segunda-feira, 26 de maio de 2008

Daniel Santos, um grande Linotypista




Um homem vivido na área de jornal sabedor de todos os seus segredos no que diz respeito à gráfica, Daniel José dos Santos, é um dos grandes nomes da história do jornalismo regional grapiúna. Exerceu antes as profissões de mecânica de automóvel, sapataria e pintura. Nasceu em 30 de outubro, de 1942, na localidade de Lava Pés, hoje bairro Santo Antonio, Itabuna. O seu nascimento, na época, foi realizado por Dona Otaciana Pinto que era uma grande parteira na cidade. No jornalismo, Daniel Santos teve como primeiro emprego o jornal “O Intransigente” na função de auxiliar de oficina. O jornal tinha como diretor, Joel Nery; Redator, Hélio Brasileiro de Menezes, pai do conhecido Ray da Mach Som. Em 1958, ao lado de Adailton Prado Machado, iniciou sua profissão como linotipista (profissional que operava texto jornalístico na máquina denominada Lynotypo). Do jornal “O Intransigente” (já extinto por muitos anos), Daniel, a convite do jornalista Otoni Silva, foi trabalhar pela primeira vez no recém criado Diário de Itabuna, nos anos 60; um jornal que surgiu para ser modelo e escola em Itabuna e região, chegando a ter uma tiragem de 5 mil exemplares; um empreendimento do empresário José Oduque Teixeira. Do Diário de Itabuna, onde trabalhou por três vezes alternadas, nos intervalos foi prestar seus serviços em jornais de Salvador (Jornal da Bahia); Vitória da Conquista (Folha do Café) e São Paulo em um dos jornais da cidade de Jundiaí. Não esquecendo suas origens, retorna a região e foi trabalhar no Diário da Tarde e Jornal da Manhã, ambos da cidade de Ilhéus. Em Itabuna além do Diário de Itabuna, Daniel Santos, prestou seus serviços também nos jornais: Tribuna do Cacau, do grupo Kaufmann, Bahiasul, de Dinei Oliveira, João Francisco Araújo e Marcos Habib. Jornal, esse, que tinha como editor o companheiro, jornalista Eduardo Anunciação. Prestou seus serviços ainda no jornal da “Região Cacaueira”, do advogado Vicente Mangabeira Costa. Nos anos 90, retorna ao Diário de Itabuna, onde consegue com muito sacrifício, devido à desorganização contábil da empresa, a sua aposentadoria, de uma vida de luta, uma luta árdua e cheia de contratempo, além da sua ética profissional. O cidadão, de Lava Pés, Daniel Santos, hoje com muita dignidade, reside na avenida Itajuipe, nesta cidade, ao lado de sua esposa D. Rita Tavares, que prestou por muito tempo serviços a 7ª Dires, nesta cidade, e seus filhos: Diógenes, Magnobaldo e Diovanio Tavares, curtindo as peripécias de seus netos. Como não poderia deixar de ser retornando ao tempo de crianças, Daniel lembra das grandes casas de projeções de cinemas, Catalunha, Itabuna, Marabá, Plaza e Oáses; Da velha desportiva; Da grande feira-livre, que ficava localizada frente ao jornal Diário de Itabuna quando degustando em suas barracas as deliciosas feijoadas, além da “Maria Fumaça” que fazia a linha Itabuna/Ilhéus, vice/versa, quando muitas vezes conseguia enganar o maquinista e pegar uma “ponga!”. Vale lembrar que Daniel Santos joga futebol, ao lado do craque Deri, que deu muitas alegrias a torcida itabunense, até os dias de hoje. Não esqueceu também das brincadeiras de Roberto Pedreira, que era chefe da oficina do Diário de Itabuna, que entre uma “Bruna” e outra, gostava em forma de protesto de sacudir pernas e os braços ao mesmo tempo, e dizia: “Não tem sapato que dê no pé de seu Gaspar e nem butina no pé de Seu Tentina!”, isso quando discordava de alguma coisa errada realizada por algum funcionário. Na realidade “Robertâo” apesar de ser um chefe durão, carrancudo também era um “meninão”. No Diário de Itabuna, Daniel teve como patrões, Otoni Silva, José Pinheiro, Nilson Andrade e Waldeny Andrade. Como colegas de trabalho, ao nosso lado, Vanderlei Machado (Chinaglia Material de Construção); Edvaldo Paiva (Itabuna, hoje pintor); Manoel Mercês (Santo Antonio de Jesus); Adailton Prado (dono de gráfica); Edvaldo Rosário (Jornal de Jequié), Edizio Santos (Diário do Sul) Plínio de Almeida (falecido, 26.09.76); Maria de Lourdes Amaral (hoje proprietária de Escola infantil); Maria das Graças (ex-vereadora em Buerarema), Roque Santos (empresário em Belém do Pará); Jailton Reis (Ceplac); Edvaldo Oliveira, (UESC); Ricardino Batista (falecido em 2006); Vily Modesto (Radio Jornal de Itabuna, há 37 anos); Eugenio Ramos (Ponta Porã); Celso Rocha (Falecido); Ederivaldo Benedito (Ong Acarí/Ceplac); Everaldo Benedito (assessor de imprensa Ilhéus e Itapé) Valdenor Ferreira (Proprietário do jornal Diário do Sul); Kleber Torres (Jornal Agora e assessor da Municipal de Itabuna); Juarez Vicente (editor do jornal Correio dos Municípios); William Pedreira (Bancário/Itabuna); Raimundo Galvão (Falecido em março/93) Telmo Padilha (Falecido 16 Julho/97); Adilson Silva (Residente em Salvador); Diogo Flavio (CDL-Itabuna); Adilson Cezimbra, Pedro Ivo Bacelar e Serafim Reis (falecidos). Uma observação Serafim Reis deixou um livro no prélo “Aristocracia do Cacau” mas infelizmente o livro não foi publicado, até os dias de hoje, além de muitos outros nomes, que se eternizaram,na memória de Daniel Santos e da nossa esquecida historio.

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