Em assembleia realizada na tarde da última
sexta-feira (20) os trabalhadores em educação da rede municipal de Ilhéus
decidiram fazer uma nova paralisação de advertência no próximo dia 04 de julho,
em sinal de protesto contra a decisão do prefeito Jabes Ribeiro de não cumprir
a lei que determina o pagamento do piso nacional dos professores e o reajuste
salarial anual dos demais servidores e também por se recusar a negociar com a
categoria. De acordo com a decisão dos trabalhadores, às 8 horas da manhã do
dia 04 de julho será realizada uma reunião com os pais dos alunos, seguindo com
a assembleia da categoria.
Os trabalhadores não descartam a possibilidade
de realizar uma greve por tempo indeterminado, já que a pauta da campanha
salarial de 2014 foi protocolada na Prefeitura em dezembro do ano passado, mas
até agora o governo não apresentou uma proposta de negociação. No ano passado os trabalhadores em educação
realizaram uma greve de mais de 80 dias e como o governo municipal insistiu em
não conceder a reposição salarial, os sindicatos decidiram ingressar na justiça
para cobrar seus direitos. Em sua decisão, a juíza da Vara do Trabalho deu
ganho de causa aos trabalhadores, mas o prefeito se recusa a atender à
determinação judicial.
A assembleia realizada na última sexta-feira
contou com a participação do coordenador geral licenciado da APLB e
pré-candidato a deputado estadual Rui Oliveira, que reafirmou a importância de
todos os trabalhadores em educação da rede municipal de Ilhéus permanecerem na
luta em defesa dos seus direitos. Rui Oliveira destacou que nesse momento de
luta os trabalhadores precisam estar unidos, fortes e juntos no mesmo
propósito, sem se render às ameaças e tentativas de intimidações por parte do
governo municipal.
A reunião contou também com a participação do
advogado Iruman Contreiras, que confirmou o crime de assédio moral praticado
pelo prefeito e explicou que a ameaça de demissão por parte do governo
municipal não passa de uma falácia para amedrontar os trabalhadores. Com base
na legislação, Iruman Contreiras provou que o prefeito não poderá, em nenhuma
hipótese, demitir os trabalhadores do período de 1983 a 1988, como ele vem
afirmando na imprensa regional.