Ex-presidente questionou argumento central de prisão preventiva de seu ex-ministro e vice na chapa derrotada de 2022
Ex-presidente Jair Bolsonaro lembrou que PF já concluiu inquérito que general Braga Netto foi preso acusado de obstruir. (Foto: Marcos Corrêa/PR) |
A crítica à determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para prender seu vice na chapa derrotada em 2022 foi fundamentada no fato de a PF ter enviado à cúpula do Judiciário o relatório do inquérito com indiciamento de 37 pessoas, inclusive Braga Netto, acusados de crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
“Há mais de 10 dias o ‘Inquérito’ foi concluído pela PF, indiciando 37 pessoas e encaminhado ao MP”, ressaltou Bolsonaro, na publicação em suas redes sociais, por volta das 20h de ontem, com três frases sobre a “prisão do general”, que não cita o nome.
Cerca de quatro horas antes, a defesa do general Braga Netto divulgou nota em que afirmou que comprovará que o ex-ministro da Defesa não obstruiu as investigações do inquérito que trata da trama golpista que mataria o presidente Lula (PT), seu vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, para impedir, em 2022, a derrota da chapa do ex-presidente Bolsonaro e do oficial do Exército preso.
A prisão preventiva do general foi justificada pela constatação da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR), de que Braga Netto tentou obter dados sigilosos da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.