domingo, 4 de julho de 2010

Para evitar tumulto, jogadores não passam por saguão de aeroporto

Por sugestão da Infraero, atletas que desembarcaram em São Paulo saíram por portão lateral e evitaram 200 torcedores

Marcel Rizzo, iG São Paulo
04/07/2010 06:37

Por orientação da Infraero, os jogadores da seleção brasileira que desembarcaram em São Paulo na manhã deste domingo não passaram pelo saguão do aeroporto de Cumbica e frustraram cerca de 200 pessoas que aguardavam no desembarque do terminal 1.

Pelo menos 11 jogadores, mais o técnico Dunga, estavam no vôo que deixou o Rio de Janeiro e foi até São Paulo. Por causa da neblina, o avião fretado demorou a decolar a capital fluminense. Cumbica só reabriu para pouso e decolagens por volta das 4h15, quando o avião deixou o Rio.

A chegada em São Paulo foi por volta das 5h10, quando curiosos que esperavam parentes ou desembarcaram se juntaram a cerca de 50 torcedores que foram especialmente para ver os jogadores da seleção.

Foto: Marcel Rizzo, iG São Paulo

Torcedores e jornalistas esperavam os jogadores das seleção, mas levaram drible no aeroporto

Somente Andrés Sanchez, chefe de delegação, e Luiz Rosan, fisioterapeuta, passaram pelo saguão. Os jogadores ficaram com medo da reação da torcida, que a princípio estava ali para apoiar com bandeiras e cornetas.

“Os jogadores estão tristes. Estávamos lá para sermos campeões. É um momento que eles precisam ter de tranqüilidade”, disse Sanchez.

A negociação com a segurança Infraero, estatal que administra os aeroportos brasileiros, e os representantes da CBF sobre por qual portão os jogadores sairiam demorou quase uma hora. A decisão foi que eles deixassem o aeroporto pelo portão 3, próximo ao prédio da Receita Federal, no qual imprensa e torcedores não têm acesso, para evitar tumulto. Um ônibus foi disponibilizado pela CBF para levá-los até São Paulo (o aeroporto fica em Guarulhos, município vizinho à capital paulista).

Dunga ficou no aeroporto porque teria conexão até Porto Alegre, assim como o capitão Lúcio, que seguiria para Brasília, e Grafite, que iria para Recife. Passaram pelo portão 3 Robinho, Elano, Josué, Júlio Baptista, Doni, Maicon, Daniel Alves, Josué e Luisão. O preparador físico Paulo Paixão estaria no mesmo voo que Dunga para Porto Alegre.

Na fila da alfândega, muitos torcedores tiraram fotos com os jogadores e com o técnico Dunga. Segundo jornalistas que estavam no avião, os jogadores foram aplaudidos e não houve constrangimento.

"Mas eles podiam ter passado pela gente, que estávamos aqui para apoiar. Não precisava ter medo", disse Pedro Ferreira, 24 anos, que saiu de uma festa em Guarulhos para tentar ver os jogadores do Brasil.

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