quinta-feira, 29 de março de 2018

GOVERNO ESPERA ARRECADAR R$ 4,8 BILHÕES EM LEILÃO DA ANP

PETRÓLEO E GÁS
GOVERNO ESPERA ARRECADAR R$ 4,8 bILHÕES EM LEILÃO DA ANP
POR DECISÃO DO TCU, DOIS DOS MAIS VALIOSOS BLOCOS NÃO SERÃO OFERTADOS
Do - Diário do Poder - A decisão tomada nesta quarta (28) pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de retirar dois dos 70 blocos que seriam ofertados nesta quinta (29) na 15ª Rodada de Licitações fará com que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) abra o Calendário Plurianual de Rodadas 2018/2019 sem incluir os dois blocos, os mais valiosos e que, juntos, representariam R$ 3,55 bilhões, o equivalente a 75% dos R$ 4,8 bilhões que o governo espera arrecadar.
Ao comunicar a decisão do TCU, o Ministério de Minas e Energia informou que, no período mais curto possível, submeterá ao Conselho Nacional de Política Energética uma nova proposta para leiloar os dois blocos ainda neste ano.
A decisão do TCU foi motivada porque os dois blocos estão situados ao lado área de Saturno, no pré-sal da Bacia de Santos, o que faz com que exista a possibilidade de que os reservatórios dessas áreas serem interligados – daí o alto valor do bônus de assinatura e a expectativa de que os dois blocos viessem a ser os mais disputados.

Ainda assim, o leilão deverá ser bastante disputado e terá início a partir das 9 horas, no Rio de Janeiro. Segundo a ANP, 17 empresas se habilitaram para fazer ofertas para as 49 áreas marítimas e quatro para as 21 áreas terrestres.
Das empresas inscritas para esta rodada apenas três ainda não possuem contratos para exploração e produção de petróleo e gás natural no país: a Petronas (Malásia Petroliam Nasional Berhad); a Cobra Brasil Serviços, Comunicações e Energiae; e a alemã Wintershall.
Entre as empresas que estarão participando desta 15ª Rodada, figuram as principais petroleiras do mundo como a anglo-holandesa Shell, a norueguesa Statoil, a americana Exxonmobil e a chinesa Cnocc; além Petrobras, que deverá participar da disputa de algumas áreas.
Segundo a ANP, as rodadas marcadas para 2018 inauguram “um novo ciclo” da indústria petroleira no Brasil, com áreas de diferentes perfis em concorrências segmentadas. Uma das inovações desta rodada será a oferta, separadamente, de áreas terrestres e marítimas.
Os 70 blocos que estarão em oferta ficam nas bacias sedimentares marítimas do Ceará, Potiguar, Sergipe/Alagoas, Campos e Santos e nas bacias terrestres do Parnaíba e do Paraná, totalizando 95,5 mil km² de área.
A rodada será dividida em duas etapas, uma vez que os blocos marítimos e terrestres serão licitados separadamente. A etapa marítima envolverá nove blocos de elevado potencial nas bacias de Campos; oito na de Santos; além de blocos de nova fronteira: 12 no Ceará, 13 no Potiguar e sete no de Sergipe/Alagoas. Já a etapa terrestre envolverá 13 áreas de nova fronteira nas bacias do Paraná e oito na do Paranaíba.
Petrobras manterá postura seletiva
A Petrobras deve participar da rodada de hoje de olho na continuidade da recomposição do seu portfólio exploratório, embora, como adiantou o seu presidente, Pedro Parente, essa participação se dará “de forma seletiva.
Ele, ao participar da apresentação do Plano de Negócios e Gestão da companhia para o período 2018/2022,  admitiu, ainda sem saber a decisão do TCU, que a rodada de hoje terá áreas bastante atrativas, uma vez que, geologicamente, algumas dessas áreas ofertadas possam ser continuidade dos campos do pré-sal.
“Se imagina, geologicamente, que alguns campos sejam pré-sal, embora legalmente não sejam. Mas é uma fronteira e, de fato, são campos que podem ter um interesse importante. Acho que nós temos que aguardar o leilão, mas nós vamos estar olhando para esses campos de maneira seletiva. Mas [por essa possibilidade de ser pré-sal] isso tem que ser visto em conjunto, porque esses campos são contínuos a áreas do pré-sal. Então, a nossa avaliação, sempre, dentro da gestão de portfólio, é a de que tem que se olhar os dois leilões em conjunto”, disse.
Destacou que a Petrobras continuará mantendo uma postura seletiva também na 15ª Rodada. “Vamos entrar de maneira seletiva, vamos continuar, pelo menos tentar, a aumentar o nosso [portfólio], mas não sabemos se vamos ganhar”, disse Parente. Admitiu que a tendência  é manter a política de parceria com outras empresas nos campos que exigirem maior volume de investimentos.
“Já deixamos claro que nesses campos mais custosos o modelo ideal é o de parceria, mas, se vamos entrar como operador ou não, isso vai depender das conversas com os parceiros”, finalizou o presidente da Petrobras. (ABr)

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