quinta-feira, 12 de maio de 2016

Dilma terá até jatinho à disposição e o PT anuncia que vai ocupar as ruas

Dilma terá até jatinho à disposição e o PT anuncia que vai ocupar as ruas

Charge do Aliedo (aliedo.blogspot.com ), reprodução do Arquivo Google
Ricardo Brito, Luísa Martins, Gustavo Porto, Isabela Bonfim e Carla AraújoEstadão
Durante os 180 dias em que deverá permanecer afastada da Presidência da República, conforme decisão do Senado Federal ocorrida há pouco, Dilma Rousseff continuará usufruindo das “prerrogativas do cargo”. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que ela seguirá tendo direito a residência oficial, segurança pessoal, assistência à saúde, transporte aéreo e terrestre, remuneração e equipe a serviço do gabinete.
Calheiros anunciou ainda que, a partir do recebimento desta intimação, estará instaurado oficialmente o processo de impedimento por crime de responsabilidade. Dilma ficará suspensa das funções de presidente até a conclusão do julgamento no Senado ou até a decorrência do prazo fixado de 180 dias. Veja mais da Tribuna da Internet

NOTA OFICIAL DO PT
Logo após o Senado aprovar a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, divulgou uma nota para comentar a decisão e afirmou que o PT e os movimentos sociais estão dispostos a ocupar as ruas para continuar defendendo o mandato da petista.
“Não descansaremos um só minuto até que a presidenta de todos os brasileiros, sufragada em eleições livres e diretas, retorne ao comando do Estado, como é a vontade soberana e constitucional do povo brasileiro”, afirmou Falcão em seu “Comunicado ao Povo Brasileiro”.
Além do apoio dos movimentos sociais, o dirigente afirmou estar seguro de que trabalhadores, intelectuais progressistas, jovens e mulheres “continuarão a cumprir seu papel de vanguarda na resistência pela legalidade” e que o revés sofrido será respondido com “redobrado ânimo”.
“USURPAÇÃO E GOLPE”
“Saberemos levar a todos os cantos do país o protesto contra a usurpação e o golpe”, disse Falcão na nota, afirmando ainda que a admissão do processo de impeachment é a continuidade do golpe contra a democracia e a Constituição e que a decisão dos senadores afronta o voto popular.
“Mais uma vez em nossa história, as elites pisoteiam o voto popular, abrindo caminho para a imposição de um governo ilegítimo”, disse.
O presidente do PT também criticou o vice-presidente Michel Temer e afirmou que o país “está sendo tomado de assalto pelos piores expoentes das oligarquias do poder”. “Incapazes de vencer nas urnas, recorrem à farsa institucional para derrubar uma governante eleita pela maioria do povo brasileiro e que não cometeu qualquer crime”, afirmou. “Não ao golpe. Fora Temer! Voltaremos!”, finalizou o petista.

A Rosa de Hiroshima: sem cor, sem perfume, sem rosa, sem nada

O diplomata, advogado, jornalista, dramaturgo, compositor e poeta Vinícius de Moraes (1913-1980), no poema “Rosa de Hiroshima”, chama à atenção para a barbárie da guerra, sem esquecer as consequências da estupidez (da rosa radioativa) que mata. A mensagem é direta para alertar e despertar consciências para a liberdade do desejo de viver. Rosa de Hiroshima foi musicada por Gerson Conrad e gravada no primeiro e antológico LP que leva o nome do Secos & Molhados, em 1973, pela Continental.
ROSA DE HIROSHIMA 
Vinícius de Moraes
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
(Colaboração enviada por Paulo Peres – Site Poemas & Canções)

Michel Temer enfrenta o desafio de reencontrar o tempo perdido

Charge do Samuca, reprodução do Diário de Pernambuco
Pedro do Coutto
O título, claro, está inspirado na obra imortal de Marcel Proust, e creio que cabe bem para sintetizar o maior desafio com que, a partir do instante em que substitui a presidente Dilma Rousseff, com quem se elegeu duas vezes, Michel Temer enfrenta na tentativa de reconstruir a economia brasileira, abalada, como revelou a repórter Flávia Barbosa, em excelente trabalho publicado na edição de ontem de O Globo, por resultados negativos que se acumularam especialmente no biênio 2014-2015.
Foi um desastre de grande dimensão. O PIB recuou 7,7% no período, enquanto a população cresceu 2%. Resultado: piorou gravemente a renda per capita, resultado da divisão do PIB pelo número de habitantes. Não há como negar tal evidência, pois os números em que se baseou Flávia Barbosa são do Banco Central e do IBGE.
E O DESEMPREGO?
O desemprego avançou 6,8% para 10,9 da mão de obra ativa. A mão de obra ativa brasileira é formada por 100 milhões de homens e mulheres. Praticamente metade da população total. O PIB projeta-se na escala de 5,6 trilhões de reais. Uma retração de aproximadamente 8% significa uma perda de produção e produtividade da ordem de quase 500 bilhões de reais.
Enquanto isso, a dívida do país voou para uma altitude de 2,8 trilhões, o que representa a metade do PIB. Sobre esse total, o governo paga juros anuais de 14,25%, taxa Selic aplicada aos papeis do Tesouro colocados no mercado. Como não há dinheiro para cobrir o montante anual dos juros, o Banco Central recorre à capitalização do resultado da taxa, através da expedição de títulos adicionais. O endividamento, assim, não para de aumentar de um ano para outro.
MONTANTE DA DÍVIDA
Nos últimos três meses, de acordo com o Banco Central, o montante da dívida cresceu de 2,8 para 2,9 trilhões de reais, como a reportagem de O Globo acrescenta. O governo, que não tem recursos financeiros para pagar pelo menos os juros, entretanto concedeu desonerações fiscais superiores a 500 bilhões de reais desde 2011 até hoje. Uma contradição absoluta.
Nem por isso, conseguiu expandir o mercado de trabalho e a renda global dos trabalhadores e funcionários públicos. Pelo contrário. Os empresários beneficiados não deram qualquer resposta positiva capaz de refletir no campo social. Foram recursos lançados ao vento.
O impasse está colocado à frente do governo Michel Temer/Henrique Meirelles de forma bastante nítida e concreta. Sim. Porque o presidente que assume, por vontade própria, encontra-se totalmente na dependência do êxito do ministro da Fazenda, que de forma integral comanda a área econômica do governo.
DESAFIO ENORME
O poder duplo que assume terá que retomar o crescimento do PIB, diminuir o desemprego, deixar de reduzir indiretamente os salários, evitando que percam para a inflação. Pois se continuarem perdendo a corrida contra o índice inflacionário, a consequência refletir-se-á diretamente no consumo e, portanto, na produção e comercialização.
Como fazer tudo isso ao mesmo tempo e, ainda por cima, a curto prazo? E isso é fundamental para reencontrar e reconstruir o país.

Era do PT chega ao fim, com Dilma afastada do governo por 55 votos a 22

Estadão - Estadão
Reprodução de ilustração do Estado de S.Paulo
Carlos Newton
Não houve surpresa e o Planalto ficou longe de conseguir os 30 votos que pretendia, para sonhar com uma reversão do afastamento da presidente Dilma Rousseff na votação definitiva daqui a alguns meses. Por 55 votos a 22, o Senado decidiu aprovar a abertura do processo de impeachment, afastando-a do cargo por 180 dias, em sessão que começou às 10 horas na manhã de quarta-feira e somente realizou a votação às 6h35m desta quinta-feira.
A decisão precisava do voto de 40 senadores dos 78 senadores presentes, pois dois parlamentares faltaram à sessão, Delcídio Amaral foi cassado na terça-feira, e seu suplente ainda não assumiu o mandato.
O afastamento tem prazo máximo de 180 dias, mas a previsão é que antes disso o Senado julgue a presidente Dilma pelas pedaladas fiscais e créditos orçamentários sem autorização .
TEMER ASSUME
Com a aprovação pelo Senado, o vice Michel Temer (PMDB) assume assim que for notificado da decisão. Sem necessidade de cerimônia de posse. Dilma é a segunda presidente afastada para ser julgada politicamente pela acusação de crime de responsabilidade desde a redemocratização, repetindo Fernando Collor em 1992.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) se absteve e houve apenas 22 votos a favor. Collor votou a favor do impeachment.
Para voltar ao poder ao final do processo, Dilma Rousseff precisará manter os 22 votos e reverter mais 6 votos contrários. É missão praticamente impossível, a Era do PT acaba de ser encerrada, após 13 anos e quatro meses de poder.

Lula não se importa com a saúde de Dilma e vai usá-la como massa de manobra

Dilma precisa de repouso, mas Lula vai usá-la incessantemente
Carlos Newton
Já é do conhecimento público o precário estado de saúde da presidente afastada Dilma Rousseff. Realmente, a situação dela é muito delicada, para se dizer o mínimo. Já faz tempo que ela vinha dando demonstrações de dificuldade para estabelecer um raciocínio lógico. Mas o problema se agravou devido à permanente tensão e ao estresse causados pelo tortuoso processo de impeachment. Conforme a revista IstoÉ revelou, a presidente está sendo tratada com medicamentos para esquizofrenia e só consegue dormir ingerindo uma substância fortíssima, ministrada a pacientes antes de serem submetidos a anestesia geral e que não pode prescrita em ação contínua, devido aos perigosos efeitos colaterais.
Tudo isso é sabido, o Planalto anunciou que iria processar a IstoÉ, mas acabou desistindo, porque as informações eram verdadeiras.
Por óbvio, a presidente Dilma Rousseff precisa de repouso e tratamento intensivo, mas tudo indica que continuará sob forte pressão, porque o ex-presidente Lula não aceita o que chama de “falta de combatividade” de Dilma e quer obrigá-la a viajar pelo país e até ao exterior, para denunciar o “golpe” e desestabilizar o governo de Michel Temer.
É UMA PERVERSIDADE
Não há dúvida de que se trata de uma perversidade a iniciativa de usar Dilma Rousseff como massa de manobra, com objetivos meramente partidários. Demonstra que Lula, os ministros do núcleo duro e os dirigentes do PT estão pouco ligando para a forte possibilidade de agravamento do estado de saúde dela. Dilma Rousseff. Na verdade, nenhum deles jamais mostrou a menor preocupação, comportam-se como se ela não estivesse submetida a tratamento psiquiátrico.
A única iniciativa que se tomou para protegê-la e não agravar o estresse foi evitar que ela lesse jornais e revistas e assistisse aos telejornais. As informações lhe são transmitidas através de um clipping preparado por assessores, que destacam as poucas notícias positivas e amaciam as informações sobre o agravamento da crise política e econômica.
NUM MUNDO À PARTE
O resultado é que Dilma Rousseff se transformou numa pessoa meio autista, que vive num mundo à parte, sem saber realmente o que se passa à sua volta.
Reportagem de Fernanda Kracovics, em O Globo, deixa bastante clara a situação. “O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agora quer que o PT e a presidente Dilma Rousseff montem uma espécie de governo paralelo, com núcleos temáticos, para fiscalizar a gestão de Michel Temer”, informa a jornalista, acrescentando:
“Embora ela venha repetindo em seus discursos que vai resistir até o fim, integrantes do PT afirmam que Dilma não tem demonstrado ‘entusiasmo em ação’. Lula quer fazer com que ela viaje o país defendendo seu governo, enquanto o Senado estiver julgando o mérito do processo de impeachment”.
NINGUÉM SE INTERESSA…
Não se pode prever o que resultará dessa estratégia de manipular a presidente Dilma Rousseff para favorecer os interesses de Lula e do PT. Mas é óbvio que se trata da exploração de uma pessoa fragilizada, que merece cuidados especiais, ao invés de continuar sendo submetida a uma verdadeira roda-viva.
Dilma Rousseff, no pior momento de sua vida, está cada vez mais sozinha e abandonada. Ao que parece, não há nenhuma pessoa amiga que realmente se importe com ela. A filha, o genro e o ex-marido não tomam a menor iniciativa para protegê-la, e os médicos do Planalto apenas assinam as receitas.
Alguém precisa intervir. Mas quem se interessa?

Sérgio Cabral enfim é acusado diretamente na operação Lava Jato

Ilustração reproduzida do Arquivo Google
Deu no jornal Lance
O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, foi acusado de permitir que a Andrade Gutierrez se associasse às empreiteiras Odebrecht e Delta no consórcio que disputaria em 2009 a reforma do estádio do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014. Segundo a revista “Época”, o nome do político foi citado em delação premiada da Operação Lava Jato por Rogério Nora de Sá e Clóvis Peixoto Primo, ex-presidentes de empresas do grupo Andrade Gutierrez. No depoimento, que ocorreu em março, os delatores afirmaram que Cabral cobrou pagamento de 5% do valor total do contrato. A obra do estádio, que inicialmente fora orçada em R$ 720 milhões, se encerrou com um custo superior a R$ 1,2 bilhão.
“A conversa foi franca, mas o pedido de propina foi veiculado com o uso de outra palavra, que pelo que o depoente se recorda foi contribuição”, diz o trecho da delação de Rogério Nora de Sá, divulgado pela “Época”.
SEMPRE A DELTA
Rogério Nora de Sá afirmou ainda que na reunião com Cabral, ele teria concordado com a entrada da Andrade Gutierrez na disputa do consórcio, mas não abria mão da presença Delta no negócio. O ex-presidente declarou ainda que a Odebrecht a Delta já estavam acertadas informalmente para disputarem a situação.
Os pagamentos foram feitos a partir de 2010 e ocorreram apenas até o ano seguinte. Segundo os delatores, como a obra começou a gerar prejuízo, eles interromperam a propina. Os valores não foram revelados.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A importante matéria foi enviada pelo comentarista Mário Assis Causanilhas, sempre atento ao noticiário. É tudo verdade, Cabral chegou a abandonar a mulher para ser concunhado do presidente da Delta, Fernando Cavendish, mas a amante morreu na queda do helicóptero em Porto Seguro e Cabral voltou para a mulher, Adriana Anselmo, antes que o escândalo irrompesse. Em matéria de falta de caráter, Serginho Cabral é imbatível, um verdadeiro campeão olímpico. (C.N.)

Até a Folha admite que Dilma está sendo afastada da Presidência

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Dilma no jardim do palácio, cada vez mais sozinha e abandonada
Deu na Folha
O Senado deverá abrir o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, afastando-a do cargo, em sessão que começa na manhã desta quarta (11). A decisão precisa do voto da maioria simples dos presentes, e tanto o placar da Folha quanto as contas de governo e oposição apontam para o resultado.
O afastamento tem prazo máximo de 180 dias, mas a previsão é que o Senado julgue-a pelas pedaladas fiscais e créditos orçamentários sem autorização antes disso.
O vice Michel Temer (PMDB) assume assim que for notificado da decisão. Seus aliados pressionam pela saída do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), visto como não confiável para o encaminhamento de sua agenda congressual e que tentou sem sucesso anular a votação do impeachment pelo plenário, em uma canetada apoiada pelo Planalto.
TENTATIVA FRUSTRADA
O governo tentava até a noite desta terça impedir a sessão, com a apresentação de um recurso ao Supremo.
Dilma deve ser a segunda presidente afastada para ser julgada politicamente pela acusação de crime de responsabilidade desde a redemocratização, repetindo Fernando Collor em 1992 – o hoje senador pelo PTC-AL, até aqui seu aliado, vota nesta quarta.
Apoiadores do governo fizeram atos em algumas capitais e prometem mais protestos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se vê, até mesmo a Folha de S.Paulo, que vinha torcendo desesperadamente contra o impeachment de Dilma Rousseff (sabe-se lá por quê…), acabou jogando a toalha e publicando esta reportagem antecipando a derrota que há meses já se sabia inevitável. Vamos ver se a partir de agora a Folha volta a fazer jornalismo de verdade. Tudo é possível, no jornalismo brasileiro. Quanto a Collor, as informações se dividem. Há quem diga ser provável que vote a favor do impeachment, mas outros adiantam que ele deve se abster. Tudo é possível, na política brasileira. E vamos em frente. (C.N.)

PT lança campanha contra Temer e anuncia que lutará nas ruas e no Congresso

PT e PCdoB lançam movimento para desestabilizar o governo Temer
Deu em O Tempo
As bancadas do PT e do PCdoB na Câmara lançaram na tarde desta quarta-feira, 11, um movimento chamado “Temer, o ilegítimo”, em oposição a um eventual governo provisório do vice-presidente Michel Temer. Os petistas enfatizaram que, após 13 anos como governistas, não se esqueceram como fazer oposição e que adotarão uma linha firme contra o peemedebista, chamado repetidas vezes de “golpista”. A tendência de atuação das bancadas será de obstrução aos projetos enviados pelo novo governo.
Enquanto poucos deputados participavam de uma sessão não deliberativa no plenário, os novos oposicionistas organizaram um ato no Salão Verde da Câmara, com cartazes dizendo “Temer não será presidente. Será sempre golpista” e “Fora Temer. Cunha jamais. Fica Dilma”. Os parlamentares se revezaram no microfone com palavras de ordem enfatizando que Temer não será reconhecido como presidente da República.
“Seremos oposição firme a Michel Temer. Não o chamaremos de presidente. E vamos avaliar as medidas dele criticamente”, avisou a deputada Maria do Rosário (PT-RS).
FAZER OBSTRUÇÃO
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) disse que a assinatura de Temer não terá valor porque o peemedebista não teve nenhum voto para chegar à Presidência da República. “Não reconheceremos nenhuma assinatura dele”, completou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
A nova oposição tende a obstruir as matérias enviadas por Temer ao Congresso e anunciou que vai analisar cada caso, mesmo que as medidas sejam parecidas com as defendidas pelo governo Dilma Rousseff. O argumento para a rejeição às medidas do futuro governo Temer é que Dilma tinha a legitimidade das urnas para enviar projetos e o peemedebista não.
“Nós sabemos muito bem fazer oposição e defender os interesses do Brasil. Não aceitamos que o voto seja rasgado”, afirmou Maria do Rosário. “Vamos ter dois presidentes: uma legítima e outro imposto em situação de golpe”, concluiu a presidente do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE).
“GOLPISTAS”
PT e PCdoB culparam a oposição por criar dificuldades econômicas para o País ao não aceitar o resultado das urnas em 2014 e acusaram os “golpistas” de interdição do governo Dilma Rousseff.
Os partidos de esquerda anunciaram que farão obstrução política, que vão se opor à reforma trabalhista e da Previdência (principalmente na questão da criação da idade mínima para aposentadoria), serão à favor da taxação de grandes fortunas, de herança e lucro sobre capital próprio, além da revisão da tabela do Imposto de Renda e CPMF com faixa de isenção até 10 salários mínimos (com restituição através do Imposto de Renda e com alíquota superior as maiores movimentações bancárias).
“Não vamos ser oposição boazinha não”, avisou a senadora Maria Regina Sousa (PT-PI), que representou os petistas do Senado no ato.
HONDURAS E PARAGUAI
O grupo comparou a situação do Brasil aos golpes parlamentares em países como Honduras e Paraguai e ressaltou que haverá mobilização das ruas para encurtar a passagem de Temer no Palácio do Planalto, que começará com grande instabilidade política e pouco apoio social. A aposta dos partidos é que Temer não terá condições de unir o País.
“Vai ter luta nas ruas e no Parlamento. Não vamos aceitar esse governo biônico”, disse Luciana Santos. “Serão 180 dias de muita luta”, emendou a deputada Moema Gramacho (PT-BA).

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