Antonio
Nunes de Souza*
Será que você já aprendeu a
viver? Estudou, leu muito, ouviu as experiências, tentou e arriscou em algumas
aventuras cheias de dúvidas, quebrou a cara em algumas, se deu bem em outras,
mas, foi inteligente o suficiente para aprender e gravar aquelas que não
deverão ser repetidas?
Pois, tenha a convicção que,
somente fazendo essas coisas, agindo de formas mais abertas as novidades e
comportamentos, poderá enfrentar todos os seus momentos oportunidades surgidas,
inclusive até em alguns casos, livrar-se de acidentes de percursos que já lhe
atraíram no passado!
Mesmo sendo pouco comum, em
virtude da juventude preferir as porralouquices da vida, levar a vida sem
expectativas, requebrando nos bailes e bebendo, além de eventuais drogas, nos
momentos que não devem, fraquejam e, fatalmente, conseguem se oportunizarem com
uma complicada “produção independente”! Não sabendo ou raciocinando que,
naquele momento, acabou de tirar a sua tranquilidade e podar uma série de
coisas em sua vida. Mas, tem as exceções, graças a deus, que, procedendo de uma
maneira livre e libertária, comporta-se sempre demonstrando ter a “cabeça
feita” e preparada pra enfrentar essa vida louca que vivemos. No caso vou falar
que Maria Alice, mulher jovem com seus trinta anos, lutadora e sábia desde seus
quinze anos quando começou a trabalhar e se sustentar em função de uma família
pobre. Bonita, mas, sem maiores atributos que pudessem lhe denominar especial.
Porém, pela sua astúcia e sabedoria, estava sempre bem maquiada, penteada e com
seus vestidinhos, mesmo baratos, mas, da moda e cheios de sensualidades. Isso
fazia dela alguém diferenciada em alguma oportunidades!
Seu pensamento nunca foi de
ser manequim, atriz, cantora, etc., sua real pretensão era estudar, ter uma
independência normal, casar ou não, porém formar-se, para realizar-se e dar
esse gosto a sua querida avó, já que não tinha mais pais. E, com todas as
pedras em seu caminho, conseguiu seus intentos, pois, já possuía seu modesto
apartamento e seu carinho, esse ainda terminando o financiamento e, para seu
maior orgulho, ostentava na sala seu diploma de enfermeira na parede da sala!
Meio cafona, mas, para ela era um grande troféu que representava sua luta e
garra durante muitos anos!
Como conseguiu tudo isso em
bem pouco tempo? Fazendo algo inteligentemente simples, aproveitando algumas
oportunidades com homens de meia idade que, nas suas solidões, adoravam ter uma
mulher quase especial, porém sem tolices e as idiotices normais de pudores que
não levam a lugar nenhum, proporcionavam não só os prazeres das suas
companhias, como também os prazeres erroneamente ditos como pecaminosos, nas
suas camas e alcovas! Pelos seus conhecimentos do corpo por exercer a área
médica, sabia ser carinhosa de uma maneira ímpar, deixando seus encantados
parceiros felizes e com os bolsos livres e abertos. Inteligente e sagaz, tinha
seus cuidados com DSTs e, principalmente, filhos indesejados!
Sempre voltava ao seu pobre
bairro no subúrbio para ver a sua avó, já velhinha e feliz com a neta, e,
tristemente, encontrava algumas das suas antigas amigas, trabalhando como
domésticas, lavadeiras, algumas metidas com drogas e bandidos e, as melhores,
como caixas de supermercados. Lamentavelmente, não souberam dar valor aos seus
tributos físicos ou por fazerem “docinho” nas horas que as oportunidades
apareceram, reagindo com pensamentos tolos e superados, pois, já há bastante
tempo, o tabu do sexo já caiu e hoje é considerado, normalmente, como uma
necessidade fisiológica, como comer, dormir, xixi, respirar, etc., que, tendo
seus devidos cuidados, nada acontece. Ambos saem felizes e, em seguida, lavou
está tudo novo outra vez!
Tenho convicção que, dentro
em breve, teremos milhões de “Maria Alice”, nesse mundo que foi criado para que
sejamos todos felizes!
*Escritor – Membro da
Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
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