Irmã Catarina era muito mais do que uma freira da Igreja Católica; ela era um verdadeiro símbolo de amor e dedicação. Com seu porte físico pequenino e sua voz doce, ela conquistava corações não apenas pelas palavras de conforto e conselhos sábios, mas também pelos deliciosos biscoitinhos de goma que vendia com tanto carinho.
Irmá Catarina, uma luz! |
Diretora desse Educandário, Irmã Catarina tinha uma relação especial com a comunidade de Itabuna, que a admirava profundamente. Sempre com um sorriso no rosto e uma cesta de biscoitos nos braços, ela caminhava pelas ruas da cidade, transformando simples encontros em momentos de luz e afeto. Era uma amiga para muitos, uma guia espiritual para outros e, para todos, um exemplo de bondade.
Tive a honra de conviver com Irmã Catarina. Lembro-me de nossas conversas no meu local de trabalho, o jornal Diário de Itabuna. Em uma dessas ocasiões, comentei sobre a saúde debilitada de sua amiga Irmã Dulce, em Salvador. Com sua serenidade característica, ela me respondeu: "Nada, meu filho. Deus vai me chamar primeiro do que ela!" E assim foi. Apesar de sua boa saúde, o chamado divino veio para ela antes.
Sua partida nos anos 1990 deixou um vazio imenso. A cidade de Itabuna nunca mais viu aquela figura delicada, de corpo frágil, mas de espírito iluminado, caminhando pelas ruas com sua cesta de biscoitos e seu coração cheio de amor. Hoje, resta apenas a saudade e as doces lembranças de uma mulher santa que dedicou sua vida aos outros.
Irmã Catarina não está mais entre nós, mas seu legado de bondade e fé permanece vivo nos corações de todos que tiveram o privilégio de conhecê-la. Que ela descanse em paz, na certeza de que sua luz continua a brilhar na memória de Itabuna e além. O seu local de venda, ficava localizado no antigo predio do Instituto de Cacau da Bahia-ICB, vizinho a redação do Diário de Itabuna.
As nossas autoridades governamentais ainda lhe devem, uma homenagem póstuma, assim com outros grandes nomes que fizeram por essa terra grapiúna e foram esquecidos. Essa questão, serve como resgate de nossa cultura! Nem só de festa vive um povo. Que em 2025, as nossas autoridades tenham mais visão!
Feliz Ano Novo! Que venha cheio de graças 2025!
Joselito dos Reis - Poeta e jornalista
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