Brasília
– O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) em novembro chegou a R$
1,965 trilhão, um crescimento em termos nominais de 1,1% na comparação
com outubro, quando somou R$ 1,943 trilhão, informou hoje (21) o Tesouro
Nacional. Embora cada vez mais próximo dos R$ 2 trilhões, a total da
dívida em novembro continua dentro do estimado no Plano Anual de
Financiamento (PAF) de 2012 – entre R$ 1,950 trilhão e R$ 2,05 trilhões.
A
Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (em títulos) subiu 0,95%,
passando de R$ 1,854 trilhão para R$ 1,872 trilhão. Isso ocorreu porque o
Tesouro emitiu R$ 1,1 bilhão a mais do que resgatou em títulos públicos
e incorporou à dívida R$ 16,55 bilhões em taxas de juros.
O
reconhecimento de juros ocorre porque a correção que o Tesouro se
compromete a pagar aos investidores (que emprestam dinheiro para que o
governo possa rolar a dívida) é incorporada gradualmente ao valor
devido. No caso de um investidor que comprou um título por R$ 100 com
correção de 12% ao ano, por exemplo, ele receberá R$ 964 ao final de 20
anos. Essa diferença é incorporada mês a mês ao total da dívida pública.
A
Dívida Pública Externa aumentou 4,16% sobre o estoque apurado no mês de
outubro, passando para R$ 92,99 bilhões (US$ 44,13 bilhões) em
novembro, sendo R$ 79,82 bilhões (US$ 37,88 bilhões) referentes à dívida
em títulos e R$ 13,17 bilhões (US$ 6,25 bilhões) à dívida contratual.
As
participação dos papéis prefixados (que têm a taxa de juros definida no
momento da emissão) na dívida interna aumentou de 39,88% em outubro
para 40,79% em novembro. A fatia dos títulos vinculados a taxas
flutuantes, como a Selic (taxa de juros básicos da economia) caiu de
24,07% para 23,17%.
A participação dos títulos corrigidos pela
inflação teve leve queda, de 35,47% para 35,44%. A parcela da dívida
interna vinculada ao câmbio, no entanto, apresentou ligeira elevação, de
0,58% para 0,60%.
Com taxas definidas com antecedência, os
títulos prefixados são preferíveis para o Tesouro Nacional porque dão
maior previsibilidade à administração da dívida pública. Em
contrapartida, os papéis vinculados à Selic representam mais risco
porque pressionam a dívida para cima,
quando há alta das taxas.
O
prazo médio da DPF ficou em 3,99 anos, mesmo patamar de outubro. O
Tesouro Nacional não divulga o resultado em meses, apenas em anos. A
participação dos vencimentos nos próximos 12 meses, no entanto, caiu, de
25,30% para 24,48%. Prazos maiores ajudam o governo a administrar
melhor a dívida e a ter mais espaço para renegociar com os credores.
Nas
operações, o governo pega emprestados recursos dos investidores para
honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver os recursos com
alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos
títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa básicas de juros, da
inflação ou do câmbio.
Fonte -
jornaldamídia