Quando você sai de um avião e entra no “finger” de quase todos os aeroporto do mundo, normalmente a primeira coisa que vê são frases edificantes sobre as oportunidades do futuro, a sinergia produzida pelos criativos e empreendedores, a necessidade de estar preparado para novos desafios e toda essas frases feitas vindas de manual de autoajuda de administradores de empresas à procura de uma “recolocação”. As frases são uma contribuição desinteressada das campanhas publicitárias do banco HSBC para um mundo melhor.
Bem, enquanto um dos maiores bancos do mundo gastava uma pequena fortuna para criar a imagem de uma corporação preocupada com algo mais do que seus próprios interesses, sua filial suíça ajudava toda a escória do rentismo mundial a burlar impostos, operar fraudes fiscais por meio da abertura de empresas “offshores”, lavar dinheiro de tráfico de armas e drogas e de desvios de verbas públicas feitos por ditadores, déspotas e seus asseclas, além de outras formas singelas de crimes.
Só entre 9 de novembro de 2006 e 31 de março de 2007, 180,6 bilhões de euros circularam por cem clientes de sua filial em Genebra e por 20 empresas offshore.