quarta-feira, 8 de junho de 2011

Que desenvolvimento queremos?

 Artigo
No Nordeste, as referências de desenvolvimento apontam para o Sul,
Sudeste. Somos induzidos a pensar que o desenvolvimento está ligado a
eventos como à chegada de novas empresas que vêm aqui se instalar, a
vinda de capitais de fora que para cá se dirigem atraídos por diversos
fatores (recursos naturais, posição geográfica, oferta de mão de obra
barata, incentivos fiscais, frouxidão na aplicação da legislação
ambiental) ou ainda pela realização de grandes investimentos públicos
em obras ou instalações.
 
Atualmente, o termo desenvolvimento é usado como um sinônimo para
crescimento Mas afinal o que é crescimento? O que é desenvolvimento?
 
Crescimento e desenvolvimento não é a mesma coisa. Crescer significa
“aumentar naturalmente em tamanho pela adição de material através de
assimilação ou acréscimo”. Desenvolver-se significa “expandir ou
realizar os potenciais de; trazer gradualmente a um estado mais
completo, maior ou “melhor”. Quando algo cresce fica maior. Quando
algo se desenvolve torna-se diferente.
 
O objetivo prioritário da economia dominante é o crescimento
econômico, cujo critério de avaliação da medida do crescimento de um
país é o PIB (Produto Interno Bruto). Quanto mais produzir, quanto
mais vender, melhor é o país, melhor está sua economia. Crescimento
tornou-se sinônimo de aumento da riqueza. Dizem que precisamos ter
crescimento para sermos ricos o bastante para diminuirmos a pobreza.
Mas o crescimento não é suficiente. Nos Estados Unidos há evidência de
que o crescimento atual os torna mais pobres, aumentando os custos
mais rapidamente do que aumentando os benefícios.
 
Não devamos nos iludir na crença de que o crescimento é ainda possível
se apenas o rotularmos de “sustentável” ou o colorirmos de “verde”.
Apenas retardaremos a transição inevitável e a tornaremos mais
dolorosa. Crescimento, para que constitua base de um desenvolvimento
sustentável, tem de ser socialmente regulado, com o controle da
população e com a redistribuição da riqueza.
 
Já o conceito de desenvolvimento sustentável propõe uma maior
igualdade com justiça social e econômica, e com preservação ambiental.
Espera-se que a progressiva busca da igualdade force a ruptura do
atual padrão de consumo e produção capitalista, visto que a
perpetuação deste modelo contemporâneo não é sustentável. Pois, se
caso o padrão de consumo dos países ricos fosse difundido para toda a
humanidade, seria materialmente insustentável e impossível. Este
padrão de consumo para existir, alcançado e propagandeado pela
economia capitalista contemporânea, requer a exclusão e a profunda
desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres.
 
O progresso desejado não é fazer obras em detrimento de comunidades e
ecossistemas. Há que mudar o paradigma do lucro para a qualidade de
vida da população. Enquanto isso não ocorrer, nossas cidades
continuarão a serem entupidas de carros, pois a indústria automotora
paga substancial tributo ao governo, sem que seja oferecido à
população transporte coletivo de qualidade.
 
Pernambuco é um exemplo de que estamos caminhando na contra mão de
oferecer melhor qualidade de vida ao seu povo. A opção adotada pelo
atual governo, o chamado “crescimento predatório”, utiliza argumentos
do século passado de que o “novo ciclo de desenvolvimento (?)” é a
“redenção econômica do Estado (?)” exigindo assim “sacrifício
ambiental”.
 
 A mais nova investida contra a natureza é a implantação do Estaleiro
Construcap S.A. Para a implantação desta planta naval, que ira ocupar
40 ha, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) concedeu a licença
de instalação autorizando a supressão de 28 ha de mangue (berçário
natural de centenas de espécies) na ilha de Tatuoca.  Sendo que as
atividades típicas desse tipo de empreendimento poluem em todas suas
formas, e a mão de obra necessária não é na sua grande maioria,
oriunda da comunidade, e seu entorno, com vêm falando os interessados
e o governador.
 
Em meio a posições conservadoras e atrasadas frente os desafios
atuais, os atuais dirigentes e gestores públicos do Estado, buscam
justificar o crescimento a qualquer custo, se utilizando do
oportunismo político e uma má fé inquestionável. O discurso do
desenvolvimento econômico nada mais é do que a negação dos direitos
fundamentais da pessoa, do meio ambiente e da natureza. Contra esta
visão devemos sim estar alertas, principalmente para aqueles que se
auto denominam de “novo”, e que dizem que estão trilhando “novos
caminhos”. Na verdade são meros representantes do antigo, do arcaico,
do conservadorismo; e ao mesmo tempo em que desrespeitam a natureza e
o meio ambiente, desmerecem a própria vida.
 
Logo, a estratégia escolhida ao buscarmos o desenvolvimento mais
humano, precisa responder às necessidades sociais de alimentação,
habitação, vestuário, trabalho, saúde, educação, transporte, cultura,
lazer, segurança. Não basta fazer coleta seletiva de lixo, evitar o
desperdício de água, substituir os carros a gasolina por carros
elétricos. Na verdade, o que é preciso mudar, para interromper a
destruição, é o tipo de desenvolvimento. Também o que não se pode
perder de vista são os limites da natureza e a nossa responsabilidade
em preservá-la para as gerações futuras.
 
____________________
Heitor Scalambrini Costa é professor associado da Universidade Federal
de Pernambuco (UFPE), graduado em Física pela Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP/SP), Mestrado em Ciências e Tecnologias Nucleares na
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Doutorado em Energética,
na Universidade de Marselha/Comissariado de Energia Atômica
(CEA)-França.  E-mail: hscosta@ufpe.br

terça-feira, 7 de junho de 2011

Abertas inscrições à bolsas de iniciação cientifica no Cepec

            Estão abertas a partir de hoje, 7, e até o próximo dia 16, as inscrições às bolsas do Programa de Iniciação Científica (Pibic) resultante do convênio entre a Ceplac, através do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec), e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). As bolsas terão início em 1° de agosto ou 1° de setembro de 2011 e término em 31 de julho de 2012.

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (Pibic) Fapesb – 2011 visa despertar a vocação científica e incentivar talentos potenciais entre estudantes de graduação, mediante a participação em projetos de pesquisas orientados por pesquisadores atuantes e qualificados com titulação mínima de mestre e vinculo empregatício com carga horária mínima de 40 horas na Ceplac/Cepec. 

O Edital dispõe sobre a distribuição de 10 bolsas com duração máxima de 12 meses, podendo se candidatar alunos regulares dos cursos de graduação das universidades locais obedecendo ao que nele consta. O valor da mensalidade da bolsa é igual a R$ 350, por mês e a bolsa não é acumulável com estágios remunerados, bolsas de outros programas e ou empregos de qualquer natureza, tem caráter transitório e não configura vinculo empregatício. Veja informações no Edital na página da Ceplac.
 
ACS/Ceplac/Sueba
Por: Luiz Conceição
07 de Junho de 2011.

Governo Municipal lança Cooperativa das Costureiras de Itabuna


 Itabuna ganhará no próximo mês um novo investimento que mudará a realidade de dezenas de famílias, que ainda vivem à margem da sociedade. É a Cooperativa das Costureiras de Itabuna, a ser inaugurada no dia 28 de julho, quando o município completará 101 anos de emancipação política. O lançamento feito pelo prefeito Capitão Azevedo aconteceu na manhã de terça-feira (07) na antiga feira livre do bairro da Conceição, onde será construída a sede da unidade.

O projeto integra o plano de trabalho do governo municipal e é mais um compromisso de campanha que o prefeito diz cumprir com alegria, pelos benefícios que trará, não apenas às famílias mais carentes que terão emprego e renda, como também à comunidade que contará com mais uma opção de compras no comércio. 

“Nosso povo, o mais sofrido principalmente, precisa de oportunidades como esta que é uma obrigação nossa oferecer, não só como gestor público, mas como uma pessoa preocupada com os menos favorecidos” o prefeito falou também sobre a importância da parceria das empresas públicas e privadas a exemplo do Sebrae, da Trifil e da Runa Construtora que abraçaram a causa e vão ajudar na concretização do projeto. 

“Por mais que o poder público trabalhe, sem a soma de esforços dos secretários municipais e sem o apoio de pessoas e empresas comprometidas com a causa pública não teríamos condições de tocar projetos importantes em favor de pessoas tão humildes”. A parceria, segundo ele, ajuda no fortalecimento das ações.  “É isso que nos motiva e nos faz correr em busca de recursos”.

Importantes parceiros

O secretário de Indústria e Comércio, Carlos Leahy, também destacou a atuação das empresas sem as quais seria mais difícil a implantação imediata da Cooperativa das Costureiras. Ele informou que a Runa será responsável pela construção da sede, cujas obras já foram iniciadas. Enquanto a Trifil fará a doação do maquinário e o Sebrae promoverá cursos para qualificação da mão de obra. 

Segundo Leahy, os cursos serão gratuitos e tudo o que as pessoas precisam, é ter noção de costura, ter vontade de aprender e trabalhar para gerar sua própria renda. As inscrições já podem ser feitas na Secretaria de Indústria e Comércio no Centro Administrativo Firmino Alves, bairro São Caetano.

Um sonho bom e real

O diretor da Runa Construtora, Nérope Martinelli, disse que essa cooperativa é um sonho que se torna realidade em Itabuna, não só pela sua importância social como também pelo impacto econômico para o município. Ele disse que o prefeito está no caminho certo quando investe em ações como essa, que fazem uma grande diferença na vida de uma comunidade. 

“Nós acreditamos na proposta e no trabalho que o prefeito tem desenvolvido em Itabuna porque corresponde com nosso projeto, que é o de estimular a geração de emprego e renda, de revitalizar e revolucionar o comércio, proporcionando com isso, uma melhor qualidade de vida de nossa população. Por isso nós abraçamos essa causa”.    
   
Participaram do lançamento da cooperativa, todo o secretariado e diretores municipais, empresários, além de líderes de bairros que ficaram entusiasmados diante da possibilidade de bons negócios para as comunidades carentes da cidade. “Não temos duvida de que será um sucesso. É uma grande oportunidade para todos”, definiu o presidente da Associação do bairro de Zizo, Carlos Severo.
Por:Rosi Barreto – Fotos: Waldyr Gomes – 07/06/11 
www.itabuna.ba.gov.br 

Peti promoveu atividades especiais em Ilhéus nos meses de abril e maio


O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) desenvolveu nos meses de abril e maio, favorecendo todos os 14 pontos de atuação existentes no município, diversas atividades de natureza cultural e artística. Em Ilhéus, o programa beneficia cerca de 1000 crianças e adolescentes, na faixa etária de 6 a 14 anos, com ações que oportunizam diversos benefícios, como acesso à escola, saúde, alimentação, esporte, lazer, cultura e profissionalização, além de convivência familiar e comunitária.
Além das atividades culturais e artísticas, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil também promoveu a distribuição de chocolates durante a Páscoa e a entrega de diversos brindes no Dia das Mães. “Para isso, contamos com o apoio e com a contribuição de várias empresas da cidade”, lembra a facilitadora de cultura do Peti, Márcia Filgueiras.
Ainda de acordo com Márcia, contribuíram para enriquecer a Páscoa e o Dia das Mães das crianças e adolescentes do Peti de Ilhéus as seguintes empresas: Chocolate Caseiro, L’acqua di Fiori, O Boticário, Topada, Básico Jeans, Albatroz Magazine, Cattan Magazine, Drogaria Velanes, Master Magazine, Conrado Magazine, Esquina 170, Lojas Maia/Magazine Luiza, Lojas Bucanas, Só Intimos, Irecê Bijuterias e Lojas Americanas.
Atualmente, o Peti encontra-se presente nas seguintes localidades da sede e do interior de Ilhéus: Teotônio Vilela, N. S. da Vitória, Nelson Costa, Alto do Mambape, Couto, Santo Antônio, Barra de Itaípe, Aritaguá, Salobrinho, Banco da Vitória, Japu, Vila Cachoeira, Conquista e Alto do Coqueiro
Peti - O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) articula um conjunto de ações visando à retirada de crianças e adolescentes de até 16 anos das práticas de trabalho infantil, exceto na condição de aprendiz a partir de 14 anos. O trabalho compõe o Sistema Único de Assistência Social (Suas) e tem três eixos básicos: transferência direta de renda a famílias com crianças ou adolescentes em situação de trabalho, serviços de convivência e fortalecimento de vínculos para crianças/adolescentes de até 16 anos. Tudo isso somado a um amplo processo de acompanhamento familiar através do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).
Acom/Ilheus

SECRETÁRIA DESMASCARA VEREADOR

 A secretária de Educação de Ibicaraí, Fabiane Lyra, esteve na Câmara Municipal, ontem (6 de junho), às 18 horas, quando rebateu as denúncias feitas pelo vereador José Raimundo Simões (PRTB) , que durante uma sessão Planária afirmou que a Merenda Escolar estaria sendo de má qualidade.

A secretária afirmou que “a denúncia foi irresponsável” e desafiou o vereador de oposição ao governo do município para prová-la. Cabisbaixo o vereador nada respondeu caracterizando como verdadeiras as palavras da secretária de que a denúncia é vazia. 

“Vossa Excelência, deve fazer uma denúncia com responsabilidade.Nós trabalhamos com ética e seriedade. Todos os vereadores têm o direito de fiscalizar as nossas ações. Não fazer uma acusação  sem fundamento como esta”, finalizou. 

CONFERÊNCIA

Foi encerrada hoje às 15 horas, no plenário da  Câmara de Vereadores, a Conferencia Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, promovida pela Secretaria de assistência Social da Prefeitura Municipal de Ibicaraí.

Iniciado às 7;30h, com o credenciamento dos participantes, o encontro foi aberto às 8:30h, com abertura da mesa e saudação das autoridades, Às 10 horas foi realizada a primeira palestra com o tema “Avanços, ameaças e perspctivas para a efetivação do direito humano à alimentação saudável e a soberania alimentar”, proferido pela nutricionista Genna Louyse Melo, especialista em Gestão da Saúde Pública com ênfase em Saúde Familiar. O debate sobre o tema abordado foi feito às 10:30.

Às 11h, a palestra sobre “Plano Nacional de Segurança Alimentar” foi abordada pela nutricionista LIciana Waleska Varjão e após o debate que aconteceu às 13:30h, o tena “ Sistema e Política Nacional de Segurança Alimentar” foi
 exposto pela nutricionista Luciana Walesca Varjão. Depois do debate às14 horas, foi oferecido um coquitel aos presentes. 

Por: juarez Vicente
Ascom/Ibicaraí

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