segunda-feira, 15 de junho de 2015

EFEITO DILMA: Em nova segunda-feira vermelha, inflação dispara

SEGUNDA-FEIRA, 15 DE JUNHO DE 2015

Em nova segunda-feira vermelha, inflação dispara para 8,79%, tarifas públicas sobem 14% e PIB desaba 1,35% em 2015.

(Estadão) Economistas de instituições financeiras mantiveram a projeção para a taxa básica de juros da economia, a Selic, mas pioraram com força o cenário para a inflação ao final deste ano, após sinais de resistência da alta dos preços. Segundo a pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira, a estimativa para a taxa básica de juros no final de 2015 continua sendo de 14,0%.

Mas sobre a inflação, os especialistas consultados elevaram a perspectiva de alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no final deste ano a 8,79%, ante 8,46% na pesquisa anterior, na nona semana seguida de piora da projeção.

O IPCA de maio surpreendeu ao acelerar a alta a 0,74% na comparação mensal, chegando a 8,47% em 12 meses, maior taxa acumulada desde dezembro de 2003.

Na ata da última reunião do Copom, o BC reafirmou que os ajustes de preços relativos na economia fazem com que a inflação se eleve no curto prazo e tenda a permanecer elevada em 2015. O endurecimento do tom levou parte dos especialistas a acreditar que o atual ciclo de aperto monetário pode ser mais forte.

O Boletim Focus também teve mais uma rodada de alta das previsões para os preços administrados em 2015. A mediana das estimativas para esse conjunto de preços passou de 13,94% para 14%.

PIB. Segundo as novas projeções do Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 deve ter retração de 1,35%. Na semana passada, a estimativa era de uma queda de 1,30% e, há quatro semanas, de recuo de 1,20%. 

Após o mergulho das previsões para a produção industrial na semana passada, o mercado financeiro manteve a estimativa de queda de 3,20% para a produção de 2015. Quatro edições da pesquisa Focus atrás, a mediana das previsões para o setor fabril era de uma retração de 2,80%.

Câmbio. Para o mercado de câmbio, a pesquisa não trouxe alterações no cenário. A mediana das estimativas para o dólar no encerramento de 2015 continuou em R$ 3,20 pela sétima vez seguida.

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