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Investigações conduzidas pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia – a partir de indícios levantados pelo Ministério Público Estadual – sobre a atuação em Camacan de uma organização criminosa, acabou por prender 18 pessoas, entre elas o delegado titular do município, Jackson Silva, e o major PM José Silvério de Almeida Neto, além das prisões de seis investigadores (um deles já aposentado), duas escrivães, um sargento e dois soldados PMs, além de três empresários da região.
As acusações são de peculato, extorsão, tráfico de drogas, homicídios e receptação de carga roubada entre outros delitos atribuídos à quadrilha.
A operação foi comandada pelos delegados Bernardino Brito Filho e Jackson Carvalho, da Corregedoria da Policia Civil, e participaram da operação cerca de 100 policiais civis, dentre eles investigadores da Coordenação de Operações Especiais (COE), e 31 policiais militares, sendo 15 do Batalhão de Choque, nove do Comando de Missões Especiais e sete da Corregedoria.
Além do delegado Jackson Silva e do major PM José Silvério, foram presos em Camacan os investigadores Carlos Jorge Silva Góes, Clévison José Alves Rocha, Laílson Monteiro Lobo, Paulo César de Oliveira, Thales Santos Carvalho e João Oliveira Larcher (aposentado), as escrivães Carla Cristina Brito Félix e Tatiane Ribeiro Tanajura.
Também estão presos o sargento PM Lauro Antônio Oliveira Ferraz, os soldados Lúcio Lima Viana e Matheus Ferraz Costa e os empresários Edvan Ribeiro Santana e José Ivan Ribeiro Santana, que são irmãos, e José Siqueira Silva.
A operação resultou ainda em sete prisões em flagrante, duas por peculato (apropriação ou desvio de bem público ou sob responsabilidade do poder público) e cinco por porte ilegal de arma.
Foram apreendidos dez revólveres, quatro rifles, uma carabina, uma pistola, mais de 200 munições de calibres variados e cinco carros e motocicletas com evidentes sinais de adulteração.
Os servidores das polícias Civil e Militar integrantes do esquema criminoso serão encaminhados para as respectivas corregedorias, em Salvador. Já os empresários ficarão à disposição da Justiça no Presídio Regional de Ilhéus.
Disso tudo, se depreende que a corrupção é um câncer encravado em nossas instituições, no caso na própria polícia que tem por ofício combatê-la, mas que ainda resta esperança de que a doença seja mantida sob controle, uma vez que aconteceram essas prisões.
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