terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Wagner diz que PT se lambuzou na corrupção.

EM 

Dirigentes petistas reagiram com irritação, nesta segunda-feira (4), ao ministro Jaques Wagner (Casa Civil), que, em entrevista à Folha, disse que o partido "se lambuzou" no poder. O ex-ministro da Justiça Tarso Genro disse que a declaração de Wagner "foi profundamente infeliz e desrespeitosa, porque generaliza e não contextualiza". 

Segundo ele, o chefe da Casa Civil faz "coro com o antipetismo raivoso que anda em moda na direita e na extrema direita do país"."Com a responsabilidade que ele tem, deveria ser menos metafórico e mais politizado nas suas declarações", reagiu Tarso. 

A entrevista de Wagner acentuou o mal-estar entre governo e partido. Integrantes da direção partidária, deputados e senadores fizeram chegar ao Palácio do Planalto sua insatisfação diante da fala do ministro, classificada por eles como "um ataque desnecessário" à legenda. 


O presidente do PT de São Paulo, Emídio de Souza, afirmou que o PT sofreu desgaste ao defender o governo de Dilma Rousseff."Sustentar o governo mesmo quando ele se distanciou da sua base social e do seu programa também desgastou o partido. O momento é de ajustar o rumo do governo e do partido, garantir e aprofundar as conquistas e não ficar se atacando mutuamente", disse Emídio. 

O secretário de Organização do PT, Florisvaldo Souza, também chamou de infeliz a declaração.Coordenador da maior força petista, a CNB (Construindo um Novo Brasil), Francisco Rocha disse ser "lamentável que figuras expoentes do partido se utilizem da astúcia da velha mídia quando este debate deveria ser realizado internamente". 

"O PT não se lambuzou em cuia de mel", disse Rochinha, acrescentando que o erro foi não ter se organizado para aprovar a reforma política. 

Líder da corrente Articulação de Esquerda, Valter Pomar registrou sua crítica nas redes sociais."Acho que em 1998, num encontro nacional petista, um determinado senhor disse que o problema do seu partido é que ele tinha que aprender a ser uma grande máquina eleitoral. Muitos anos depois, este mesmo senhor agora critica o seu partido porque se 'lambuzou'". 

Ocupando interinamente a liderança do PT no Senado, Paulo Rocha (PA) minimizou o impacto das declarações. Segundo ele, o próprio partido reconhece que reproduziu métodos em vez de se valer da popularidade de Lula para modificá-los. "Cometemos erros. Foi um erro o mensalão, foi um erro fazer o caixa dois", admitiu.
pularidade não é crime". "É um defeito, um problema que vamos seguir trabalhando para resolver."

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