Segundo o vereador James Costa, as
emendas foram elaboradas pela bancada de governo e serão apresentadas no bojo
do parecer da Comissão de Finanças
O parecer da Comissão de Finanças da Câmara de Ilhéus, que relata as
emendas da bancada de governo ao novo Código Tributário do Município, deve ser
votado nesta terça-feira, dia 9. Para o presidente da comissão, vereador James
Costa, o novo diploma será extremamente importante para o futuro da cidade, já que,
além de ampliar a arrecadação e corrigir uma série de distorções, beneficia as
pessoas mais carentes. O parlamentar ilheense declarou hoje, dia 8, que, após a
votação das emendas da Casa, o projeto de lei deve entrar na pauta da ordem do
dia
.
James Costa informou que, entre as emendas elaboradas pela bancada de
governo e que integram o parecer da Comissão de Finanças, três merecem
destaque. “Em uma delas, suprindo uma omissão do Código, estamos propondo que o
reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) leve em consideração, a
partir de 2016, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA ) somado
à variação do Produto Interno Bruto (PIB). Uma segunda emenda propõe que todos
os imóveis construídos numa área de terreno de até 125 metros quadrados, com
até 70 metros quadrados de área construída, fiquem isentos do pagamento de IPTU
a partir de 2015”, disse.
Segundo o vereador, a terceira emenda proposta pela bancada de governo
estabelece que o valor do IPTU só poderá chegar a quatro vezes o valor pago em
2014, para os terrenos, e a até três vezes o valor pago este ano, para as
construções. “Com o objetivo de beneficiar, ainda mais, os segmentos carentes
da nossa sociedade, além destas três emendas, também estamos propondo que todos
os beneficiários do Programa Bolsa Família fiquem isentos do IPTU”, completa
James Costa. Ele salientou, mais uma vez, que o projeto de lei do novo Código
Tributário de Ilhéus não aumenta os índices de reajuste do IPTU, mas,
tão-somente, atualiza os valores venais (os chamados valores de mercado) dos
imóveis, defasados há mais de 17 anos.
Código - O Código Tributário de Ilhéus estabelece uma série de instrumentos
para ampliar a arrecadação do município, o que vai possibilitar a adequação à
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), entre outros benefícios para o cidadão,
como uma prestação de serviços mais qualificados. Conforme a orientação do
prefeito Jabes Ribeiro, a elaboração do novo código foi fundamentada em
jurisprudências e decisões dos tribunais já consolidadas. Tudo isso para
proporcionar maior segurança jurídica ao contribuinte e ao município.
O projeto foi elaborado com o auxílio da equipe técnica da Empresa
Jurisdata, vencedora da licitação, junto com servidores municipais como
auditores, fiscais de tributos e secretários. Ao todo são 307 artigos, em 215
páginas, incluindo ainda a revisão da Planta Genérica de Valores (PVG),
que propõe uma atualização do valor venal dos imóveis, defasado há mais de 17
anos.Entre os artigos, foram estabelecidos e reestruturados dispositivos que
permitem maior controle e uma fiscalização mais eficiente do Imposto Sobre
Serviço (ISS), para o acompanhamento de atividades econômicas geradas no
município. Ainda, o documento prevê uma política de atração de investidores
para Ilhéus, através de incentivos fiscais.
Arrecadação - Conforme explicou o Diretor de Tributos da Secretaria Municipal
da Fazenda (Sefaz), Fernando Fernandes, um dos instrumentos que vai permitir um
maior controle e agilidade no processo de arrecadação é a Substituição
Tributária na prestação de serviços. Este dispositivo estabelece que a empresa
que contratar serviços fará a retenção do imposto do prestador e passará
diretamente à Prefeitura. Ou seja, o montante equivalente aos impostos que o
prestador do serviço deve pagar ao município será descontado diretamente pelo
contratante e enviado à prefeitura.
Outra ação que estabelece maior agilidade e rigor na cobrança dos
tributos aos empresários e prestadores de serviço é a criação da Nota Fiscal
Eletrônica Tomador de Serviços. Segundo Fernandes, todo contratante terá o
direito de emitir uma nota referente ao serviço contratado. Isso possibilita ao
município constatar que o serviço foi realmente prestado e a cobrança do
imposto, caso não tenha sido pago. “O novo código prevê que a emissão da nota
fiscal eletrônica irá caracterizar impostos não pagos como lançamento
tributário para inscrição em divida ativa”, afirmou Fernandes.
Conforme observa o diretor de Tributos da Sefaz, atualmente todo esse
trabalho de fiscalização e controle é feito através de auditorias de rotinas,
com a verificação do material impresso, que demanda um tempo mínimo de 90 dias.
Com os novos instrumentos, a fiscalização se tornará mais eficiente, eficaz e
mais ágil, podendo ser concluída em até 30 dias.
Atração - O código ainda contem estratégias de atração de investimentos.
O Programa Desenvolver tem o objetivo de trazer incentivos fiscais nos impostos
de Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis (ITIV), sobre a Propriedade Predial
Urbana (IPTU) e no ISS, para instalação de empreendimentos industriais,
comerciais e de serviços. Desse modo, pretende-se impulsionar o desenvolvimento
de determinados setores e localidades, constituindo um vetor de economia do
município, com garantias efetivas de incentivos sob pena de pagamento de
tributos retroativamente incentivados.
Da - assessoria
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