quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Brasil carece de unidades públicas que tratem câncer

POR CLARISSA MELLO 

 
Rio - Auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nos serviços de Oncologia oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) mostra as dificuldades de quem precisa da rede pública de saúde para tratar câncer. 

A inspeção, realizada em 2009 e 2010 e divulgada essa semana, revelou carências na rede do Ministério da Saúde. Os problemas apontados vão desde a demora para obter o diagnóstico até a falta de unidades que ofereçam tratamento contra o câncer.
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Segundo o relatório, para que todos os pacientes que dependem do SUS pudessem receber tratamento, deveriam existir mais 111 clínicas ou hospitais credenciados para atender casos de câncer. "O levantamento evidencia déficit de 44 unidades de cirurgia oncológica, 39 de quimioterapia e 135 unidades de radioterapia", enumera o ministro relator da auditoria, José Jorge. O Rio é um dos estados que enfrenta maior carência de equipamentos para radioterapia — tratamento ao qual o ex-presidente Lula irá se submeter ano que vem.

A auditoria também mostrou que o tempo que o paciente aguarda pelo tratamento após receber o diagnóstico de câncer também está muito aquém do esperado: em média, 77 dias de espera pela quimioterapia, quando o ideal é um mês. Já o tempo médio de espera calculado entre a data do diagnóstico e o início do tratamento de radioterapias é de 114.
"Espera-se a adoção de medidas que possam contribuir para a garantia do acesso universal à assistência oncológica, viabilizando a melhoria das condições de tratamento e o aumento de pacientes curados", conclui o relator.
Profissionais criticam demora na assistência a doentes

Pesquisa feita pelo TCU com médicos oncologistas também evidenciou problemas. Para 88,1% dos pesquisados, a demora na realização de exames e de outros procedimentos para diagnóstico dificulta a assistência oncológica e o acesso ao tratamento — de acordo com o relatório, esse foi o problema mais mencionado pelos profissionais.

Para 77,5% dos médicos participantes, outro fator que dificulta é a demora no acesso dos pacientes ao início dos tratamentos. O tempo de espera para a realização de procedimentos cirúrgicos também foi classificado como demorado ou excessivamente demorado por 86,8% dos oncologistas que responderam à pesquisa. Mais de 74% avaliaram da mesma forma o tempo de espera para radioterapia. O Ministério da Saúde não quis comentar.
e idiossincrasias.



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