Melhorar a gestão e os serviços públicos
municipais, a partir do maior acesso da população à Internet, estão entre os
objetivos principais do projeto-piloto “Cidades Digitais”, do Ministério das
Comunicações (MiniCom), que será implantado em Itabuna até o mês de dezembro
deste ano. A iniciativa prevê a instalação de uma rede de fibra ótica de até 20
quilômetros no interior do município, que atenderá inicialmente quatro
terminais públicos para a conexão gratuita, com sede no Centro Administrativo
Firmino Alves.
De acordo com o Chefe da Divisão de
Geoprocessamento e Internet da Prefeitura Municipal de Itabuna, Michael Helder
Paixão Cardoso, o município concorreu com 192 cidades de todo o Brasil, sendo
que, desse número, 80 foram selecionadas, restando apenas nove cidades baianas.
“A proposta é viabilizar inclusão digital, difusão de conhecimentos, permitindo
ainda à população o acesso aos diversos serviços do Governo Municipal”.
O cabeamento de fibra ótica partirá
da Solução Gerenciadora da Infraestrutura (SGI), ou seja, o núcleo de
gerenciamento, que estará funcionando na sede do Poder Público Municipal. Serão
instalados inicialmente quatro pontos de acesso à internet gratuita, no
Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães (Hblem), na Biblioteca Pública
Municipal, abrangendo a praça Rio Cachoeira, na praça do bairro São Caetano e
outro local que ainda será definido. Em alguns desses pontos serão oferecidos
cursos gratuitos de informática.
A instalação de uma rede tecnológica,
que oferece Internet gratuita ‘a população representa a busca pela inclusão
digital, a desburocratização nos serviços públicos municipais, bem como a
realização de procedimentos cirúrgicos assistidos por especialistas em outras
localidades, a partir da instalação da fibra ótica. A ideia, segundo Cardoso, é
transformar a cidade de Itabuna em modelo de tecnologia e conectividade,
gerando um “polo de desenvolvimento de software, em parceria com a Uesc, com o
objetivo de atrair empresas do setor e, consequentemente, resultar na geração
de emprego e renda”.
Investimento
Além da Uesc, a rede contará com a
participação de entidades filantrópicas para fomentar a Rede Metropolitana de
Itabuna (RemIta), a partir da troca imediata de dados entre as instituições que
o município tinha dificuldade de alcançar. O projeto contribui ainda para uma
gestão cada vez mais transparente do poder público municipal, que tem investido
na transparência das ações.
O projeto está fase de ajustes
técnicos para cumprir o calendário do Ministério das Comunicações, que ainda
verificará a política de rede e a velocidade da conexão, que deverá ultrapassar
34 megabytes, já que a pretensão é expandir a rede para várias partes do
município. Com a rede de fibra ótica é possível redistribuir o acesso para
instituições mais próximas, como postos de saúde e escolas.
O município ficará responsável por
fornecer a estrutura para a instalação dos equipamentos, além de funcionários, que
serão capacitados por empresas contratadas pelo Ministério. Ao mesmo tempo, a
cidade será contemplada com softwares
para os setores financeiro, tributário, de saúde e educação.