A associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu – ACBANTU, realizou na tarde desta quinta, 04, a XI Mesa Redonda Camarada Amigo Meu! – “Nasci no Brasil! Sou Brasileiro!”. As atividades foram preparadas para homenagear os heróis da Independência do Brasil na Bahia, mas também o padrinho da associação, o Professor Ubiratan Castro, morto no último mês de janeiro. Com o tema Povos Indígenas e Povos de Terreiro: Temos Direitos, Somos Brasileiros, a rodada de discussões atraiu representantes de diversos terreiros e comunidades indígenas da Bahia.
Segundo o presidente da ACBANTU, Raimundo Konmannanjy, o evento, que teve uma edição na cidade de Santo Amaro no último dia 27, foi preparado para celebrar a independência em memória os ancestrais negros e indígenas. “Esse evento é de todos, mas foi especialmente preparado para celebrar nossos homenageados, visitar nosso patrimônio e promover a troca de experiências entre os povos de terreiros e os povos indígenas na busca pela dignidade e respeito às tradições”, disse Konmannanjy.
Durante a celebração, foi possível assistir a apresentação de mestres ferrameteiros e um documentário sobre a rota da independência da Bahia, do qual participava o Professor Ubiratan Castro. A mesa, composta por personalidades de relevância nas questões negras e indígenas, também contou com a presença da desembargadora Luislinda Valois.”Nós, negros e índios, devemos continuar unidos na luta pelo respeito aos nossos direitos e tradições”, afirmou emocionada.
Povos Indígenas - O Superintendente de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Ailton Ferreira, participou da mesa representando o Secretário Almiro Sena. Ferreira discursou sobre o acesso da população ao conhecimento da história dos povos indígena e negro. “Durante séculos o que foi ensinado sobre essa cultura foi muito raso e negativo, mas essa realidade já começa a mudar”, disse, reiterando que diversos projetos e programas já estão sendo desenvolvidos pelo Governo do Estado da Bahia em benefício da população indígena.
Segundo Ferreira, desde 2007, o Estado baiano vem promovendo políticas públicas para os povos indígenas, que devem atingir cerca de 9 mil famílias em 11 territórios de identidade. “Sabe-se que o Estado brasileiro não foi constituído para negros e índios, mas hoje estamos buscando trabalhar em parceria com a sociedade civil organizada para promover as mudanças necessárias”, afirmou. O superintendente também trouxe a informação de que, por escolha dos povos indígenas, o Secretário Almiro Sena, passará a acumular a função de presidente do Conselho Estadual dos Direitos dos Povos Indígenas do Estado da Bahia –COPIBA.
--
Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
acredita-se estar livre de perigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja responsável