segunda-feira, 26 de maio de 2008

Carlos Fagundes uma história viva do rádio itabunense





Nascido em 12 de dezembro de 1941, no bairro da Mangabinha José Carlos Fagundes, ou simplesmente “FAFA” é um dos profissionais de imprensa, mais antigos de nossa comunicação. Carlos Fagundes, filho de Lino Martins Fagundes e Maria Teodora Marins Fagundes, diz com muito orgulho que conheceu muito profissional do rádio, ainda fora do microfone – entre eles – cita os nomes de: Vily Modesto, trabalhando no escritório da Fazenda Kaufmann, local, hoje, onde funcionou o jornal Tribuna do Cacau e uma Industria de Cacau; Orlando Cardoso, quando trabalhava na “Loja Os Gonçalves”, como representante comercial, e o jornalista e poeta Ariston Caldas, na Cooperativa Mista dos Agricultores de Itabuna. Local que também foi um dos primeiros empregos do experiente Carlos Fagundes com apenas dez anos de idade.
No inicio dos anos 60, a convite do contador e jornalista Cristovão Colombo Crispim de Carvalho, Fagundes teve a sua primeira experiência na comunicação, ingressando na área através da Radio Clube de Itabuna, hoje Nacional. Na emissora, o polivalente Carlos Fagundes de off-boy a radialista passou por todos os departamentos da Rádio. Acostumado por ser discotecário, ingressou no departamento de notícia, quando usou o microfone pela primeira vez. Diferente de outros profissionais, para ele, usar o microfone pela primeira vez, foi uma coisa normal, tendo em vista a experiência já adquirida, pois contava também com o apoio dos saudosos Cristovão Crispim, Celso Rocha, Carlos Cordier, José Tomóteo, Ary Barros, os fundadores da emissora, Otoni Silva e Gerson Souza ainda entre nós. Carlos Fagundes com muito orgulho informa que ele foi o primeiro repórter a transmitir futebol da Desportiva Itabunense e da inauguração nos anos 70, do Estádio Luis Viana Filho, com as obras inacabadas até os dias de hoje; “o que seria um dos maiores estádios do nordeste do Brasil, só ficou no projeto” diz. Diz também que no ano de 1982, quando foi inaugurado o Complexo Policial de Itabuna, ele também foi o primeiro a transmitir do local, entrevistando o Governador da época Antonio Carlos Magalhães (ACM) e o seu filho Luis Eduardo Magalhães, que estava engatinhando na política e o delegado Pedro Marques de Sá, que - segundo Fagundes - não gostava de dar entrevista ao rádio, mas com essa primeira entrevista o delegado ficou acostumado e, sempre usava a frase “meu caro reporti” tornou-se um grande fornecedor de noticias a minha pessoa, diz Fagundes, enfatizando que o delegado Pedro Marques de Sá, não gostava de dar entrevista devido alguns repórteres destorcerem as suas informações. A minha primeira entrevista com o delegado, a Delegacia funcionava, onde hoje funciona a Escola Profissionalizante Zelia Lessa.
Uma das maiores reportagens para o repórter Carlos Fagundes foi a chacina do “Maluco da Horta” que conseguiu matar mais de oito pessoas a as sepultava em covas rasas, e sobre os corpos plantava suas hortaliças. O Maluco da Horta, conta Carlos Fagundes só executava as pessoas que vendiam drogas (traficantes), que para ele, não faziam prestação de contas “a raiva dele era esta!” diz Fagundes, informando que o Maluco da Horta, está preso na Colônia Penal de Salvador (Lemos de Brito) e pegou 76, anos de reclusão.
Entre muitas outras histórias cavernosas mais tarde em ascensão no setor Carlos Fagundes, atendendo diversos convites prestou seus serviços também na Rádio Difusora Sul da Bahia, atendendo ao seu proprietário Nicácio Figueiredo e do diretor Lucilio Miranda Bastos, onde permanece até os dias de hoje. Por problema de saúde Fagundes temporariamente se encontra afastado do rádio, devendo retornar em breve. Fagundes também prestou serviços em todos os jornais de Itabuna, fornecendo noticias policiais, mas como funcionário oficial, sua carteira foi assinada pelo jornal Tribuna do Cacau, desde 86 até os dias de hoje.
Entre os programas criados nas emissoras locais por Carlos Fagundes, ele cita; “O crime não Compensa”, “Revista Regional”, “Na Boca do Povo”, “Ontem ao Luar”, “Tribuna do Povo” e muitos outros. Esses fatos são fragmentos de uma pequena e grande história da ´passagem do profissional Carlos Fagundes pelos órgãos de comunicação de Itabuna, contribuindo com o engrandecimento da região do cacau.
Hoje Fagundes cem por centro recuperado de um acidente provocado por um coletivo, ainda pretende retornar ao rádio, dentro em breve, com um novo estilo de programa musical e informativo, e em alto estilo, para agradar a gregos e troianos, afinal de contas, Fagundes é um historiador, e merece ser olhado com carinho e respeito por todos nós. É gente que faz Itabuna.

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