sábado, 29 de junho de 2024

Empresários ligam avanço de facções ao STF limitar operações policiais em favelas

Entidades empresariais afirmam que facções criminosas enriqueceram e ampliam territórios no Rio, após três anos de restrições da ADPF 635

Polícia Militar do Rio de Janeiro na Favela da Maré. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Arquivo


Do -Diario do Poder - Entidades empresariais divulgaram, neste sábado (29), uma carta aberta em que apelam por segurança e pacificação no Rio de Janeiro e atribuem o avanço de facções criminosas cariocas às limitações determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à realização de operações nas favelas da capital fluminense. Eles pedem o fim das travas criadas no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 635 a clamam por um basta no cenário violência que avaliam ser até mais grave do que alguns países em guerra.

Ao elogiar o heroísmo das forças de segurança, o documento critica o esforço insuficiente da Segurança Pública, diante de um “leniente sistema das audiências de custódia e das famigeradas saidinhas” de criminosos das prisões. E dizem que o quadro de domínio do crime organizado foi agravado há mais de três anos, quando as medidas restritivas do STF a ações policiais em comunidades do Rio favoreceram facções, que enriqueceram e ampliaram territórios com ajuda das limitações impostas pela ADPF 635.

“Como consequência da referida ADPF 635, observamos o enriquecimento e a expansão territorial das facções criminosas, restringindo o direito de ir e vir da população.  Temos visto nosso Rio de Janeiro se tornar porto seguro de criminosos foragidos de outros Estados, servindo como uma grande incubadora do crime organizado. Queremos um BASTA [sic]! Criminoso é criminoso e precisa ser tratado com o devido rigor da Lei, para que a sociedade possa gozar da saudosa e tão desejada liberdade preconizada em nossa Constituição”, diz um trecho da carta.

Histórico

A ADPF 635 teve sua primeira liminar contra operações em favelas emitida pelo ministro-relator Edson Fachin em junho de 2020, em razão de mortes de civis na pandemia de covid-19. Mas foi movida pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) em novembro de 2019, quando a sigla do atual vice-presidente Geraldo Alckmin pedia até que não houvesse operações com helicópteros usados como plataforma de tiro em todo o Estado do Rio de Janeiro.

A manifestação dos empresários foi divulgada com entusiasmo por parlamentares do PL, como o deputado federal por São Paulo, Eduardo Bolsonaro, e o deputado estadual Márcio Gualberto, que preside a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

“O aumento da criminalidade tem gerado uma insegurança crescente para todos nós que vivemos aqui, além de impactar negativamente o desenvolvimento econômico. Esperamos a sensatez das autoridades competentes para que deem um fim na ADPF 635, a fim de avançarmos na segurança pública do povo do Rio”, apelou Gualberto.

Leia a íntegra da carta dos empresários:

CARTA CONJUNTA À SOCIEDADE

Nosso Rio de Janeiro vive um cenário de flagrante guerra contra o crime, com números assustadores de violência, equivalentes e até maiores que de países em guerra, tendo sido agravado nos períodos pandêmico e pós-pandêmico, principalmente com o advento da ADPF 635*, que vem há mais de 3 anos restringindo drasticamente as operações policiais.

Leia a íntegra da carta dos empresários:

CARTA CONJUNTA À SOCIEDADE

Nosso Rio de Janeiro vive um cenário de flagrante guerra contra o crime, com números assustadores de violência, equivalentes e até maiores que de países em guerra, tendo sido agravado nos períodos pandêmico e pós-pandêmico, principalmente com o advento da ADPF 635*, que vem há mais de 3 anos restringindo drasticamente as operações policiais.

Nossas bravas e heroicas forças de segurança têm sido, resilientemente, a última barreira contra o domínio completo por parte do crime organizado, num verdadeiro “enxugar de gelo”, contra o leniente sistema das audiências de custódia e das famigeradas “saidinhas” dos detentos/criminosos.

Em completo antagonismo aos anseios da sociedade que produz, paga seus impostos e deseja um Rio melhor, temos percebido uma verdadeira guerra informacional, que vitimiza os criminosos e macula a imagem das nossas Forças de Segurança. Forças estas, representadas por verdadeiros guerreiros, policiais que deixam suas famílias para defender as nossas, dispostos ao enfrentamento e, por vezes, a dar sua própria vida em defesa da sociedade, de nossos negócios e nosso patrimônio.

Queremos um BASTA!

Nesta carta, as entidades, representantes de empresas e empresários, de diversos setores da cadeia produtiva, conscientes de que a economia e o desenvolvimento inexistem sem a garantia da ordem e da segurança pública, conclamam a união de todos em busca de um Rio de Janeiro mais seguro e próspero. 

Ressaltamos que a segurança pública é um tema transversal a todas as Entidades, sem a qual não existem empresas, empregos e uma sociedade livre. Como consequência da referida ADPF 635*, observamos o enriquecimento e a expansão territorial das facções criminosas, restringindo o direito de ir e vir da população. 

Temos visto nosso Rio de Janeiro se tornar porto seguro de criminosos foragidos de outros Estados, servindo como uma grande incubadora do crime organizado.

Queremos um BASTA! Criminoso é criminoso e precisa ser tratado com o devido rigor da Lei, para que a sociedade possa gozar da saudosa e tão desejada liberdade preconizada em nossa Constituição. 

Não existe PROGRESSO SEM ORDEM.

Por um RIO MAIS SEGURO, escolhemos sempre o lado do bem, estamos ao lado de nossas Forças de Segurança, a quem expressamos o nosso muito obrigado.

O ITAPEDRO não pode ser...

 

O ITAPEDRO não pode ser...

Por-Lisdeili Nobre

Em nossa cidade, a chegada do ITAPEDRO é motivo de celebração, uma época em que as ruas se enchem de música e alegria, e os corações dos moradores pulsam ao ritmo das festividades. Este evento, além de proporcionar um necessário descanso das labutas diárias, oferece uma pausa crucial para a saúde mental, permitindo que todos relaxem e recarreguem suas energias. Nesses momentos, os shows dos artistas que tanto amamos não são apenas entretenimento, mas um bálsamo que suaviza o peso da vida cotidiana.

No entanto, a função do ITAPEDRO não deve se limitar a ser apenas um refúgio temporário das adversidades do mundo. O risco que corremos, ao dedicar tanto fervor e recursos a tais celebrações, é transformar esses eventos em meros instrumentos de distração. É fundamental que essas festividades não se convertam em uma cortina de fumaça para os reais problemas que a cidade enfrenta - como corrupção, má gestão e insuficiência em áreas vitais como saúde, educação e infraestrutura.

O ITAPEDRO não pode ser apenas um refúgio temporário das adversidades do mundo. É crucial que essas festividades não se transformem em instrumentos de distração, escondendo os reais problemas que a cidade enfrenta, como corrupção, má gestão e deficiências críticas em áreas como saúde, educação e infraestrutura.

O ITAPEDRO não pode ser uma estratégia adotada por regimes populistas, onde governantes utilizam os recursos públicos não para o bem-estar coletivo, mas como uma ferramenta para ganhar popularidade e apoio através de benefícios imediatos e superficiais. A longo prazo, tais práticas podem desviar a atenção das soluções verdadeiramente necessárias que garantiriam o desenvolvimento sustentável da nossa comunidade.

O ITAPEDRO não pode ser uma forma de manipulação política, onde o fácil acesso a entretenimento pode criar uma falsa sensação de bem-estar e estabilidade. Essa manipulação, por sua vez, pode servir para obter apoio eleitoral, desviar críticas e enfraquecer movimentos de oposição, corroendo os alicerces da nossa democracia.

O ITAPEDRO não pode ser, enfim, um impacto negativo na democracia, enfraquecendo os princípios democráticos ao desestimular o engajamento cívico e a participação ativa da população nos processos políticos. Quando as pessoas estão distraídas com o entretenimento e aliviadas com benefícios superficiais, tendem a ser menos críticas e menos propensas a exigir transparência e responsabilidade dos governantes.

Enquanto nos deleitamos com as festas do ITAPEDRO, devemos manter um olhar crítico e atento, exigindo que os mesmos níveis de investimento e energia dedicados ao festival junino sejam também aplicados em iniciativas que fortaleçam e desenvolvam nossa infraestrutura e serviços essenciais. Só assim o ITAPEDRO será verdadeiramente uma celebração da nossa cultura e resiliência, e não um paliativo para os desafios que enfrentamos. Celebrar é necessário, mas nunca à custa do progresso e do bem-estar duradouro de nossa comunidade

Lisdeili Nobre

24 de Junho de 2024

https://lisdeilinobre.com.br/o-itapedro-nao-pode-ser

Ilhéus condecora ilheenses ilustres com a Comenda São Jorge dos Ilhéus

Em um dia de comemorações dos seus 490 anos, Ilhéus condecora ilheenses ilustres com a Comenda São Jorge dos Ilhéus

Em homenagem realizada no Teatro Municipal de Ilhéus, conhecemos a história de seis personagens que, por seus méritos e grandes feitos, foram condecorados com a maior honraria de Ilhéus._

Durante as comemorações do aniversário de 490 anos de Ilhéus, nesta sexta-feira (28), ocorreram eventos importantes, como a apresentação das novas viaturas da GCM e a entrega de mais uma etapa do Programa Caminho dos Altos, para a comunidade do Alto do Coqueiro. Entre eles, destacou-se a concessão das Comendas São Jorge dos Ilhéus, a maior honraria do município, que homenageou cidadãos ilustres.

Dentre os homenageados, estavam a senhora Jocimara Pereira Leitão dos Santos, exemplo de bondade e espírito empreendedor, que ficou conhecida quando descoberta por um influenciador que, ao alegar fome, ganhou dela, um dos bolos que comercializava, que a retribuiu conferindo notoriedade à vendedora ilheense. 

Também recebeu a honraria, Pe. Edson Hagge Leandro, atual pároco da Paróquia São Jorge dos Ilhéus, Cura da Catedral de São Sebastião e Capelão do Hospital São José. Pe. Edson, vai além das atividades pastorais, atuando em diversas instituições e projetos de promoção humana pela Diocese de Ilhéus, como a Fazenda da Esperança, o Abrigo São Vicente, a Creche Novo Céu, o Projeto Social das Irmãs da Aurora e os Projetos Sociais da Pia União de Santo Antônio. 

Outro homenageado foi o Major PM Itamar da Encarnação Ferreira, atual comandante da Companhia Independente de Policiamento Rodoviário, é um dos responsáveis por viabilizar estudos para a instalação do Pelotão de Policiamento Rodoviário em Ilhéus, que contribuirá para termos um trânsito mais seguro.

O quarto homenageado da noite foi o médico otorrinolaringologista, Paulo Sérgio Alves Correia Santos, presidente da Unimed/Ilhéus, conselheiro de administração da Sicredi Integração Ilhéus-Itabuna, sócio- fundador do Centro Médico de Ilhéus e ex-conselheiro do Conselho Regional de Medicina da Bahia, onde ficou por 20 anos. Ele foi um dos pioneiros no projeto Adote uma Praça, tendo, pela Unimed/Ilhéus, a responsabilidade de recuperar a Praça Pedro Matos e a fachada do Teatro Municipal.

Quem também foi homenageado com a Comenda São Jorge dos Ilhéus foi o artista plástico Carlos Alberto Alves de Moura, mais conhecido como Makalé. Pernambucano de nascimento, está há 42 anos em Ilhéus espalhando a beleza de sua arte. Com vasta formação em desenho, pintura, escultura, modelagem, tipografia e encadernação, Makalé inspira quem admira sua arte. O artista também é famoso pelos desenhos e decoração de carnaval, contribuindo com as festividades locais. Além de artista plástico, ele também atuou como diretor do Jornal Diário de Ilhéus.

Encerrando a noite de condecorações, também recebeu a honraria, o Pr. Joás Viana dos Santos. Ele saiu de casa aos 12 anos, prometendo aos seus pais que venceria e os ajudaria e escolheu Ilhéus para cumprir sua missão. O pastor tem trabalhado muito para propagar o evangelho. Em 2011, fundou a Assembleia de Deus Sarando Vidas, além de ser responsável por inúmeros projetos sociais, como o Verão Gospel e a Caravana Social. 

A entrega das Comendas São Jorge dos Ilhéos foi um momento de grande emoção, com a participação de familiares dos condecorados e a presença do prefeito Mário Alexandre, da deputada estadual Soane Galvão, da ex-deputada estadual  Ângela Souza, vereadores e autoridades municipais. Dando boas-vindas aos presentes, o prefeito Mário Alexandre destacou a alegria de poder reconhecer os grandes feitos dos homenageados e os agradeceu por serem importantes exemplos para os cidadãos ilheenses. Já a deputada Soane lembrou como cada um ali homenageado, se torna inspiração para as gerações futuras.

Ascom

A entrega da Comenda São Jorge dos Ilhéos é entregue anualmente para cidadãos ilustres indicados pela sociedade ao Governo Municipal. Os novos comendadores são indicados, baseando-se em seus feitos e méritos à sociedade ilheense, independente de serem naturais do município.

O Viva Ilhéus 490 Anos continua nesta noite com muito mais emoção e alegria!

Depois de um grande sucesso de público, a segunda noite do Viva Ilhéus promete ser ainda mais especial.

O Viva Ilhéus 490 Anos continua nesta noite com muito mais emoção e alegria! Depois do grande sucesso de público na abertura, a segunda noite do festival promete ser ainda mais vibrante, reunindo ilheenses e turistas para celebrar os 490 anos de nossa cidade. Está chegando a hora de seguirmos para a arena de shows e aproveitar mais uma noite inesquecível com apresentações de Xanddy Harmonia e outros músicos e bandas incríveis. O Viva Ilhéus é um evento especial, pois une grandes atrações nacionais com o melhor da música regional, valorizando os artistas locais.

E nesta sexta-feira (28), aniversário de Ilhéus, não será diferente. Com a presença de Zumbahia, Menina Faceira, Daniel Vieira, Top Gan, Simone Lessa, Berguinho, Xanddy Harmonia, Canários do Reino e Forró Saborear, a segunda noite do Viva Ilhéus 490 Anos – Um Novo Renascer vai lotar novamente todo o espaço e o público vai poder curtir toda a estrutura e planejamento feito com muito carinho e dedicação.  


Esta edição do Viva Ilhéus já é inesquecível pela estrutura montada, pelas atrações trazidas e, mais que tudo, pelo entusiasmo do público que se entrega completamente à diversão e à celebração. Por isso, venha para essa festa e comemore os 490 anos de Ilhéus conosco, em uma noite que ficará marcada na história da cidade e no coração de todos os participantes.

_Depois de um grande sucesso de público, a segunda noite do Viva Ilhéus promete ser ainda mais especial._

O Viva Ilhéus 490 Anos continua nesta noite com muito mais emoção e alegria! Depois do grande sucesso de público na abertura, a segunda noite do festival promete ser ainda mais vibrante, reunindo ilheenses e turistas para celebrar os 490 anos de nossa cidade. Está chegando a hora de seguirmos para a arena de shows e aproveitar mais uma noite inesquecível com apresentações de Xanddy Harmonia e outros músicos e bandas incríveis. O Viva Ilhéus é um evento especial, pois une grandes atrações nacionais com o melhor da música regional, valorizando os artistas locais.

E nesta sexta-feira (28), aniversário de Ilhéus, não será diferente. Com a presença de Zumbahia, Menina Faceira, Daniel Vieira, Top Gan, Simone Lessa, Berguinho, Xanddy Harmonia, Canários do Reino e Forró Saborear, a segunda noite do Viva Ilhéus 490 Anos – Um Novo Renascer vai lotar novamente todo o espaço e o público vai poder curtir toda a estrutura e planejamento feito com muito carinho e dedicação.  

Esta edição do Viva Ilhéus já é inesquecível pela estrutura montada, pelas atrações trazidas e, mais que tudo, pelo entusiasmo do público que se entrega completamente à diversão e à celebração. Por isso, venha para essa festa e comemore os 490 anos de Ilhéus conosco, em uma noite que ficará marcada na história da cidade e no coração de todos os participantes.

Ascom 

Valderico Júnior curte segunda noite do Viva Ilhéus e ressalta importância da cultura

A segunda noite do Viva Ilhéus contou com muita música boa e um grande público, nesta sexta-feira (28). Assim como no primeiro dia, o pré-candidato a prefeito Valderico Júnior compareceu ao evento, aproveitando a festa ao lado de amigos e da população.

O empresário ressaltou a importância da cultura regional e como o povo ilheense valoriza esse tipo de evento:

"Fiquei feliz em ver como as pessoas aproveitaram a festa. São momentos de diversão, para encontrar amigos e sair um pouco da rotina. É também a oportunidade de movimentar a economia local e o turismo. Por isso, a cultura tem que ser levada à sério pela gestão municipal. Precisamos ampliar as ações culturais não só no centro, mas também em todas as comunidades".

Mais uma vez, o pré-candidato teve uma receptividade calorosa do povo. Muitos pediram para tirar selfies, deram abraços e elogiaram suas propostas de governo. O desejo de renovação era o assunto em destaque.

No evento, Valderico Júnior encontrou ainda com outros políticos e pré-candidatos, cumprimentando todos cordialmente.

Ascom do pré-candidato 

Celebração do dia da cidade de Ilhéus...

 Celebração do dia da cidade de Ilhéus...

Ilhéus completando 490 anos, neste dia 28 de junho de 2024. Parabéns!


Para matar a saudade...

Ilhéus é uma cidade

do sul da Bahia

e te digo, em verdade,

é uma "Ilha da fantasia"...

Cercada por rios e mar,

berço de selvageria

e, muito, romance e poesia...


Foi, ao mundo, apresentada

pelo escritor Jorge Amado

como a "Rainha do cacau"...

Do livro,  para o teatro...

Daí, radionovelas...  telenovelas...

E, na tela do cinema,

teve boa apreciação...

Rendeu bilheteria...

Sala cheia por, muitos, dias...

Com, grande, repercussão...


E, Ilhéus, firmou-se como referencial

com o turismo histórico-cultural e ecológico em expansão...


Ainda, é a capital da região do cacau.

Com porto, aeroporto

e comércio internacional.


Nas praias... as ondas vêm... as ondas vão...

Nos falam do além... Nos falam do aquém...


Tapuias, tupiniquins e tupinambás

estavam a se aglomerar

em distintas aldeias,

uns pra lá; outros, pra cá...

Aimorés e "botocudos" podemos destacar...

(Vide telas do pintor Gildásio Rodriguez)

Viviam em "pé-de-guerra"!

Todos, a se estranharem...


Quando, em caravelas e barcos...

Chegaram d'além mar,

"Caramurus" e "Anhangueras"...

Para essas terras desbravarem...


No tempo das Capitanias hereditárias...

D. João III, reinava em Portugal...

Quando, a terra dos índios, usurpada

pela Corte portuguesa, fora partilhada...


Os Donatários dessas Capitanias,

como eram chamados, esses,

"amigos do rei" que havia...

Tornaram a repartir a terra

entre, alguns, mais  "bem chegados",

concedendo-as por Sesmaria...


Alguns, dos tais Donatários...

Nem, aqui, pisaram os pés,

mas, sentiam-se donos da terra:

estava escrito num papel

e instituíam, a outros homens,

sua representação fiel.


Assim, aconteceu com São Jorge dos Ilhéus...


Jorge Figueiredo Correia,

Escrivão-mor da corte real,

fora designado Donatário dessa Capitania...

Em 1534.

Mas, não deixou o ambiente da corte.

Com pompa e luxo vivia...

Afinal, era escrivão!

Talvez, escrevesse poesias...


Eram 50 léguas de largura,

em faixa litorânea,

do sul da baía de todos os santos,

até, a foz do rio Jequitinhonha;

extensos, até, o limite

do Tratado de Tordesilhas.


Jorge Figueiredo Correia,

pois, para representá-lo,

nomeou, Capitão-mor,

o aventureiro espanhol,

chamado Francisco Romero.


Que, de imediato,

trazendo a fé católica,

instalou-se na ilha de Tinharé

(hoje, o Morro de Sâo Paulo).


Pouco tempo, depois,

descobriu mais ao sul,

alguns, ilhéus 

e uma baía na foz dos rios,

hoje, denominados:

Cachoeira, Santana e Fundão.


Para onde, em homenagem ao Donatário,

mudou-se em dia de... São Jorge!

Iniciou a povoação...


Hoje...

A caminho do Outeiro de São Sebastião,

lugar pioneiro de São Jorge dos Ilhéus;

às vezes, passo pela Rua Jorge Amado;

na calçada, artistas, expõem novos quadros;

no largo do teatro, enxadristas e capoeiristas

comungam o espaço 

com os fiéis que saem da catedral;

no Ponto Chic, a "pedida" é um sorvete de cacau...

Acarajé, abará, caruru, vatapá

e cocada, até, de maracujá...

No tabuleiro da baiana, tem!

Algodões doces, de todas as cores,

parecem flutuar entre o mar e o bar Vesúvio,

onde, uma atriz, fingindo ser Gabriela;

joga, da janela;

beijos para o "Pirilampo"...

Enquanto, na praça de táxi,

ouve-se um reagge em louvor a Jah...

O hip-hop d'O Quadro toca no bar...

Turistas fazem a festa...

Crianças e adultos comem pipoca...


Um poeta oferece versos...


Na cidade de Ilhéus...

Na Praia do Cristo,

o luxo e o lixo do cacau

flutuam, conforme a maré...

No bangalô do "Conde" Badaró,

o cão "Feroz", vigia, impassível;

possíveis incendiários...

Um cheiro de mato queimado

sobe o Outeiro de São Sebastião...

Enquanto, isso...

Na areia branca, cristalina...

Sereias e felinas,

exibem, seus rabos

e encantam incautos navegantes

entre o rio e o mar...


Paira a memória dos Tupiniquins...

Dizimados no Cururupe...

Vítimas de Mem de Sá aliado a Tupinambás

de Itaparica e Camamu...


Isso, nos idos de 1550 e tantos...


A lavoura açucareira era o esteio.

Foi o que se implantou primeiro...

Multiplicavam-se os roçados,

instalava-se Engenhos...

A extração do Pau-brasil,

tornara-se trabalho árduo...

A concorrência era acirrada...

Franceses, também, exploravam

e a madeira rareava...


A posse da terra, a princípio, foi fácil...

Depois, surgiram conflitos;

os colonos viviam aflitos,

com medo dos antropófagos...


Um tupiniquim foi morto

por colono intransigente.

Isso, causou, muito, desgosto

e revolta em toda gente...

Depois, sumiram colonos...

Engenhos, ficaram sem dono...

Roçados, foram queimados...

E, colonos, sitiados no outeiro da Vila...

(hoje, o Alto de São Sebastião)


Dizem que, acabados os mantimentos...

Havia, somente, laranjas

no suprimento e, os colonos, acuados,

estavam, já, desesperados com a situação...


A carne humana, 

purificada nessa dieta,

seria o "toque de mestre";

estaria no "ponto certo"

em antropofágico banquete...


Por, ideia corrente... Índios eram canibais...

Adoravam gente! Comiam inimigos em rituais...

O bispo, D. Pero Fernandes Sardinha,

que, em 1556, estabelecera a Vila como Freguesia,

nesse mesmo ano,

fora comido pelos Caetés...


Os reféns, pediram ajuda:

na calada da noite,

dois colonos romperam o cerco

e foram se queixar a Mem de Sá...

Então, governador-geral

que estava em Salvador, a capital.

Ademais, seria a oportunidade,

dele, pela primeira vez, visitar

a Sesmaria que a, ele, pertencia

e fazia açúcar no Engenho de Sant' Ana.

Ameaçada, por índios canibais...


E, Mem de Sá, veio preparado,

fortemente acompanhado

por  tupinambás de Itaparica e Camamu,

prontos para guerrar...

Mem de Sá trouxe aliados!

Tupiniquins foram acuados

e se lançaram ao mar, 

muitos, morreram afogados,

outros, foram massacrados

por guerreiros tupinambás...


Tingiram de sangue o mar,

Deitaram os corpos na praia,

dos mortos tupiniquins...

Tá tudo registrado,

em carta documentado

pelo, próprio Mem de Sá;

Na "batalha dos nadadores",

tupiniquins sofreram horrores...

E, colocados lado a lado,

os corpos dos derrotados,

estenderam na areia,

por mais ou menos, meia légua.


Os que sobreviveram,

foram escravizados,

obrigados a reconstruírem engenhos

e replantarem roçados...

Tornaram-se, com o tempo, resilientes...

E, em meio a nossa gente,

vivem, agora, miscigenados...

Alguns, não têm consciência,

e renegam essa indígena ascendência...

Apesar das aparências...

Já, não são os derrotados...


Assim, o Engenho de Sant'Ana prosperou,

à custa do trabalho escravo.

Tupiniquins e aimorés

eram os povos dominados.

Às vezes, ocorria um levante

ou a fuga dessa gente,

contudo, dez mil arrobas

de açúcar se produzia anualmente.


Paira na praia a memória ancestral...


Tapuias, tupiniquins, tupinambás e homens d'além mar...

Índios, brancos e negros...

Assim, deu-se a posse da terra e formação do nosso povo...

Com, muito, sangue e suor... Sobretudo, de índios e negros...


Paira na praia a memória ancestral...


Tapuias, tupiniquins, tupinambás e homens d'além mar...

Índios, brancos e negros...

Assim, deu-se a posse da terra e formação do nosso povo...

Com, muito, sangue e suor... Sobretudo, de índios e negros...


A escravização dos nativos, não foi bem sucedida...

Índios eram enganados e, pelos serviços prestados,

recebiam, em troca, miçangas, bugigangas

e "cachaça"...

Mas, também, utensílios agrícolas:

enxadas, machados, facões...

Por vezes, até, armas de fogo...

facas, punhais e adagas...

Pois, eram incentivados os conflitos intertribais...


Depois, chegaram os jesuítas,

que implantaram aldeamentos

 e reuniram diversas etnias,

descaracterizando os costumes 

e tradições indígenas... 


Ocorreram, muitos, levantes...

Índios, adentravam ao continente...

Infectados por estranhas doenças...

Sarampo, varíola, gripe...

Deram fim a, muitas, gentes...

as epidemias e doenças endêmicas,

proliferadas em novo ambiente...


Após, a morte de Mem de Sá, em 1572,

o Engenho passou por, vários, donos...

Mas, vale ressaltar o período da posse 

pelos padres Jesuítas entre 1618 e 1759.

Além, de implantarem  o algodão, o cacau, o arroz, 

a mandioca e, outros, cultivos de subsistência...

investiram na aquisição do elemento africano...

muitos, casamentos promoveram,

formando núcleos familiares

descendentes desses escravos estrangeiros.


Erigiram, muitas, benfeitorias...

principalmente uma olaria e serraria

e, com elas, moradias, beneficiadoras agrícolas

e, claro, a igreja de Sant'Ana,

uma das primeiras do Brasil.


"Reza" a lenda que, insistentemente,

a santa aparecia numa pedra,

no meio do rio e, devido a esse indício...

a igreja fora construída, o mais próximo possível

ao local da aparição. À beira do rio...

Existe, até, hoje.


No princípio de tudo,

neste novo mundo, 

o engenho de Sant'Ana,

foi o mais próspero empreendimento.

A vila de São Jorge dos Ilhéus,

apresentou notório desenvolvimento.


Compartilhado do grupo do WhatsApp: Expressaounica. Texto do poeta Ulisses Prudente 

sexta-feira, 28 de junho de 2024

Valderico Júnior participa de missa solene em comemoração aos 490 anos de Ilhéus

Nesta sexta-feira (28), o pré-candidato a prefeito de Ilhéus Valderico Júnior participou da missa solene em comemoração aos 490 anos da cidade. Realizada na Catedral de São Sebastião, a missa celebrou a rica história ilheense e reforçou a fé por um futuro melhor.

Ao lado de sua esposa Dra Thais Paula, do deputado estadual Pedro Tavares, de lideranças políticas e amigos, Valderico sentiu-se honrado com a oportunidade de fazer parte desse momento marcante:

"A gente sai com a esperança renovada. Cada oração foi um lembrete de que, juntos, podemos superar qualquer desafio e construir dias melhores. Que Ilhéus possa evoluir rumo aos 500 anos com cuidados com o seu povo, sempre abençoada e cheia de otimismo".

Durante a tarde, o pré-candidato realizou uma reunião com toda a coordenação da pré-campanha, e seguiu, posteriormente, para a segunda noite do Viva Ilhéus.

Ascom do pré-candidato 

Mais de 80% das pastagens do Sul da Bahia podem ser convertidas em Sistemas Agroflorestais com cacau

Valderico Junior recebe reforço de consultorias para transição de governo em Ilhéus

A equipe do prefeito eleito de Ilhéus, Valderico Junior, contará com o apoio de duas empresas de consultoria para estruturar a transição de ...