trabalham na Emasa, bem como o grande número
de veículos que foram alugados, mas que prestam serviços fora da empresa.
Campos
adiantou que iniciou o processo para arrecadação mensal, com a reativação,
leitura e cobrança de nove mil ligações que estão inativas. Ele também disse
que vai exercer maior controle dos carros-pipas que recebem pelo abastecimento
de água em algumas áreas da cidade, para evitar desvio de verbas, uma pratica
comum nas administrações anteriores.
Outra questão
prioritária, segundo Ricardo, é a revisão de todos os contratos feitos pela
Emasa que segundo ele, paga, mas nem sempre recebe pelo serviço contratado. “A
Emasa é viável, é um grande patrimônio e tem um faturamento mensal que permite
funcionar plenamente e prestar um serviço de qualidade, bem diferente do que vinha
oferecendo. Nós vamos conseguir melhorar essa situação com o programa de
eficientização energética que será implantado”, assegurou.
Departamento de Comunicação
Social
Por: Rosi Barreto
09/01/13
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