quinta-feira, 2 de abril de 2020

Governo publica lei que institui auxílio emergencial de R$ 600 a informais

Bolsonaro vetou alguns trechos - MP abre crédito de R$ 98,2 bi

Presidente Bolsonaro se protege

Do - poder360.com.br - Foi publicado nesta 5ª feira (2.abr.2020) no Diário Oficial da União a lei que institui o pagamento de auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais de baixa renda. O benefício será pago pelo período de 3 meses e visa garantir renda a quem está impedido de trabalhar devido às medidas de isolamento social para prevenir o contágio pelo novo coronavírus. Eis a íntegra do texto (116 KB).

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Poesia de Joselito dos Reis

Hipocrisia...

O homem ler o Livro Sagrado

Estamos sempre vivendo...

Entre a cruz e a espada...

Guilhotina decepa pescoços

Patriotas são mutilados, humilhados...

Hoje enforcados não por cordas

Mas por vírus de guerras biológicos...

Ainda fuzilados por sistema nefastos

Mortos pela bala da ignorância

Na fome da corrução sem caráter

Triste mundo!

Triste nação!

Até quando o pecado?

Cantando canções sem nexo

Sem melodia sem prazer!

Tristes almas feridas; tristes espíritos sem luz..

Nunca mais uma agonia que fosse de alegria!..

Nunca mais um sorriso que fosse verdadeiro!

Nunca mais o respeito, tudo banalizou...

Por isso as pedras permanecerem caladas

Aquecem o calor do Sol sob as águas...

Dos oceanos, mares e rios derramam suas lágrimas

Chorando a hipocrisia dos humanos...

Que sós sabem usar um por cento de sua mente suja...

- As flores ainda nascem nos campos!

Joselito dos Reis

11.05.2020

POESIAS DE JOSELITO DOS REIS

MEU SER

Sou como

Um rio subterrâneo

Chora por dentro

E sou rocha por fora

Só enxerga

Minhas águas cristalinas

Minha sensibilidade divina

Quem tem amor

E sabe colher

Nas dunas do deserto

Uma flor!

Sou poeta:

Alegria, tristeza e dor.

Joselito dos Reis-20.11.2013

Cidade Grande

Fitando fixamente
Ao longo do horizonte
Sombrio e escuro no infinito

O vento frio soprava
Minhas faces sofridas...
Prenúncio de chuva e de temporal

Na minha cidade grande...
Neste chão do cacau mil
Arranha-céus ao léu...

De arvore sem vida, sem frutos
Espaço vazio, triste e frio...
Sem pássaros a revoar a cantar

Gente passando por gente
Sem se falar... Sem dá bom dia!
Semblante cansado, sem esperança
Olhares quase incertos e sem razão

Desespero do sistema duro...
De residências ladeadas de segurança
Por cercas elétricas, ou muros...
Cães ladram de dia e à noite

Violência, ignorância, no ar
Do homem, perverso a matar
O que há... O que há...

Que saudade da noite romântica
E de luar
Que saudade... Que saudade!
Neste momento da minha cidade pequena
De gente ordeira e alma grande

O sorriso, para onde foi o sorriso...

Adeus rios de águas cristalinas
Adeus verde de flores multicor
Adeus homem do amor
Na cidade que desconheço
Chegou agora o terror!

11.10.09

MÁSCARA

Aqueles que me rodeiam
E dizem ser meus amigos
Invocando o meu mal
Jamais conseguirão

Porque a eles
Tenho a força para passar
O exemplo de Jesus
Que morreu inocente
Sacrificado na Cruz

Portanto não tentes
Se aproximar de mim
Com o sorriso falso
E a maldade no coração

FIM

O homem auto se destrói
Perdeu a alma e o espírito
Se materializou!
Não divide mais o pão
A vida na destruição banalizou

Deixou de plantar jardim em flor
O espaço dos pássaros ele tomou
Para ganhar dinheiro usa o nome
Do Salvador, esqueceu o amor!

Polui rios, lagos e mares.
Já não vê os luares de maio
Nem tão pouco o sorriso inocente
De uma criança, a esperança.

A única espécie no mundo
Que se mata por prazer
Já não nota mais o anoitecer
E o alvorecer...

Solidificou o racional...
E entregou seu destino ao desatino
Do mundo egoísta, do mau.
E vivemos um temporal anormal
Triste vida animal!

07.04.10

Ironia...

Peixes misturados
Balbuciam o ar
Do lixo fádico
Dos restos
Da impureza humana

Desumanos bagunçam
Bungam a água do rio
Do leito desfeito e frio

Que odor!
Que dor!
Lá se foi um rio
-Um rio dos versos dos poetas

De águas cristalinas
Do cantar de minha infância
Do cantar das meninas...

Já não ouço mais

Da igrejinha o tinar dos sinos

A fé, a esperança!
Para onde foram?

-Todos estão surdos

No pedestal
De um mar de lágrimas
De um rio de saudades
Do breve tempo de criança.

janeiro de 2005

Disfarce

Não tens mais
Para quem apelar
Um inferno no vosso lar!
Filho a se drogar...
Marido a se alcoolizar...
Neste momento
Pelo rádio ou TV
Disfarçado de Deus
Vê a imagem de um homem
Na sua mente entrar!
Vê Deus! Vê Jesus! (mercadoria)
Na sua casa...
Atendendo ao suposto
Representante de Deus
Na sua visão vê o copo de água
Sobre a televisão a borbulhar!
-Milagre!
-Milagre!
Naquele momento é possuída
Pela tortura psicológica
- Pura ilusão de mente fraca!
E na fé, resolve se entregar...
Novamente a se batizar...
O dinheiro do pão a doar...
A alimentação no lar a faltar...
E num tiroteio na favela
O filho morre sem paixão
E sem vela na mão...
Possuída na fé
Agradece O Deus! O Jesus!
- Foi milagre!
- Milagre!
- Milagre!
-Aleluia irmão!
Joselito dos Reis
Este poema é dedicado a todos aqueles falsos profetas que enriquecem ilicitamente usando o nome de Deus!

ALMAS VAZIA

Estou triste

Muito triste

Porque meus sentimentos

Se foram... Com o vento

Paralelo as cidades

Sem vida

Sem verde

Sem rio

Sem brio...

Em mim só restou o medo...

De um povo mudo sobre o solo...

Confeitado de asfalto, pedra e cimento!

Vazio de um povo sem alma

Que apunhala corações...

O poeta chora entre aranhas-céu

Com a alma ferida chora os gritos

De precoces mortes

De Sul a Norte!

Paz do Sono

É quando fecho meus olhos

Após um dia de cansaço...

É quando adormece meu corpo

Entrando em transe minha alma...

É quando dorme a minha matéria

Que sinto os belos e lindos sonhos...

É quando estou assim em graça

Que descanso e fujo do real...

É assim. Só assim!

Que tenho paz, silêncio e vida...

É quando tenho certeza

De que não estou só no mundo

Estou, sim, sob a proteção de Deus.

Fim...

O homem auto se destrói

Perdeu a alma e o espírito

Se materializou!

Não divide mais o pão

A vida na destruição banalizou

Deixou de plantar jardim em flor

O espaço dos pássaros ele tomou

Para ganhar dinheiro usa o nome

Do Salvador, esqueceu o amor!

Polui rios, lagos e mares.

Já não vê os luares de maio

Nem tão pouco o sorriso inocente

De uma criança, a esperança.

A única espécie no mundo

Que se mata por prazer

Já não nota mais o anoitecer

E o alvorecer...

Solidificou o racional...

E entregou seu destino ao desatino

Do mundo egoísta, do mau.

E vivemos um temporal anormal

Triste vida animal!

07.04.10

Pedras no Caminho...

Nas longas estradas tropecei

Encontrei pedras em caminho

Voei o ar, tentando um ninho...

Naveguei o mar procurando onde aportar

Atravessei fronteira, cai à deriva nos sete mares...

Convivo com as estrelas, o sol, o luar

Só para descobri o amor e amar

Até agora sem destino... A sonhar!

Sem saber onde encontrar, adorar...

Como é triste utopicar e viver de ilusão

Buscando amar.

ESPERANÇA

Nos olhos do filho
Desnutrido a dor da fome
O pai iludido
Com a vida atrevida

Confundia as lágrimas
No seu lar (barracão)
Farinha nem um grão

Deu a loucura...
Foi a supermercado
Furtou um pacote de pão

Preso, algemado, torturado...
A Constituição não lhe garantiu
À alimentação...

Seu filho morreu em casa...
Ele atormentado na prisão...

10.10.12

Incerteza

Nestes tempos de incertezas

De individualismo

De inversão de valores...

O verdadeiro ser humano

No deserto insano

Ainda tenta colher flores!

Na superação de uma honra

Que ainda não se foi!

“A realidade às vezes é cruel, mas os sonhos hão de continuar”

26.10.12

MORENA FACEIRA

Lá vem a morena

Singela, bela, faceira

Subindo a ladeira

Cabelos cumpridos prá lá

Cabelos cumpridos pra cá

Num gingar de fim de tarde

Cabelos lisos prá lá

Cabelos pretos prá cá

Refletindo o surgir

Do brilhar do luar

Lá vem a morena bela...

Faceira e singela...

Descendo a ladeira

Cabelos cumpridos

Prá lá

Cabelos cumpridos

Prá cá

Como é bom imaginar

O que está por trás

De seu lindo olhar

Lá vai a morena subindo

A ladeira

Lá vai a morena descendo

A ladeira

Cabelos longos pra cá

Cabelos lisos prá lá!

Março de 2001

Nostalgia...

Ah! Que saudade, que nostalgia

Que falta de magia... Do “tik-tac”

Da minha máquina de datilografia

Naquela época tinha movimento!

Meus versos floravam com mais bonança...

Calor, sorriso e alegria; sinto!

Hoje o computador é morno!

O digitar é frio e sem alma...

Que agonia de mim

Dos meus versos, nascer da poesia

Com o cheiro de jasmim...

Ah! Que saudade daqueles tempos...

De união, de sensibilidade, de mim...

Do amor no coração, da canção...

Do respeito à poesia, ao cidadão

Do abraço do irmão ao irmão...

Neste mundo do computador

Tudo mudou... Fui obrigada a dá adeus

A minha máquina de datilografia

E a família se dispersou tudo banalizou!

- Não existe mais buquê de flor!

E só minha máquina no canto

É prova do derramar do meu pranto.

19.10.13

Alma Ferida

Minha alma sofre
Meu espírito chora
Minha matéria dói

A inversão de valores
A banalização
A desonra

Cravam um punhal
No meu coração
E fazem sangrar minhas rugas

De um tempo de honra
De valores humanos
Vencidos pelo tempo.

E no deserto
Desse silencio
Vivo um dilema sem destino!

04.09.2010

INDEVIDO

Ah! Meu Deus!

Estou aflito

O homem está perdido

Cego pelo poder

Pela ambição

Estão misturando a Sua canção

Por falsa religião

Enganam o cidadão (a)...

Vestidos de pele de cordeiro!

Misturando O Teu Santo Nome

Com politicagem

Uma verdadeira malandragem

Do só quero mais!

Do só quero mais!...

Do deus para mim

O diabo para os outros

Perdoa-os Senhor!

Eles não sabem o que dizem

O que fazem...

Aos que misturam o nome de Deus a politicagem

DRAMA

Meu pai na eternidade

Minha mão no leito de hospital

Meus irmãos dispersados

Meu filho desaparecido...

Meus amigos distantes...

Nesse dia dos pais

De tristeza, meus olhos choram

Minha alma grita de saudade

Meu espírito sofre com a dor

Meu destino entregue a Deus

Não sei qual é o meu pecado

Só sei que não errei...

Só sei que não errei...

Mas, estou contente

Livrando a demagogia do comércio!

Os pais ainda sorriem

E no mundo ainda nascem flores!

12.08.12

Colarinho Branco

Euforias, fogos estouram no ar!
Vitória de mais um colarinho branco
Que roubou a si e a nação!

Fogos para todos os lados
Queima do dinheiro público
O povo aplaude!

É a vitória por falta de Justiça
É a inversão de valores
É o sumiço da honra

Enquanto isso, naquele barracão...
Sem brio, sem esperança...
Uma criança desnutrida chora
Com a barriga vazia

O pai desesperado, desempregado.
Uma lata de leite no mercado furta
Flagrante, prisão, esquecimento!

O cidadão mais uma vez humilhado
Seu filho morre no triste barracão
E os fogos continuam queimando!

É a vitória do roubo de um milhão!
E a derrota dentro da prisão
Da nossa Constituição por um tostão!

Com licença Geraldo Vandré
Continuam ainda plantando flores
Em boca de canhão!

15.09.2010

SINTO VERGONHA DE MIM - Poesia de Rui Barbosa

Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte deste povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-Mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o 'eu' feliz a qualquer custo,
buscando a tal 'felicidade'
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos 'floreios' para justificar
actos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre 'contestar',
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.

Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir o meu Hino

e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar o meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo deste mundo!

'De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto'.

Expressaounica:

Aos que levam o voto democrático para o pessoal e elege representantes politicos, lideranças sem nexo. Nossos pésamos. Queria sentir-me, orgulho deste chão grapiúna. Que diga Rui Barbosa!

Carlos Drummond de Andrade:

Eu também já fui brasileiromoreno como vocês.
Ponteei viola, guiei Fordee
aprendi na mesa dos bares
que o nacionalismo é uma virtude.
Mas há uma hora em que os bares se fechame
todas as virtudes se negam.

Eu também já fui poeta.
Bastava olhar para mulher,
pensava logo nas estrelas
e outros substantivos celestes.
Mas eram tantas,
o céu tamanho,
minha poesia perturbou-se.

Eu também já tive meu ritmo.
Fazia isso, dizia aquilo.
E meus amigos me queriam,meus inimigos me odiavam.

Eu irônico deslizava satisfeito de ter meu ritmo.
Mas acabei confundindo tudo.
Hoje não deslizo mais não,
não sou irônico mais não,
não tenho ritmo mais não.