Ódio do amor...
Pensei ser
No outro semelhante ser
Um verdadeiro amor...
Me enganei
Tornei-me capacho
Desse mundo sem clamor
De tristeza e dor
Escravo do nojo e ódio
Depois do amor...
Procurando a alegria
Neste mundo de tristeza...
De maldade e impureza
Testemunhado em silêncio
Por minhas lágrimas
Que ganham o vento..., o chão...
No ccalabouço da ira
De uma raivosa mulher
Neste mundo artificial
De ilusão, sem perdão!
Sem sensibilidade
Sem sentimentos
O errado sou eu!
Lamento!
Tentando-me descorrentar...
Desconectar!
"Desse altar" sem beijos, bênçãos
e sorrisos
De uma era que já foi de flores...
E hoje de dores
Triste luar! Triste mar!
Triste sonhar...
Vivam os louvores!
Joselito dos Reis
10.11.2024
Essência sentimental
Na minha casa
No meu lar
Não muito distante...
De crianças a sorrir
De pássaros a cantar...
De meus quadros
De diplomas organizados pregados na parede
Com amor e dignidade...
Hoje tudo acabou!
Na lembrança
Do meu jarro de flores...
Sobre a mesa de jantar...
Meus quadros quebrados
Perdidos!
Sob as maldades
Que ficaram para trás...
No tempo, ao vento...
Na ferida dos meus sentimentos...
Deste mundo sem alma
De solo e cimento
Vivo meu trauma
Dos amores
Das amizades
Esquecidos!
Que se transformaram
Em dores...
Como agora
Dentro destas tristes
paredes vazias...
Joselito dos Reis
10.11 2024
Profecia...
Lembro-me
Quando ainda menino
Correndo pelas ruas
Do Mangabinha
Berilo, Conceição e do Vila Zara..
Ouvindo o badalar dos sinos...
Banhando-me nas águas cristalinas
do Rio Cachoeira
De tucunarés pitus...
Maçambés, acaris e berés...
Chegava à Ceplac!
Com seus jeeps pretos!
De Amorim, Haroldo e Alvim...
De poetas e artistas da arte
da colheita do cacau
Luxo e riquezas...
Na lembrança de ouro!
Nosso refrão de criança;
"Ceplac/cepec/se pique..."
Não uma profecia!
Em pleno concurso
Da frase mais criativa...
Tema: "combate ao desmatamento!"
Tirava o sombreamento
do cacau;
"Plante uma árvore e cresça com ela!"
Foi a vencedora!
Hoje, adeus Ceplac!
Pregaram-lhe uma peça!
E, não cresceram ela!
Nunca mais a cantiga
Nunca mais um verso do poeta...
A pintura a escultura...
Dos seus mestres das artes...
Não deram um fuzil ao menino
Mas a vassoura de bruxa
Que chegou!...
Joselito dos Reis
13.11.2024.
Prisão idomita
(À feira do livro do Rio Grande Sul)
Livro submerso
Nas enchentes da vida
Não pode abrir páginas
Não tem leitura
E nem versos
Confesso!
Ficam para traz
Histórias e sentimentos...
Como se fosse o espírito
E a alma
Do Poeta em sonhos e flor
Querendo na inspiração voar
Pregando nos corações
Canções de paz e amor
Durante o luar...
Das lágrimas
Que derramou!
Joselito dos Reis
11.11.2024
Tortura...
Os convictos
De amor à Pátria
Em defesa da liberdade
Desafiaram e desafiam
O peito à própria morte...
Aos abutres e canibais
Do Poder
Seja no sul ou no norte...
Nesmos castigados
Na armadilha da corrupção...
Faltando a dignidade...
À alma e o coração...
Na dor de um porvir
Incerto, da fome!
Recheada de sangue...
Dor e lagrimas
De quem sabe amar...
Mesmo na harmonia dos versos
E reversos da Constituição.
Sob o Sol e o luar
Apelando para o sagrado
Que há...
Nas estrelas a brilhar
Divino!
Que não há de negar!
Joselito dos Reis
12.11.2024.
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