ALÔ BAHIA » Úlltimas Notícias » Arquivo » Empresa que vendeu navios por R$ 56 milhões ao governo da Bahia funciona em um salão de beleza
Quem descobriu esta verdadeira bomba foi o jornalista baiano Fernando Conceição, conhecido pela prática do jornalismo que investiga, que apura e que não é chapa branca. Em seu blog, Conceição estampa fotos e até um vídeo da Happy Frontier", que teria faturado cerca de R$ 20 milhões com o negócio que fechou com o governo baiano. Em entrevista ao JORNAL D MÍDIA, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Pedro Lino, afirmou a existência de fortíssimos indícios de fraude, estelionato e crime de comércio internacional na transação. "A Happy Frontier vendeu o que não era dela (os dois barcos) ao Governo da Bahia'', sustentou Lino.
Na ampla e detalhada reportagem que publicou em seu blog, Fernando Conceição conta que a Happy Frontier foi constituída em 2008 com capital de € 15.000,00, dividido igualmente por dois sócios iniciais: João Carlos Palmeirão de Melo, o que fez o negócio com os baianos, e Hélder José Nunes Barata.
Até 15 de abril de 2014 a Happy Frontier tinha por objeto o “comércio por grosso de eletrodomésticos e afins, mobiliário e outros bens e equipamentos para o lar”, de acordo com registro escritural obtido por este repórter junto ao Instituto dos Registros e do Notariado do Ministério da Justiça de Portugal", informa o jornalista Fernando Conceição.
''Ou seja, cinco meses depois de ter vencido a licitação, coordenada pelo senador eleito Otto Alencar (PSD), que acumulava os cargos de vice-govenador e de secretário de Infraestrutura do Estado, a Happy Frontier fez a adequação estatutária. Que deveria ser pré-requisito para se habilitar ao pregão no dia 6 de novembro do ano passado", acrescenta.
Conceição informa ainda que a reportagem que publicou hoje é a primeira de uma série de artigos a ser publicada próximos dias, ''como resultado do trabalho jornalístico feito pelo autor deste blog. Que se encontra em atividades acadêmicas na Universidade de Coimbra. É uma contribuição, como jornalista e professor de Jornalismo, à sociedade''.
Confira abaixo, na íntegra, a matéria de Fernando Conceião:
Até 15 de abril de 2014 a Happy Frontier, que tem
sede em um salão de beleza em Portugal, tinha por objeto o “comércio
por grosso de eletrodomésticos e afins, mobiliário e outros bens e
equipamentos para o lar''. A empresa venceu a licitação e faturou R$ 20
milhões com o negócio da China que teria feito com o Governo da Bahia.
REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
Além da suspeita de compra
superfatura dos ferries gregos usados "Zumbi dos Palmares" e ''Dorival
Caymmi" por cerca de R$ 56 milhões, o Governo da Bahia fez o negócio com
uma empresa que tem como sede um apartamento em um conjunto residencial
de baixa classe média em Portugal, no qual funciona um salão de beleza
"para senhoras". A dona do salão é uma sexagenária, sogra de João
Carlos Palmeirão de Melo, o português que vendeu os navios para o
governo da Bahia.Quem descobriu esta verdadeira bomba foi o jornalista baiano Fernando Conceição, conhecido pela prática do jornalismo que investiga, que apura e que não é chapa branca. Em seu blog, Conceição estampa fotos e até um vídeo da Happy Frontier", que teria faturado cerca de R$ 20 milhões com o negócio que fechou com o governo baiano. Em entrevista ao JORNAL D MÍDIA, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Pedro Lino, afirmou a existência de fortíssimos indícios de fraude, estelionato e crime de comércio internacional na transação. "A Happy Frontier vendeu o que não era dela (os dois barcos) ao Governo da Bahia'', sustentou Lino.
Na ampla e detalhada reportagem que publicou em seu blog, Fernando Conceição conta que a Happy Frontier foi constituída em 2008 com capital de € 15.000,00, dividido igualmente por dois sócios iniciais: João Carlos Palmeirão de Melo, o que fez o negócio com os baianos, e Hélder José Nunes Barata.
Até 15 de abril de 2014 a Happy Frontier tinha por objeto o “comércio por grosso de eletrodomésticos e afins, mobiliário e outros bens e equipamentos para o lar”, de acordo com registro escritural obtido por este repórter junto ao Instituto dos Registros e do Notariado do Ministério da Justiça de Portugal", informa o jornalista Fernando Conceição.
''Ou seja, cinco meses depois de ter vencido a licitação, coordenada pelo senador eleito Otto Alencar (PSD), que acumulava os cargos de vice-govenador e de secretário de Infraestrutura do Estado, a Happy Frontier fez a adequação estatutária. Que deveria ser pré-requisito para se habilitar ao pregão no dia 6 de novembro do ano passado", acrescenta.
Conceição informa ainda que a reportagem que publicou hoje é a primeira de uma série de artigos a ser publicada próximos dias, ''como resultado do trabalho jornalístico feito pelo autor deste blog. Que se encontra em atividades acadêmicas na Universidade de Coimbra. É uma contribuição, como jornalista e professor de Jornalismo, à sociedade''.
Confira abaixo, na íntegra, a matéria de Fernando Conceião: