segunda-feira, 2 de maio de 2011

Sociedade civil opina sobre plano estratégico da Ceplac


            “Se existem desafios, a nossa história nos da energia para enfrentá-los por tudo que demonstrou a Ceplac ao longo dos anos”. O desabafo foi feito pelo extensionista da Ceplac Roberto Araújo Setúbal que relembrou a história da instituição, desde sua fundação em 1957, pelo ex-presidente Juscelino Kubistchek de Oliveira, na abertura da Conferência de Busca e Discussão do Planejamento Estratégico da Ceplac, na tarde de quinta-feira, 28, no Salão de Convenções do Barravento Praia Hotel, em Ilhéus, a 460 quilômetros a sul de Salvador.

O evento, cuja fase preliminar se encerra nesta sexta-feira, 29, conta com a participação de representantes de agricultores familiares, pequenos, médios e grandes agricultores, servidores públicos federais e dirigentes de instituições públicas e privadas, convidadas a apresentar críticas e sugestões e interagir com gestores e representantes das Superintendências de Desenvolvimento da Ceplac na Bahia, Pará e Rondônia e gerências estaduais do Amazonas, Espírito Santo e Mato Grosso, além de membros da Diretoria, em Brasília, sob supervisão de consultores da Symnetics, na elaboração do Planejamento Estratégico até 2022.
           
            DEMANDAS
O presidente da Câmara Setorial do Agronegócio Cacau e Recursos Naturais Renováveis, Durval Libânio, disse ser muito importante que o órgão da administração direta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento possa se reavaliar para melhor atender às demandas e desafios da sociedade para cacauicultura brasileira moderna, com responsabilidade socioambiental e viabilidade econômica. “O dialogo permanente que a Ceplac sempre teve com o agricultor e a sociedade onde se insere, desde o início de sua história, deve ajudar a criar mecanismos para que continue incluindo e ouvindo os diversos setores da cacauicultura na sua gestão”, opinou. 

            O presidente do Sindicato Rural de Itabuna e da Central Nacional dos Produtores de Cacau (CNPC), Wallace Coelho Setenta, declarou que sua expectativa é que o grupo que participa da Conferência ajude a entender a atual Ceplac e projete um futuro em que a identidade institucional com os problemas das regiões cacaueiras se mantenha. “Sem muito saudosismo, digo que precisamos moldar uma instituição que tenha interação ainda maior com a sociedade. Aliás, a Ceplac nasceu com esse compromisso”, lembrou.

            O representante da Associação dos Produtores de Cacau (APC), José Carlos Maltez, considera que a elaboração do Planejamento Estratégico com a participação de colaboradores e instituições civis permite que se dêem sugestões para metas. Já Luciano Sanjuan, da Associação dos Moradores e Agricultores Familiares do Rio de Engenho (Amarea), em Ilhéus, e da Cooperativa Cabruca, diz que é fundamental que se dê a participação pelo órgão importante que é a Ceplac e precisar se reestruturar para continuar sua missão de agente do desenvolvimento nas regiões produtoras de cacau do Brasil.
           
            PROJEÇÕES
O evento também foi acompanhado pelo representante da seccional da Advocacia Geral da União (AGU), em Ilhéus, Sérgio Luz, que realçou a relevância do evento para uma instituição com a história consolidada como a Ceplac, já que a visão estratégica permite planejar o futuro, retomar pontos positivos do passado e estabelecer novas metas a serem cumpridas no futuro.“É extremamente louvável o que se faz aqui nesta Conferência”, aplaudiu.  

            No segundo e último, o técnico do Setor de Planejamento da Assessoria Geral de Estratégica do Mapa, José Garcia Gasquez, apresentou projeções de 22 produtos do agronegócio brasileiro, a exemplo de grãos - café, soja, milho, etc. -, algodão, complexo carnes - frango, bovinos e suínos -, açúcar papel e celulose. “São produtos que projetam o Brasil no cenário internacional como um dos maiores produtores de alimentos”, destacou, acrescentando que o cacau também poderá ser incluído nas análises do Mapa, a exemplo do que se deu com o fumo.

            Nos dois dias estiveram presentes Carlito Leal, BNB - Camacan; José Antonio Cardoso Braz, STAC; Isabel Cristina Gama dos Santos, Sintsef; Luciano Sanjuan, Amarea; Franklin Passos, EBDA; Nivaldo Trindade, BNB - Ilhéus; Adilson Reis, Mercado do Cacau; José Marcos Luedy, ONG Abará; Rita Sena e Marcela Indira, Cardoso Território Litoral Sul; Jorge Braga, CDL - Itabuna, Catarina Mattos e Clécio Telles, da ADAB; e Afrânio Jorge Freitas, da Ateffa-BA, dentre personalidades convidadas. O próximo passo será a elaboração do mapa estratégico, com indicadores, metas e projetos, segundo Leonardo Leal que, juntamente com Ana Carolina Chaer e Rogério Caiuby, da Symnetics Brasil, coordenaram esta etapa.


Por: Luiz Conceição 
ACS/Ceplac/Sueba
29 de Abril de 2011
           

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