terça-feira, 2 de julho de 2013

PROTESTOS NO 2 DE JULHO NA BAHIA

O povo vai às ruas no dia da Independência da Bahia protestar contra os governantes

Festa da Independência da Bahia é marcada por protestos nas ruas

O povo vai às ruas no dia da Independência da Bahia protestar contra os governantes
O povo nas ruas para lutar por direitos. Não é mais um dos protestos que mudaram a rotina do país, mas o maior dos atos cívicos que há no calendário do povo baiano: o 2 de Julho. Hoje, entre a Lapinha e o Terreiro de Jesus, milhares de pessoas, divididas em blocos, marcharão com bandeiras e faixas para comemorar a Independência da Bahia e, como faz parte da tradição, reclamar.
A bronca começa pelos servidores do município, que estão em greve por maiores salários. “Vamos para a rua mostrar nossa insatisfação com a prefeitura, mas também como cidadãos. Não queremos só melhoria na nossa condição de salário e de trabalho, mas também melhorias na educação, na saúde. Repudiamos a violência policial nas manifestações e na abordagem nas periferias”, disse o coordenador do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), Everaldo Braga.
A reclamação contra a ação da Polícia Militar no controle de grandes manifestações estará presente também nas bandeiras de colegas de trabalho dos PMs, os policiais civis. A categoria vai às ruas lutando pela desmilitarização das polícias no Brasil, como forma de acabar com o rigoroso regime interno que passam os policiais militares.
“A gente vê imprensa e cidadão de bem tomando bala de borracha, gás lacrimogêneo. Isso se dá devido ao modo que a PM está sendo educada. A PM tem bons profissionais, mas a formação dela vê o cidadão como inimigo, trabalha para confrontar o cidadão”, defendeu Bernadino Gayoso, secretário-geral do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc). Ele salienta que a bandeira da categoria prevê a incorporação dos militares na Polícia Civil, que seria única.
Do lado dos professores, a insatisfação é geral e atinge governo do estado e prefeitura. A categoria vai às ruas cobrando o pagamento do reajuste salarial aos professores da rede municipal retroativo a maio, data-base do início das negociações; assim como o pagamento da diferença do URV, uma indenização garantida na Justiça para o funcionalismo estadual.
“Além disso, tivemos vitória grande no Congresso com a destinação dos royalties do pré-sal para educação. Agora vamos cobrar por transparência na aplicação destes recursos”, destacou a diretora do APLB (sindicato que representa a categoria), professora Elza Melo.
O governador Jaques Wagner (PT) e o prefeito ACM Neto (DEM) confirmaram presença. Já no caso dos médicos, nem governador e nem prefeito são os alvos preferenciais dos manifestantes, que estão revoltados mesmo com a presidente Dilma Rousseff.(Correio)

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