domingo, 13 de abril de 2025

POESIAS DE DOMINGO

RECADO: Amigos poetas e poetisas,  utilizando o espaço do grupo do WhatsApp POESIA GRSPÚNA PG, a partir deste Domingo de Ramos criamos a Página Literária: POESIAS DE DOMINGO! ilustrada com o nosso poeta grapiúna. Um dos maiores nomes imortais da nossa poesia, TELMO PADILHA.  
Para você que não pertence ao "Grupo PG", pode encaminhar o seu trabalho literário para nós, através do 73-98846-0505,ou e-mail reislito@hotmail.com. Ótima leitura, pois "a poesia é a mãe de todas as artes!".

A Terra...

 Para quem falta um pedaço de chão!

A terra disputada,

Maltratada,

Depenada com o sangue da ambição,

Da desilusão —

Abençoada de choro e da realidade...

Mortes precoces sem solução.

A justiça cega, falha,

Capenga não atua...

Atrapalha!

Na divisão da ilusão,

Corrói na alma

E no coração...

Na necessidade do pão —

Violência imposta ao cidadão.

No desmatamento,

Da legislação sem solução,

Da sangrenta ambição,

Da dor no peito,

Da falta de produção,

Da aflição...

É mais um corpo

Estendido no chão...

              Joselito dos Reis- 12.04.2025.  Poeta, jornalista e fundador do Clube do Poeta Sul da Bahia 

 

ODE À GELÉIA DE CACAU 

   De Antônio Baracho 


A chuva, à noite inteira,

À noite inteira,

Cantou canção  de ninar  à

 minha  cabeceira,

Com seus  dedos finos compassando

Nas teclas do telhado

O poema da minha solidão. 


Eu dormia,

Mas ouvia,  e via,

As palavras cercando-me o pensamento 

Que vagava pelos cacauais.

O sono permanecia e se alongada amortecendo o tempo

Até quando, surgindo  a aurora,

A chuva se foi embora,

Mas permanecendo pancadadinhas embaladoras

Que de leve e 

espaçadamente se

 ouvem:

São  pingos denunciadores  da sua passagem, 

Tombando,  um a um,  das

telhas úmidas.

Raios de sol, - finas lâminas  molhadas - , 

Ferem as folhas dos cacaueiros, 

Redoirando os frutos  de ouro 

Que brilham e rebrilham, 

Cada arbusto sentindo mais  prazer,

Contente de viver!

Ó teobroma delicioso e rejuvenescedor,

Como te amo!

E com que júbilo te olho e te apalpo,  

Nas mãos deslizando  a tua  maciez!

É de ti que vinha a opulência da nossa região, 

Pois essas pepitas inefáveis 

Não apenas construíram  a fortuna de muita gente 

Como, ainda se tornam a delícia  do nosso paladar,

Desde que da pelúcia mucilaginosa que guarnece  as tuas sementes

Vem o mel da gelėia  translúcida

Que alimenta os deuses,

Poetas eternos das nossas placas itabunenses...

Eis por que assim te louvo , geléia "Pelourinho"

E te dedico este poema 

Que chuva  cantou

Embalando a minha solidão. 

Antônio Baracho, psicólogo  da Universidade Federal da Bahia-UFBA. Ex-Presidente do Clube do Poeta Sul da Bahia por duas vezes. Tambem academico da Academia Grapiuna de Artes e Letras - Agral

José Marques tributo ao poeta:

Uma Saga que se passou mais voltou a ressurgir das cinzas como uma Fênix. 

Com novos métodos de tecnologia brotando esperança que novos dias virão!!

Parabéns Poeta.

BARACHO 👏👏👏👍

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