segunda-feira, 15 de março de 2021

Bahia lança programa inédito para que universidades revalidem diplomas de médicos formados no exterior

As universidades estaduais da Bahia (Uneb, Uefs, Uesc e Uesb) e os municípios irão receber apoio do Governo do Estado, mediante o Programa de Apoio às Universidades Públicas do Estado da Bahia, para a revalidação de diplomas de graduação em Medicina expedidos por instituições estrangeiras de Educação Superior. O decreto que institui o programa foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) de sábado (13), assinado pelo governador Rui Costa e pelos secretários da Educação, Jerônimo Rodrigues; da Saúde, Fábio Vilas-Boas; e da Casa Civil, Carlos Melo.

Jerônimo Rodrigues ressaltou a importância da revalidação. “Destaco a competência acadêmica, a autonomia das nossas universidades e a qualidade dos cursos de medicina já reconhecidos. Este programa é inovador, evidencia o compromisso social e humanitário das universidades e amplia os esforços do Governo do Estado em conter a pandemia do novo Coronavírus. Ter novas equipes de Saúde, com certeza, vai proporcionar uma maior efetividade nas ações de combate à Covid-19. Já estamos também em diálogo com as demais Instituições de Ensino Superior da Bahia para que possam criar seus programas de revalidação dos diplomas médicos, pois temos todo interesse na participação destas instituições”, afirmou.

A iniciativa do Estado tem como objetivo aumentar a oferta de médicos para atender à demanda muito acima da média provocada pela Covid-19. A pandemia levou a Bahia a declarar estado de calamidade pública em todo o território baiano, por meio dos decretos 19.626, de 9 de abril de 2020, e 20.048, de 7 de outubro de 2020, e situação de emergência ratificada no decreto nº 19.586, de 27 de março de 2020.

O novo decreto institui que é facultativa a adesão das universidades públicas, que precisam estar regularmente credenciadas, criadas e mantidas pelo Poder Público e que tenham curso de Medicina regularmente reconhecido. Os municípios também poderão aderir ao programa para integrar a realização de atividade de avaliação processual e prática profissional, sob supervisão médica, na Rede Municipal de Saúde.

Celeridade e ineditismo

Para o presidente do Fórum de Reitores das Universidades Estaduais e reitor da Uesc, Alessandro Fernandes, o programa “vai dar celeridade ao processo de revalidação sem perder a qualidade de excelência dos nossos cursos. Com isso, nós vamos ampliar o número de vagas para a revalidação, com o diferencial que as universidades irão aplicar in loco”, afirmou. Além de destacar a importância do investimento para a luta contra a Covid 19, Fernandes também ressalta que, após a pandemia, as universidades que aderirem ao programa continuarão credenciadas para aplicar o exame. “Isso será fundamental para a Saúde baiana ao longo do tempo”.

A médica Jocimara Novais, 36 anos, de Itaberaba, formou-se em medicina em 2018, na Universidad Privada Del Pacífico, no Paraguai. Ela já foi aprovada na primeira etapa do Revalida Nacional, mas as etapas são realizadas por meio de editais diferentes. “A última prova da segunda etapa foi realizada em 2017 e não há previsão para novo edital”. Ela diz que a Bahia inova no formato do Revalida. “A proposta do Estado é o que todo médico do exterior sempre desejou”.

O reitor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Fábio Josué, também falou sobre a decisão do Governo da Bahia. “É uma iniciativa importante para ampliar o número de médicos em nosso estado, sobretudo quando consideramos o momento de crise provocado pela pandemia, que tem exigido uma ampliação do contingente de profissionais de Saúde no atendimento à população”.

Operacionalização e recurso

Os procedimentos internos de revalidação deverão contar com programa de adaptação formativa que permita a integração teórico-prática e possibilite a verificação e o desenvolvimento de competências, conhecimentos, habilidades e atitudes requeridas para o exercício profissional. A referência são as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), em nível equivalente ao exigido nas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Medicina no Brasil, compreendida a realização de avaliação teórica e prática. A proposta do programa de revalidação interinstitucional já foi aprovada pelos Conselhos Superiores das Universidades Estaduais.

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), por meio da Superintendência de Recursos Humanos e da Escola de Saúde Pública da Bahia Professor Jorge Novis, apoiará as universidades públicas do Estado que aderirem ao programa de que trata o decreto. As despesas necessárias à implantação do programa instituído pelo decreto serão feitas por recursos próprios da Secretaria de Educação e da Sesab.

Rui Costa e russos celebram compra de 9,7 milhões de doses da Sputnik V




O Governo da Bahia e o Fundo Soberano Russo celebraram o contrato para a compra de 9,7 milhões de doses da vacina Sputnik V. O ato ocorreu na tarde desta segunda-feira (15), por meio de reunião virtual, entre o governador Rui Costa, o CEO do Fundo Soberano, Kirill Allexandrovich Dmitriev, e o presidente do Consórcio Nordeste e governador do Piauí, Wellington Dias. O primeiro lote com doses do imunizante chegará à Bahia no mês de abril.

Na reunião, o governador Rui Costa agradeceu o apoio para viabilizar a chegada das vacinas de forma célere. “Foram seis meses de muito trabalho, com ação na Suprema Corte brasileira para viabilizar essa compra tão importante da Sputnik V e finalmente tudo deu certo. Estamos passando por uma crise muito profunda do sistema de saúde neste pior momento da pandemia. As vacinas nos ajudarão a passar por este momento tão difícil. O povo baiano e nordestino agradece muito essa ajuda e esperamos que, a partir dessa parceria, possamos concretizar outras parcerias com a Rússia e o laboratório”.

O CEO do Fundo Soberano Russo também agradeceu a parceria com o Governo da Bahia. “Esta parceria é muito importante para o nosso país, nesse contexto de acordos para a produção de vacinas contra o coronavírus. Nossa parceria começou no primeiro dia em que assinamos o protocolo de intenções e estamos à disposição executar a aquisição das vacinas da melhor forma possível. Lembramos que a Sputnik V já foi vendida para 51 países”, afirmou Kirill Allexandrovich Dmitriev.
Secom  
Fotos: Mateus Pereira/GOVBA

ITABUNA EM FOCO: Prefeito Augusto Castro vistoria montagem do Hospital de Campanha


O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), vistoriou nesta segunda-feira, dia 15, as obras de montagem das estruturas do Hospital de Campanha, em terreno anexo ao Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, no Loteamento Nossa Senhora das Graças. A unidade vai receber pacientes com suspeita ou confirmação do novo coronavírus.

A previsão é que o Hospital de Campanha comece a funcionar até final deste mês contando 20 leitos clínicos e 15 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), desafogando a UPA 24 Horas do Bairro Monte Cristo e os hospitais.

vistoria foi acompanhada pela secretária municipal de Saúde, Lívia Mendes Aguiar, do diretor administrativo da Fundação de Atenção à Saúde de Itabuna (Fasi), Ronaldo Abude, e médicos.

Desde o início do mês quatro Unidades de Referência para Pacientes com Síndromes Respiratórias Agudas para atender pacientes sintomáticos ou assintomáticos da Covid-19 de segunda a sexta-feira, 16 às 22 horas.

Estão aptos ao atendimento o Centro de Saúde José Maria de Magalhães Neto (antigo Sesp), no centro, nas Unidades Básicas de Saúde José Edites, no Bairro São Caetano, e Möise Hage, no Lomanto Júnior, além da Unidade de Saúde da Família Renan Moreira, no Parque Boa Vista.

Vacinar idosos com 78 anos acima na quarta-feira

Antigo SESP

A Prefeitura de Itabuna, por meio da Rede de Frio, da Secretaria Municipal de Saúde, vai imunizar nesta quarta-feira, dia 17, idosos com 78 ou mais com a primeira dose da vacina contra a Covid-19. O atendimento descentralizado será das 8 às 15 horas nas Unidades Básicas de Saúde.

Nesse mesmo dia será aplicada a segunda dose do imunizante nos trabalhadores de saúde e idosos com 80 anos ou mais. Para este atendimento que ocorrerá exclusivamente na Rede de Frio, no Centro de Saúde José Maria de Magalhães Neto (antigo Sesp), será das 9 às 14 horas.

A recomendação da Secretaria Municipal de Saúde é que ao comparecer às unidades de saúde as pessoas dessa faixa etária, familiares ou cuidadores apresentem carteira de identidade (RG), Cartão SUS, CPF e comprovante de residência.

Zoonoses imuniza animais contra raiva 

A Divisão de Controle de Zoonoses (DCZ) da Secretaria Municipal de Saúde realizou na sexta-feira ´passada, dia 12, a imunização de animais domésticos contra a raiva canina. Ao todo, foram vacinados 72 animais (45 cães e 27 gatos). A vacinação que é gratuita aconteceu na Praça Antoninho Queiroz, no Bairro de Fátima, em Itabuna, e continuará hoje e amanha no mesmo bairro.

Já nos dias 17, 18 e 19 a ação será na Praça da Piedade, no Califórnia, das 9 ao meio-dia e das 14 às 17 horas, conforme anunciou a coordenadora da DCZ, Ellen Gleicer Lima Santos. Podem receber a dose do imunizante animais a partir de três meses de idade.

Ellen diz que esta é uma das atividades rotineiras da Divisão de Controle de Zoonoses. Segundo ela, cerca de 140 cães e gatos já receberam dose de vacina entre os meses de janeiro e fevereiro e garante que a ação continuará na cidade, seguindo o cronograma de trabalho.

Nossa proposta é continuar a levar esta e outras ações para mais perto da comunidade com o intuito de garantir a saúde animal e da população em geral”, disse. Sobre a raiva canina, ela lembra que é uma doença grave, transmitida do animal para o humano, podendo levar à morte. “Por isso os cuidados devem ser redobrados no combate e prevenção desta doença”.

A vacina antirrábica ainda é a única forma de prevenir a enfermidade e manter os pets saudáveis”, reforça, destacando que o município oferece o imunizante gratuitamente o ano inteiro. __

Boletim Covid-19 – 15.03.2021


A Divisão de Vigilância Epidemiológica, do Departamento de Vigilância à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde restabeleceu a rede de acesso ao sistema, onde são contabilizados os números da Covid 19.

A partir desta segunda-feira,15, os dados da doença são atualizados, com os números de sábado e domingo.

Na sexta-feira passada, dia 12, em decorrência de problemas técnicos, o boletim não foi divulgado. Mas, após contato com a empresa responsável, a mesma fez os reparos necessários para a regularização do serviço.

Nesta segunda-feira, dia 15, a Divisão de Vigilância Epidemiológica, do Departamento Municipal de Vigilância à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, divulgou novos indicadores sobre a Covid-19 em boletim. Itabuna registra 23.986 casos de pacientes curados, 24.946 casos confirmados, sendo 512 casos ativos; 28 internados em UTI, 30 em leitos clínicos e 448 óbitos. Os óbitos inseridos a cada boletim correspondem aqueles que ocorreram em dias anteriores e estavam sob investigação, não tendo, necessariamente, ocorrido nas últimas 24 h. A recomendação é: Seja consciente, proteja sua família, fique em casa. Evite aglomerações. Use máscara.


Ascom/Prefeitura de Itabuna
Pela cidade, por você
15.03.2021

Audiência compara finanças de Itabuna antes e durante pandemia

As receitas e despesas de 2020 em Itabuna, bem como um comparativo com o ano anterior, foram apreciadas em audiência da Comissão de Finanças, presidida pelo vereador Cosme Oliveira Rosa (PMN). Na manhã de segunda-feira (15), o consultor contábil Carlos Alberto Ferreira informou que o município arrecadou naquele período o valor de R$ 605.764.992,56 (92,84% do previsto na Lei Orçamentária Anual - LOA).

 Pelo aplicativo zoom, o consultor mostrou tabelas da análise contábil. Na Câmara, o citado edil; a vice-presidente da Comissão, Wilmaci de Oliveira (PCdoB); relatores Sivaldo Reis (PL), Ronaldo Geraldo (PL), José Devaldo (Nem Bahia)/PP e Adão Lima (PSB), mais os colegas Israel Cardoso (PTC), Luiz Júnior (Democracia Cristã) e Wanderson Leone (PDT).

 Do montante, as receitas correntes representaram 89,76% e as “de capital” (associadas a movimentações voluntárias), 2,85%. Quanto às transferências correntes, aumento de 3,60%. “É importante ressaltar que essas transferências tiveram aumento principalmente pelos repasses federais necessariamente para a saúde; foi o que deu um fôlego nas finanças municipais”, explicou o consultor.

 Especificamente sobre impostos e taxas (valores ligados à arrecadação própria do município), foram R$ 71.921.284,37 (queda de 4,87%, comparando-se com 2019). Sobre receitas patrimoniais, queda de 23,54% nos dois anos; as de serviços, redução de 28,10%. “No ‘frigir dos ovos’, tivemos aumento só de 2,94%, considerando todas as categorias de receita que colo

Despesas e índices

As despesas no período foram estimadas em R$ 652.466.100,00, dos quais 586.988.500,00 para as correntes e R$ 61.877.600,00 para as de capital. Para a chamada reserva de contingência, ficaram R$ 3.600.000,00. Mas a execução efetiva foi de R$ 640.657.113,08 – ou seja, 98,19% da previsão de despesa para o exercício anual.

 O custo com pessoal representou R$ 321.014.591,33, enquanto as outras despesas correntes somaram R$ 289.775.065,84. Aos investimentos, destinados R$ 28.426.660,80; para amortização de dívidas, sobraram R$ 1.440.795,11. “Vale ressaltar que as despesas com pessoal representaram 50,11% do total de 640 milhões de reais”, grifou o consultor.

 Em relação ao índice constitucional que determina aplicação mínima de 25% na Educação, Carlos Alberto detalhou que Itabuna fechou dezembro aplicando 25,27% (dos quais 82,03% com profissionais do magistério. A Fundeb prevê o mínimo de 60% na remuneração da categoria). Já na Saúde, computou ele, onde o limite prudencial é de 15%, foram investidos 15,72%.

 A título de comparação entre receita e despesa, portanto, foi mostrado déficit orçamentário de R$ 34.892.120,52. “Fizemos uma avaliação do primeiro, segundo e terceiro quadrimestres: no primeiro foram dispendidos R$ 277,058 milhões (52,09%) da receita corrente líquida; no segundo, R$ 289,710 milhões (pulou para 52,31%) e no terceiro, 282,784 milhões (52,05% no final do exercício de 2020)”, calculou, ressalvando que o balanço do exercício anterior será fechado em março e, por isso, alterações podem ocorrer até o próximo quadrimestre.

 Cenário de queda

Sobre perdas substanciais na receita, Carlos Alberto mencionou a queda superior a R$ 5 milhões no FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e cerca de R$ 8 milhões no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Números para evidenciar a extensão da queda de arrecadação de 2019 para 2020, em função da pandemia. “Tivemos queda também na arrecadação tributária e, com a queda do PIB [Produto Interno Bruto], os municípios sofrem bastante”, ressaltou.

Cabe reiterar que a cada quatro meses o Executivo deve prestar contas à Casa Legislativa sobre a movimentação financeira decorrente dos recursos advindos do governo federal, além daqueles obtidos com tributos municipais. Afinal, compete aos vereadores avaliar o cumprimento das metas fiscais estabelecidas na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Ação amparada pelo artigo 9º da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). ascom

Pesquisa nacional: maioria dos brasileiros é contra candidatura de Lula

 50,4% acham que o petista não deve ser candidato outra vez, contra a opinião de 44,9%



Do - Diário do Poder - Levantamento nacional realizado pelo Paraná Pesquisas mostra que mais da metade dos brasileiros acha que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – que responde a sete processos pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro etc – não deveria se candidatar à sucessão do presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com a pesquisa, 50,4% acham que o petista não deve ser candidato outra vez a presidente, contra a opinião de 44,9% dos entrevista, que não veem problema em eventual postulação nesse sentido. Os restante 4,7% dos entrevistados ficaram em cima do muro, não opinando ou afirmando não saber.

São os brasileiros com escolaridade de nível superior aqueles que em maior número afirmam que o ex-presidiário não deve se candidatar a presidente: 59,2%.

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Jovens de 16 aos 24 anos (49,5%) e dos 25 aos 34% (48,3%) são os mais receptivos à possibilidade de o líder petista ser candidato, mas as demais faixas etárias são majoritariamente resistentes a essa ideia.

À excepção previsível do Nordeste, a maioria dos entrevistados nas demais regiões se opõem a eventual candidatura do ex-presidente que cumpriu pena de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, referente a um primeiro processo em que foi julgado e condenado.

O Paraná Pesquisas entrevistou 2002 pessoas em 192 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal, entre os dias 8 e 10 deste mês.

Veja os números da pesquisa:

Expressaounica: 
No Brasil, conforme a pesquisa, ainda tem muita gente que apoia ladrão. Vamos mudar! Corrupto, não!

Morre o espirita João Batista de Jesus Neto em Itabuna

Neste momento em outro plano, não foi covid.

O Instituto Cultura Espirita de Itabuna-ICEI, perdeu um dos seus fundadores e Conselheiro, pois morreu na manhã deste domingo 14, aos 80 anos,  João Batista de Jesus Neto, uma das maiores lideranças da  doutrina espirita em todo o sul da Bahia e do Estado.

João Batista que também era relojoeiro,  já vinha enfrentando dificuldade de saúde há alguns dias. O seu corpo após ser velado, foi sepultado, na manhã deste dia 15, no Cemitério do Campo Santo em Itabuna. A legião espirita, in-memorem, lhe proporcionou uma homenagem, ainda, ontem via redes sociais, o que contou com a participação de diversas lideranças e autoridades do espiritismo do pais, além de inúmeros amigos e adeptos, que deram o último adeus.   

Quem foi João Batista de Jesus Neto

Livraria espirita

Nasceu em Coaraci, BA em 20 de maio de 1940. Desde menino, ajudou sua mãezinha na manutenção da casa e nos cuidados com seus irmãos mais novos. Exímio pescador de pitú, muitas vezes nos falou das armações que fazia para pegá-los e reforçar o almoço da família. Foi coroinha da igreja e ao limpar os livros espíritas do seu mestre relojoeiro, fazia o sinal da cruz em obediência aos conselhos do pároco da igreja. Não imaginava ele então, que mais tarde seria o paladino da divulgação do livro espírita na região sudeste e sul da Bahia, organizando feiras itinerantes de livros espíritas em várias cidades da região. Enchia seu carrinho de livros e enquanto consertava relógios, ia difundindo o livro espírita. Quantos finais de semana memoráveis participamos destes pequenos eventos de domingo nas cidades vizinhas, de onde as vezes recebíamos muxoxos de irmãos de outros cultos cristãos! O gigante jamais esmoreceu!

Muito jovem veio para Itabuna trabalhar, indo e retornando com sua bicicleta para Coaraci. Depois, estabeleceu-se em Itabuna, em casa de um tio seu. Sempre ajudando a seus pais e irmãos mais novos. Em 28 de dezembro de 1963, contraiu matrimônio com D. Alaíde e tiveram deste feliz consórcio 5 filhos: Alaylson, Ninfa, Adriana, Cássio Lucas e Emanoel (Noca), além de Luís e Ana, filhos do coração que ambos criaram com muito amor e dedicação. Tiveram seis netos e três bisnetos. Pode-se dizer que foi um casamento de intensa dedicação um aos outro. Joãozinho e Alaíde eram um só.

Excelente relojoeiro fez fama em Itabuna e sua relojoaria, hoje capitaneada por seus irmãos Geraldo e José, é até hoje muito frequentada pela fama de honestidade dos trabalhos realizados. Sr. João era o mago dos relógios de corda. Não havia relógio antigo que ele não desse jeito para funcionar. Até o relógio de parede de Cairbar Schutel, que estava sem funcionar há mais de 30 anos, ele consertou!

Tornou-se espírita devido a um problema de obsessão que o prostrou por vários anos, mas encontrou D. Ninfa, uma bondosa senhora que era médium, e através dela e de seus esforços pessoais para a mudança radical da forma de vida, libertou-se da obsessão, dedicando o restante de sua vida à mediunidade com Jesus. Maria Martins, nossa abnegada irmã, trabalhadora de Jesus, que militou no Centro Espírita dos Humildes, dirigindo os trabalhos mediúnicos da casa, hoje já na pátria verdadeira, o chamava de “meu cravo” e lembrava a ele carinhosamente as palavras de Jesus à Pedro: “apascenta as minhas ovelhas!” Este legado ele cumpriu à risca, não só com as ovelhas do rebanho dos Humildes, mas com todas as ovelhas que Jesus lhe confiou de rebanhos diversos da nossa cidade e de toda a região de abrangência do hoje, CR11, com raízes também no extremo sul da Bahia.

Com muita disposição e garra, construiu a sede do Centro Espírita dos Humildes com a colaboração de outros companheiros, porém graças ao seu dinamismo e certeza na espiritualidade maior. Da mesma forma construiu o Instituto de Cultura Espírita de Itabuna, canalizando seus próprios recursos e nos envolvendo nas campanhas para arrecadação de fundos para erguer a sede do Instituto e tornar funcional o auditório do ICEI para que as Semanas Espíritas ali tivessem lugar. Lembramos com imenso carinho das inúmeras campanhas realizadas e que, quando esmorecíamos, o gigante magrinho, levantava o ânimo de todos.

Foi por várias vezes presidente do Centro Espírita dos Humildes e também o principal construtor da Escola Espírita Emmanuel, o centro avançado de trabalho do CEH. Foi presidente, também por diversos mandatos do ICEI e da Aliança Municipal Espírita 11.

Foi um dos mentores da Semana Espírita de Itabuna, participando das 50 edições já realizadas deste memorável evento para a nossa região e grande incentivador da criação de Semanas e jornadas Espíritas em diversos municípios da região de atuação do CR11.

Além disso, João Batista, o nosso amado Sr. Joãozinho, foi pai, irmão, amigo devotado e querido de todos os que tiveram a honra de privar do seu convívio. É o exemplo mais próximo do Homem de Bem do Evangelho, que tivemos junto a nós. É imensa a gratidão a ele que externamos com todo o carinho e o amor que transborda de nossas almas!

Hoje há mais uma estrela brilhando no céu do nosso Brasil! Haverá de iluminar ainda muitos e muitos caminhos das ovelhinhas de Jesus!  

Instituto Cultural Espirita de Itabuna-ICEI 

Com João Batista de Jesus Neto, o início de tudo aconteceu em 1970, com a liderança do servidor público municipal,  Edgar Moreira Primo, foi fundada em Itabuna a ALIANÇA MUNICIPALISTA ESPÍRITA DO SUL DA BAHIA.

Proferindo Palestra, o que ele mais gostava
Em 1971 foi realizada a 1ª Semana Kardecista de Itabuna. Pelos idos do ano 1974, após a transformação da União Espírita Bahiana, em Federação Espírita do Estado da Bahia, que por sua vez se subdividia em regionais, cabendo a Itabuna a Aliança Regional Espírita 11 – ARE 11. A União Municipalista Espírita do Sul da Bahia teve que ser reformar o seu estatuto e passou a se chamar Instituto de Cultura Espírita de Itabuna – ICEI, sendo a presidência exercida pelo presidente da ARE 11


No dia 27 de dezembro de 1976 desmembrou-se o ICEI da ARE -11 atual CR-11.
Hoje, o ICEI é responsável pela divulgação do Livro Espírita em Itabuna e Região, por promover as Semanas Espíritas e outros eventos, e em apoiar o CR-11 e os centros Espíritas na divulgação da Doutrina Espírita.


Primeira diretoria do ICEI
Presidente: Edgar Moreira Primo
Vice-presidente: João Batista de Jesus Neto
1º Secretário: Levi Alves de Queiroz
2º Secretário: Raimundo Gomes Pereira
1º Tesoureiro: Humberto Pedreira Alves
2º Tesoureiro: Edgar Ribeiro dos Santos

Na oportunidade este blog, solidariza, com o mais profundo pesar, dirigido a todos os seus familiares e amigos.  e, especialmente, agradece a amiga Ana Lopes, por nos ter ajudado  para apresentarmos, essa parte de sua biografia, tão importante para perpetuar  a nossa história, pois uma cidade sem memória, é uma cidade sem cultura e  morta. Luz, amigo, João Batista de Jesus Neto.

www.icei.org.br

domingo, 14 de março de 2021

VIVA O DIA DA POESIA!

Entre o amor, ódio e dor, a poesia sempre estar e estará presente plantando uma flor. E neste dia 14,  para homenagear seu dia, utilizamos a publicação de nossa amiga Carolina Marcello, focalizando o grande poeta, Carlos Drummond de Andrade, os seus 15 melhores poemas, Com isso, aproveitamos a oportunidade para saudar todos os demais poetas do Brasil e do mundo. "que o mundo seja direcionado no caminho da fraternidade e do amor".  Poesia: "A mãe de todas as artes!".  

Poesia

Por mais que o mundo

seja banal, mau, mal

Amarelo, calmo com gosto de mel

selvagem como o gosto de fel

a poesia sempre estará presente 

ditando as normas, alegres e dolosas 

como uma rainha no todo e no vazio

É só você olhar para infinito 

ver e sentir seu grito!

Se não quiser enxergar o escrito...


Joselito dos Reis

14.03.2021


VIVA 14 DE MARÇO; DIA DA POESIA! 

25 poemas de Carlos Drummond de Andrade


Carolina Marcello
Carolina Marcello
 
Mestre em Estudos Literários, Culturais e Interartes

Carlos Drummond de Andrade (31 de outubro de 1902 — 17 de agosto de 1987) é um dos maiores autores da literatura brasileira, sendo considerado o maior poeta nacional do século XX.

Integrada na segunda fase do modernismo brasileiro, sua produção literária reflete algumas características do seu tempo: uso da linguagem corrente, temas do cotidiano, reflexões políticas e sociais.

Através de sua poesia, Drummond foi eternizado, conquistando a atenção e a admiração dos leitores contemporâneos. Seus poemas se centram em questões que se mantêm atuais: a rotina das grandes cidades, a solidão, a memória, a vida em sociedade, as relações humanas.

Entre suas composições mais famosas, se destacam também aquelas que expressam reflexões existenciais profundas, onde o sujeito expõe e questiona seu modo de viver, seu passado e seu propósito. Confira alguns dos poemas mais famosos de Carlos Drummond de Andrade, analisados e comentados.

No Meio do Caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Este é, provavelmente, o poema mais célebre de Drummond, pelo seu carácter singular e temática fora do comum. Publicado em 1928, na Revista da Antropofagia, "No Meio do Caminho" expressa o espírito modernista que pretende aproximar a poesia do cotidiano.

Referindo os obstáculos que surgem vida do sujeito, simbolizados por uma pedra que se cruza no seu caminho, a composição sofreu duras críticas pela sua repetição e redundância.

Contudo, o poema entrou para a história da literatura brasileira, mostrando que a poesia não tem de ficar limitada aos formatos tradicionais e pode versar sobre qualquer tema, até mesmo uma pedra.

Consulte também a análise completa do poema "No meio do caminho tinha uma pedra".

Poema de Sete Faces

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus,
pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

Um dos aspectos que captam imediatamente a atenção do leitor neste poema é o facto do sujeito referir a si mesmo como "Carlos", primeiro nome de Drummond. Assim, existe uma identificação entre o autor e o sujeito da composição, o que lhe confere uma dimensão autobiográfica.

Desde o primeiro verso, ele se apresenta como alguém marcado por "um anjo torto", predestinado a não se enquadrar, a ser diferente, estranho. Nas sete estrofes são demonstradas sete facetas diferentes do sujeito, demonstrando a multiplicidade e até contradição dos seus sentimentos e estados de espírito.

É evidente o seu sentimento de inadequação perante o resto da sociedade e a solidão que o assombra, por trás de uma aparência de força e resiliência (tem "poucos, raros amigos").

Na terceira estrofe, alude à multidão, metaforizada nas "pernas" que circulam pela cidade, evidenciando o seu isolamento e o desespero que o invade.

Citando uma passagem da Bíblia, compara o seu sofrimento com a paixão de Jesus que, durante a sua provação, pergunta ao Pai por quê Ele o abandonou. Assume, assim, o desamparo que sente perante Deus e a sua fragilidade enquanto homem.

Nem mesmo a poesia parece ser uma resposta para essa falta de sentido: "seria uma rima, não seria uma solução". Durante a noite, enquanto bebe e olha a lua, o momento da escrita é aquele onde se sente mais vulnerável e emocionado, fazendo versos como uma forma de desabafar.

Leia também a análise completa do Poema de Sete Faces.

Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili,
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

Com o título "Quadrilha", esta composição parece fazer referência à dança europeia com o mesmo nome que virou tradição nas festas juninas brasileiras. Vestidos com disfarces, os casais dançam em grupo, conduzidos por um narrador que propõe várias brincadeiras.

Usando essa metáfora, o poeta apresenta o amor como uma dança onde os pares se trocam, onde os desejos se desencontram. Nos três primeiros versos, todas as pessoas mencionadas sofrem de amores não correspondidos, menos Lili "que não amava ninguém".

Nos quatro versos finais, descobrimos que todos os romances falharam. Todas as pessoas mencionadas acabaram isoladas ou morreram, apenas Lili casou. O absurdo da situação parece ser uma sátira sobre a dificuldade de encontrar um amor verdadeiro e correspondido. Como se fosse um jogo de sorte, apenas um dos elementos é contemplado com o final feliz.

Confira também a análise completa do poema Quadrilha.

José

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio — e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?

Um dos maiores e mais conhecidos poemas de Drummond, "José" exprime a solidão do individuo na cidade grande, a sua falta de esperança e a sensação de estar perdido na vida. Na composição, o sujeito lírico se interroga repetidamente acerca do rumo que deve tomar, procurando um sentido possível.

José, um nome muito comum na língua portuguesa, pode ser entendido como um sujeito coletivo, simbolizando um povo. Assim, parecemos estar perante a realidade de muitos brasileiros que superam inúmeras privações e batalham, dia após dia, por um futuro melhor.

Na reflexão sobre o seu percurso é evidente o tom disfórico, como se o tempo tivesse deteriorado tudo em seu redor, o que fica nítido em formas verbais como "acabou", "fugiu", "mofou". Listando possíveis soluções ou saídas para a situação atual, percebe que nenhuma delas funcionaria.

Nem mesmo o passado ou a morte surgem como refúgios. Contudo, o sujeito assume a sua própria força e resiliência ("Você é duro, José!"). Sozinho, sem a ajuda de Deus ou o apoio dos homens, continua vivo e segue em frente, mesmo sem saber para onde.

Consulte também a análise completa do poema "José" de Carlos Drummond de Andrade.

Amar

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal,
senão rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e
uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.

Apresentando o ser humano como um ser social, que existe em comunicação com o outro, nesta composição o sujeito defende que o seu destino é amar, estabelecer relações, criar laços.

Descreve as várias dimensões do amor como perecíveis, cíclicas e mutáveis ("amar, desamar, amar"), transmitindo também as ideias de esperança e renovação. Sugere que mesmo perante a morte do sentimento, é preciso acreditar no seu renascimento e não desistir.

Apontado como "ser amoroso", sempre "sozinho" no mundo, o sujeito defende que a salvação, o único propósito do ser humano está na relação com o outro.

Para isso, tem que aprender a amar "o que o mar traz" e "sepulta", ou seja, o que nasce e o que morre. Vais mais além: é preciso amar a natureza, a realidade e os objetos, ter admiração e respeito por tudo o que existe, já que esse é "nosso destino".

Para cumpri-lo é necessário que o indivíduo seja teimoso, "paciente". Deve amar até a falta de amor, por conhecer sua "sede infinita", a capacidade e vontade de amar mais e mais.

Os Ombros Suportam o Mundo

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.

Publicado em 1940, na antologia Sentimento do Mundo, este poema foi escrito no final da década de 1930, durante a Segunda Guerra Mundial. É notória a temática social presente, retratando um mundo injusto e repleto de sofrimento.

O sujeito descreve a dureza da sua vida sem amor, religião, amigos ou sequer emoções ("o coração está seco"). Em tempos tão cruéis, repletos de violência e morte, ele tem que se tornar praticamente insensível para suportar tanto sofrimento. Deste modo, sua preocupação é apenas trabalhar e sobreviver, o que resulta numa solidão inevitável.

Apesar do tom pessimista de toda a composição, surge um laivo de esperança no futuro, simbolizada pela "mão de uma criança". Aproximando as imagens da velhice e do nascimento, faz referência ao ciclo da vida e à sua renovação.

Nos versos finais, como se transmitisse uma lição ou conclusão, afirma que "a vida é uma ordem" e deve ser vivida de forma simples, focada no momento presente.

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Vamos rezar, orar, esse vírus letal não pode contra a vontade de Deus!


Robson, completando um ano.

Sollon, nos deixou ontem.

A vida é um vento que passa... 
é um encanto que não desencanta...
um desaparecimento no infinito...
um grito, uma esperança...
que só Deus sabe o destino!

Com Robson e Sollon
estamos rogando ao nosso Pai Supremo
para que mande essa pandemia ir logo embora. 
E conceda Luz Eterna para 
todos os nossos amigos que precocemente  também se foram com essa doença....   
Pai do Altíssima, tenha misericórdia de todos nós.  
o povo de implora e chora.


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