quinta-feira, 10 de março de 2016

É SÉRIO A SECA NA REGIÃO SUL DA BAHIA; ITABUNA NÃO TEM ÁGUA POTÁVEL, SÓ DO MAR!

Seca “empurra” mais seis municípios do sul da Bahia para o racionamento
Água salgada, torneiras vazias em alguns lugares e muita, mas muita reclamação. A crise provocada pela falta de água na região ganhou proporções ainda maiores. Além de Itabuna, onde já foi decretado estado de emergência, outros seis municípios foram “condenados” ao racionamento. São eles: Almadina, Camacan, Coaraci, Itacaré, Mascote e Uruçuca, cidades abastecidas pela Embasa (Empresa Baiana de Águas e Saneamento).

Por enquanto, a decisão é apenas uma questão de prevenção, garantiu Danilo Hugo Gomes, gerente do escritório regional da Embasa. Em Itacaré, o Rio Ribeiro secou. Ele era o principal manancial do município. Agora, a captação ocorre por meio do Rio Jeribucassu, o que não é suficiente para atender, com folga toda a demanda.

Considerado um dos principais destinos turísticos da Costa do Cacau, Itacaré está sendo submetido a um abastecimento alternado. Essa realidade também é enfrentada desde fevereiro pela população de Mascote.

O mesmo ocorre em Coaraci. Lá, a Serra da Palha, um dos mananciais que abasteciam as casas secou e o Rio Almada entrou em “cena”. É de lá que está sendo retirada a “última gota d´água”. O nível do Almada baixou consideravelmente. Em consequência disso, o fluxo teve que ser interrompido em vários trechos. Segundo Danilo Gomes, se a estiagem continuar, o jeito vai ser apelar para os carros-pipas.

E a situação vai se agravando de município para município. Uruçuca, por exemplo, parece ser a cidade entre as citadas onde o problema já virou uma espécie de bola de neve. Isso porque o município, que depende do Almada, está tendo que ser abastecido pelos rios Serra Preta e Água Verde. E o “perrengue” na população, que clama por água, só aumenta.   

Com o nível do Rio Panelão muito baixo, Camacan é outro município que sofre com a crise hídrica. O prefeito de Camacan, Arildo Evangelista, juntamente com vereadores, se reuniram, no início da semana, com o gerente da Embasa,  Danilo Gomes, para nomear as medidas que possam garantir a continuidade do abastecimento naquela região.

Esperança de recursos para água em Itabuna
Todos sabem que Itabuna é terra onde a água “pisa” sorrateiramente. Apesar de ter chovido em janeiro, a quantidade de chuva não foi suficiente para encher as nascentes que abastecem a cidade. Em dezembro do ano passado, quando a crise atingiu seu ápice, o prefeito Claudevane Leite decretou situação de emergência pelo prazo de 180 dias. Agora, o Governo do Estado Bahia reconheceu e homologou o Decreto Municipal nº 11.443, assinado por Vane.

O governo autorizou, ainda, as medidas necessárias à preservação do bem-estar da população. A ordem foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira (09).
Com a homologação, a Prefeitura de Itabuna espera que sejam acelerados os trâmites junto à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional para o repasse de verbas que ajudem o município a aliviar os efeitos da severa estiagem.

As principais consequências da seca, que atingiu as regiões sul, extremo-sul e sudoeste baianos entre o final de agosto do ano passado e o início de janeiro deste ano, se refletiram na falta de chuvas nas nascentes dos rios Almada e Cachoeira, que abastecem Itabuna.

Ao assinar o decreto, declarando situação de emergência em todo o município, o prefeito Claudevane Leite se preocupou com os estragos causados pela falta de chuvas, tendo como agravante a elevação de cloretos na água fornecida à população pela Emasa, que foi obrigada a buscar alternativa de captação em Castelo Novo, que sofre os efeitos das marés. Os danos provocados pela severa estiagem impactaram diretamente a coleta, tratamento e distribuição de água potável para a população.

“Sem falar no comprometimento da normalidade do funcionamento de diversos equipamentos e estabelecimentos públicos que prestam serviços essenciais como hospitais, escolas, creches e clínicas médicas”, afirmou o prefeito. Vane também recebeu relatórios elaborados pelos técnicos da Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente (Seagrima), contendo as perdas econômicas para agricultores familiares, agropecuaristas e produtores rurais por conta da estiagem.

De acordo com o coordenador da COMDEC, Roberto Avelino, a Prefeitura de Itabuna já enviou Formulário de informações do Desastre (FIDE) para o Ministério da Integração Nacional eletronicamente. “Com o Decreto reconhecendo e homologando a Situação de Emergência vamos a busca de recursos federais para alugar carros-pipas e comprar caixas d´água para garantir o abastecimento da população”, diz
Do - www.verdinhoitabuna.com.br.

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