Unidade referência no atendimento aos casos de violência sexual contra a mulher no sul da Bahia, o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, recebeu ontem (26) à tarde, a visita da psicóloga Isadora Maizatto. Ela integra o programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), e faz parte de um grupo de estudantes e professores que trabalha na criação de um sistema unificado de atendimento a estas mulheres, através da integração de serviços de assistência social, saúde, jurídico e de segurança pública.
Materno infantil |
Maizatto atua na estratégia de Saúde da Família no bairro Nossa Senhora da Vitória, um dos mais populosos de Ilhéus. Ela explica que esta proposta surgiu a partir do incômodo de ver a rede de atenção à mulher vítima de violência muito fragmentada em Ilhéus, apesar de vários dispositivos atuantes. “Percebemos claramente que falta integrar protocolos, fluxos e esse é o nosso objetivo agora”, assegura.
Otimismo
No Hospital Materno-Infantil, a residente foi recebida pelos diretores Domilene Borges (Geral) e Samuel Branco (Médico) e pela coordenadora de Educação Permanente, Ayalla Campos. A psicóloga assegurou estar otimista e feliz em saber que há capacitações e um protocolo para atendimentos à violência sexual no HMIJS e que traduz “um bom modelo para começar a articular”. Maizatto falou da importância de conhecer a maternidade e perceber que os seus profissionais são “solícitos e têm uma visão crítica sobre violência de gênero”.
Durante a visita Isadora Maizatto conheceu o fluxo que o Materno-Infantil já conseguiu estabelecer e protocolar e entendeu como o modelo pode compor a rede que vem sendo pensada pelo grupo de residentes. Para o mês de agosto está sendo planejada por ela a realização de um seminário com capacitação, que envolverá cerca de 400 multiprofissionais do município. E o modelo adotado pelo Hospital Materno-Infantil será apresentado no evento.
Referência
O Hospital Materno Infantil Dr. Joaquim Sampaio conta com 105 leitos, destinados à obstetrícia, à gestação de alto risco, pediatria clínica, UTI pediátrica, UTI neonatal e centro de parto normal, integrados à Rede Cegonha e atenção às urgências e emergências, com funcionamento 24 horas e acesso por demanda espontânea e referenciada de parte significativa da região sul da Bahia. Mais de 6.500 partos já foram realizados na unidade desde a sua inauguração em dezembro de 2021. É também a única unidade do estado da Bahia especializada em atendimento aos Povos Indígenas e realiza um projeto-piloto de atendimento ambulatorial à comunidade trans da região.
Ascom
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