A INTERPRETAÇÃO
ESPÍRITA DA
BÍBLIA É FEITA DE MODO RACIONAL
Por - José Reis Chaves - Há dois modos de
interpretar a Bíblia: o literal e o metafórico. O literal é o mais usado pela
Igreja, já o metafórico é mais comum entre as igrejas protestantes e
evangélicas, o que tem provocado frequentemente interpretações muito polêmicas
sobre os textos bíblicos. Daí a grande divisão das igrejas evangélicas, que
existem hoje aos milhares.
De fato, a
interpretação metafórica, às vezes, dá margem a entendimentos tão absurdos
feitos pelos nossos irmãos evangélicos, que acabam tornando a Bíblia um livro
descaracterizado com relação à sua mensagem de grandes verdades a respeito dos
caminhos que levam à nossa salvação ou libertação. E com o surgimento da doutrina
espírita, então, é que essas interpretações bíblicas metafóricas das igrejas
evangélicas tomaram um rumo no qual, como se diz, acredite nele quem quiser! Realmente,
interpretações descabidas metafóricas estão sendo feitas para tirar da Bíblia todas
as suas passagens referentes à reencarnação e à mediunidade e, pois, ao contato
com os espíritos.
Vejamos alguns exemplos de interpretações
absurdas e que, inclusive, têm passado para os próprios textos de algumas
bíblias evangélicas, com o que estão fazendo mais falsificações da Bíblia. Saul,
por intermédio da médium de Endor, comunicou-se com o espírito do profeta
Samuel já desencarnado. Os teólogos evangélicos, negando o que o texto bíblico
diz claramente, têm a ousadia de falar que se trata de uma alegoria, e que não
foi Samuel, mas o “diabo” que se manifestou a Saul enganando-o.
Caros leitores,
deixamos que vocês mesmos concluam se é a Bíblia que diz a verdade ou se são os
evangélicos que insistem em afirmar contra ela que é o “diabo” que falou com
Samuel! Textualmente, afirma a passagem bíblica: “Samuel disse a Saul: Por que
me inquietaste fazendo-me subir?” Essa verdade de que foi mesmo Samuel, e não o
“diabo” que se comunicou com Saul está lá na Bíblia (1 Samuel 28: 15). E,
então, com quem está a verdade, com os evangélicos ou com a Bíblia? Também, em
outra parte dela, lemos: “Samuel, até depois de morto, profetizou”
(Eclesiástico 46: 20). Ademais, tudo que o espírito de Samuel disse a Saul, no
episódio acima citado, realizou-se.
Outra passagem bíblica
que é uma pedra no sapato dos evangélicos é a da Transfiguração de Jesus no
monte Tabor. E não é bem essa Transfiguração que é tão importante nesse fato,
mas o contato envolvendo Jesus, Pedro, Tiago e João, de um lado, e do outro, os
espíritos de Moisés e Elias, que viveram encarnados aqui na terra, havia muitos
séculos.
E eis mais um exemplo
que é da Primeira Carta de João (João 4:1) falsamente interpretado de modo
escandaloso pelos nossos irmãos evangélicos. João nos aconselha para
examinarmos os espíritos (no plural), para sabermos se eles são bons (de Deus),
ou maus (do mal), mas os evangélicos afirmam que João nos adverte para sabermos
se o espírito é do próprio Deus ou do “diabo”. Perdoem-me a expressão “Vão ver
tanto “diabo” assim na China!”.
Com essas passagens
bíblicas e outras, está provado que a Bíblia demonstra que existe a comunicação
entre nós e os espíritos desencarnados, apesar de Moisés (não Deus), em
Deuteronômio capítulo 18, a proibir. Aliás, se ele proíbe essa comunicação,
conclui-se racionalmente que é porque ela existe mesmo!
PS: Palestras deste
colunista e do vereador de BH Flávio dos Santos no “Museu Chico Xavier” da
UFMG, em Pedro Leopoldo, em 26-2-2017. Ônibus grátis para lá: (31) 3463-4281.
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