Em 2012 teremos eleição para Prefeito de Itabuna.
E a eleição para Presidente da República mostrou um dado interessante: o candidato anti-PT terá, no mínimo 50 mil votos.
Vejamos:
Dilma obteve 52.855 votos e Serra 50.850 votos, no segundo turno.
Enquanto muitos eleitores de Dilma podem votar em candidato a Prefeito que não seja petralha, dificilmente quem votou em Serra votará em alguém que represente esta facção.
O voto em Serra mostra o tamanho mínimo da ojeriza itabunense ao PT
.
Mas a coisa fica mais complicada, ou interessante, quando se debruça sobre o mapa da eleição presidencial e se descobre que 30.571 eleitores itabunenses nem compareceram às urnas; 3.416 anularam o voto e 2.094 votaram em branco.
Quem quiser ser candidato a Prefeito, terá que começar a montar esse quebra-cabeças; terá que descobrir o que levou 35 mil eleitores a não participar da escolha presidencial, porque, basicamente, serão estes que decidirão quem vai governar Itabuna a partir de 2013.
Mas estes números devem ser lidos com especial atenção pelo atual Prefeito, Capitão Azevedo.
Ele tem aí um bom problema para resolver. Um razoável quebra-cabeças.
Ele vai ter que montar sua estratégia para tentar a reeleição, analisando com vagar esses números, e lembrando que o PT domina o Estado e o governo da União, e virá com tudo para tentar assumir o governo municipal.
Todos sabemos que para os petralhas, os fins justificam os meios. Não importa se os meios são legais ou não. A prova disso está nessa última eleição, no comportamento de Lulla, que simplesmente passou por cima da lei e deu uma sonora banana para a ética e a compostura.
Enquanto os outros candidatos terão apenas que montar uma estratégia para vencer, Capitão Azevedo ainda vai ter que se defender do cêrco petralha, que já começou com a questão da saúde, do hospital de base, e do abastecimento de água, e tende a se adensar nos próximos meses.
A chapa esquentou.......
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terça-feira, 2 de novembro de 2010
PARA AZEVEDO PENSAR
Jornalismo sério, ético, opinativo e informativo
Lula ressuscitou a oposição
“Eu gostaria de uma eleição plebiscitária, ou seja: nós contra eles, pão pão, queijo queijo”, desafiou em outubro de 2009 o mais presunçoso dos presidentes, em êxtase com taxas de popularidade anabolizadas por comerciantes de porcentagens.
Bastaria ensinar ao país que Dilma Rousseff era o codinome com que disputaria a própria sucessão para que o jogo começasse com o placar já assinalando 80% a 4%. Um oceano de brasileiros felizes contra a poça de insatisfeitos profissionais, imaginou o campeão da bazófia. A goleada estava garantida.
“A maior obra de um governo é eleger o sucessor”, avisou Lula em fevereiro passado, quando abandonou o emprego para virar animador de palanque fora-da-lei. Nos oito meses seguintes, o chefe de Estado reduzido a chefe de facção atropelou a Constituição, debochou da Justiça Eleitoral, afrontou o Ministério Público, zombou dos adversários, fez o que pôde e tudo o que não podia para impor ao país a vontade do monarca.
Para transformar em herdeira uma formidável nulidade, o presidente de todos os brasileiros açulou a radicalização maniqueísta, abençoou a beligerância das milícias, colocou a administração federal a serviço de uma candidatura, protegeu os estupradores de sigilo fiscal, aplaudiu a produtividade da usina de dossiês e redimiu previamente todos os pecadores para conseguir o que queria. Ganhou a eleição.
Mas o Lula que vai deixando o governo é ainda menor do que o que entrou. E não foi pouco o que perdeu.
O país redesenhado pelas urnas do dia 31 informa que a estratégia do “nós contra eles” foi uma má ideia.
Disfarçado de Dilma Rousseff, Lula sepultou os sonhos presidenciais de José Serra. Mas ressuscitou, com dimensões especialmente impressionantes, a oposição que não houve em seus oito anos de reinado.
No mundo dos ibopes e sensus, os que não se ajoelham no altar do Primeiro Companheiro nunca ultrapassaram a fronteira dos 5%. Sabe-se agora que, nas urnas, 5% são 45%. Disseram não a Lula 43.711.388 brasileiros. Somados os que se abstiveram, anularam o voto ou o deixaram em branco, 80.050.565 ignoraram a determinação do reizinho.
Popularidade não rima com voto, reiterou a paisagem eleitoral.
No Brasil das pesquisas, Lula vai beirando os 100% de aprovação (ou 103%, se a margem de erro for camarada). Na vida como ela é, a unanimidade foi rebaixada a 56% dos votos válidos. Dilma venceu na metade superior do mapa (veja ilustração acima). Foi derrotada na outra — e perdeu feio nas regiões especialmente desenvolvidas.
Os candidatos do PSDB foram vitoriosos no Paraná, em São Paulo, em Minas Gerais, no Tocantins, no Pará, em Alagoas, em Roraima e em Goiás. Como o DEM venceu em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte, a oposição vai governar 53% do eleitorado e a maioria da população brasileira.
O Brasil insatisfeito é infinitamente maior que Serra, muito mais combativo que o PSDB. E está disposto a resistir energicamente ao prolongamento da Era da Mediocridade.
Se o PSDB não assimilar a partitura composta pela resistência democrática, que destaca enfaticamente valores éticos e morais, vai perder o bonde da história.
Os eleitores que não compraram a dupla Lula-Dilma também rejeitam partidos que só agem ─ e com desabonadora timidez ─ quando começa a temporada de caça ao voto. Se os líderes tucanos não aprenderem a opor-se o tempo todo, não terão ninguém a liderar.
Os brasileiros inconformados descobriram que podem viver sem eles. E sabem o que querem. Não há esperança de salvação para políticos que se declaram adversários do governo mas não sabem, ou não querem, interpretar o pensamento e as aspirações da grande frente oposicionista.
Bastaria ensinar ao país que Dilma Rousseff era o codinome com que disputaria a própria sucessão para que o jogo começasse com o placar já assinalando 80% a 4%. Um oceano de brasileiros felizes contra a poça de insatisfeitos profissionais, imaginou o campeão da bazófia. A goleada estava garantida.
“A maior obra de um governo é eleger o sucessor”, avisou Lula em fevereiro passado, quando abandonou o emprego para virar animador de palanque fora-da-lei. Nos oito meses seguintes, o chefe de Estado reduzido a chefe de facção atropelou a Constituição, debochou da Justiça Eleitoral, afrontou o Ministério Público, zombou dos adversários, fez o que pôde e tudo o que não podia para impor ao país a vontade do monarca.
Para transformar em herdeira uma formidável nulidade, o presidente de todos os brasileiros açulou a radicalização maniqueísta, abençoou a beligerância das milícias, colocou a administração federal a serviço de uma candidatura, protegeu os estupradores de sigilo fiscal, aplaudiu a produtividade da usina de dossiês e redimiu previamente todos os pecadores para conseguir o que queria. Ganhou a eleição.
Mas o Lula que vai deixando o governo é ainda menor do que o que entrou. E não foi pouco o que perdeu.
O país redesenhado pelas urnas do dia 31 informa que a estratégia do “nós contra eles” foi uma má ideia.
Disfarçado de Dilma Rousseff, Lula sepultou os sonhos presidenciais de José Serra. Mas ressuscitou, com dimensões especialmente impressionantes, a oposição que não houve em seus oito anos de reinado.
No mundo dos ibopes e sensus, os que não se ajoelham no altar do Primeiro Companheiro nunca ultrapassaram a fronteira dos 5%. Sabe-se agora que, nas urnas, 5% são 45%. Disseram não a Lula 43.711.388 brasileiros. Somados os que se abstiveram, anularam o voto ou o deixaram em branco, 80.050.565 ignoraram a determinação do reizinho.
Popularidade não rima com voto, reiterou a paisagem eleitoral.
No Brasil das pesquisas, Lula vai beirando os 100% de aprovação (ou 103%, se a margem de erro for camarada). Na vida como ela é, a unanimidade foi rebaixada a 56% dos votos válidos. Dilma venceu na metade superior do mapa (veja ilustração acima). Foi derrotada na outra — e perdeu feio nas regiões especialmente desenvolvidas.
Os candidatos do PSDB foram vitoriosos no Paraná, em São Paulo, em Minas Gerais, no Tocantins, no Pará, em Alagoas, em Roraima e em Goiás. Como o DEM venceu em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte, a oposição vai governar 53% do eleitorado e a maioria da população brasileira.
O Brasil insatisfeito é infinitamente maior que Serra, muito mais combativo que o PSDB. E está disposto a resistir energicamente ao prolongamento da Era da Mediocridade.
Se o PSDB não assimilar a partitura composta pela resistência democrática, que destaca enfaticamente valores éticos e morais, vai perder o bonde da história.
Os eleitores que não compraram a dupla Lula-Dilma também rejeitam partidos que só agem ─ e com desabonadora timidez ─ quando começa a temporada de caça ao voto. Se os líderes tucanos não aprenderem a opor-se o tempo todo, não terão ninguém a liderar.
Os brasileiros inconformados descobriram que podem viver sem eles. E sabem o que querem. Não há esperança de salvação para políticos que se declaram adversários do governo mas não sabem, ou não querem, interpretar o pensamento e as aspirações da grande frente oposicionista.
By Blog Augusto Nunes - Veja
* A cor azul representa onde a oposiçao é situação. Vermelho é onde o PT tem tudo dominado.
* A cor azul representa onde a oposiçao é situação. Vermelho é onde o PT tem tudo dominado.
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O BRASIL CONTRA O PT
O Brasil tem quase 200 milhões de habitantes. Desses, 135 milhões estão aptos a votar. Em 2010, apenas 55 milhões, ou seja, 41% foram enganados por “diuma” e Lulla, votando na terrorista.
Nada menos que 43 milhões votaram em Serra, ou seja 32%, e o restante 27%, preferiu anular, votar em branco ou abster-se.
Deram uma banana a “diuma”, Lulla e Serra.
Se somarmos 32+27, temos 59 por cento dos brasileiros aptos a votar, que deram um sonoro não a Lulla e “diuma”.
Este é o tamanho da oposição a esse governozinho chinfrim e mentiroso que aí está, e que vai piorar.
A nova presidente foi eleita com o voto de 4,1 em cada dez brasileiros e brasileiras aptos a votar.
Se nós, estamos vendo estes números, os políticos também devem ter visto, analisado.
Donde se conclui que A MAIORIA DA POPULAÇÃO VOTANTE É CONTRÁRIA AO PT E AO QUE ELE REPRESENTA.
E Serra perdeu porque não soube ou não poude representar este sentimento.
Cabe agora aguardar que a oposição comece a se OPOR VERDADEIRAMENTE, sem concessões.
Elles não dizem que têm maioria na Câmara e no Senado? Então deixem que eles façam as besteiras sozinhos. E mostrem isso ao povo. A única condescendência é apresentar projetos alternativos melhores. E façam alarido sobre isso.
A eleição do próximo presidente da república em 2014 começou dia 1º de novembro de 2010 e passa pelas eleições municipais de 2012. É o tempo da oposição mostrar que existe, que representa hoje a MAIORIA do povo brasileiro.
Que nossa oposição veja o que aconteceu nos Estados Unidos. Veja o que os Republicanos, derrotados pelos Democratas fizeram, e aprendam com eles.
Se a oposição ficar no chove e não molha dos últimos quatro anos, vai perder novamente.
Está nas mãos do DEM, do PPS e do PSDB, nessa ordem, mudar o rumo das coisas.
Nada menos que 43 milhões votaram em Serra, ou seja 32%, e o restante 27%, preferiu anular, votar em branco ou abster-se.
Deram uma banana a “diuma”, Lulla e Serra.
Se somarmos 32+27, temos 59 por cento dos brasileiros aptos a votar, que deram um sonoro não a Lulla e “diuma”.
Este é o tamanho da oposição a esse governozinho chinfrim e mentiroso que aí está, e que vai piorar.
A nova presidente foi eleita com o voto de 4,1 em cada dez brasileiros e brasileiras aptos a votar.
Se nós, estamos vendo estes números, os políticos também devem ter visto, analisado.
Donde se conclui que A MAIORIA DA POPULAÇÃO VOTANTE É CONTRÁRIA AO PT E AO QUE ELE REPRESENTA.
E Serra perdeu porque não soube ou não poude representar este sentimento.
Cabe agora aguardar que a oposição comece a se OPOR VERDADEIRAMENTE, sem concessões.
Elles não dizem que têm maioria na Câmara e no Senado? Então deixem que eles façam as besteiras sozinhos. E mostrem isso ao povo. A única condescendência é apresentar projetos alternativos melhores. E façam alarido sobre isso.
A eleição do próximo presidente da república em 2014 começou dia 1º de novembro de 2010 e passa pelas eleições municipais de 2012. É o tempo da oposição mostrar que existe, que representa hoje a MAIORIA do povo brasileiro.
Que nossa oposição veja o que aconteceu nos Estados Unidos. Veja o que os Republicanos, derrotados pelos Democratas fizeram, e aprendam com eles.
Se a oposição ficar no chove e não molha dos últimos quatro anos, vai perder novamente.
Está nas mãos do DEM, do PPS e do PSDB, nessa ordem, mudar o rumo das coisas.
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Centenas de pessoas rezam por seus entes queridos em Itabuna
Dom Ceslau |
Só quem cura a tristeza e a dor da saude é a fé que temos em nosso Pai Supremo
Centenas de pessoas neste momento em Itabuna se dirigem ao Cemitério do Campo Santo da Santa Casa de Misericórdia para rezar em favor dos seus antequeridos, como acontece todos os anos neste dia de finados (02 de Novembro).
Muitas pessoas reclamam muito dos altos preços das flores que estão a cada vez mais caras. O mesmo acontece com as velas, mas mesmo assim as pessoas fazem de tudo para deixar o tumulo dos seus ante queridos limpos e coroados de orações, desejando uma boa vida eterna.
A Igreja católica desde as 05h00min horas celebra Missa em sufrágio das almas e da saudade, em um altar estrategicamente construído para esse fim na entrada co Campo Santo. As missas são realizadas de hora em hora, coordenadas pelo Bispo Dom Ceslau Stanula que recepciona os padres de todas as Paróquias de Itabuna.
Veja o vídeo:
Ainda está na hora de você comparecer e rezar pelos seus antequeridos. A programação prossegue até as 18h00min horas. A solenidade fúnebre tem como aprestnador das Santas Missas, já tradicionalmente, o radialista Ciro Sales e a música de Goezinho. Homens de fé de de muita devoção.
Ontem (01) os católicos de todo o Brasil comemoram o Dia de Todos os Santos. Um dia de muita fé da Igreja Católica e de muitas devoções.
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Integrantes do MST comemorando vitória de Dilma agridem prefeito no interior de São Paulo
01 de novembro de 2010 • 20h56 • atualizado às 22h03
Direto de Bauru
Por - Wagner Carvalho
Direto de Bauru
Por - Wagner Carvalho
Integrantes do Movimento Sem Terra (MST) agrediram o prefeito de Borebi (SP), Antonio Carlos Vaca (PSDB), 64 anos, no início da madrugada desta segunda-feira. Ele foi socorrido a um hospital de Bauru e seu estado de saúde é estável.
O grupo comemorava a vitória de Dilma Rousseff (PT) na eleição para a Presidência da República. O dirigente do MST Paulo Bernardo disse à polícia que o prefeito, ao tentar conter a comemoração, teria agredido primeiro os integrantes do movimento, que partiram para o revide. Já familiares do político e testemunhas afirmaram que Vaca tentou impedir que os integrantes retirassem as faixas de apoio ao candidato derrotado na disputa, José Serra (PSDB), que ele havia colocado na porta de sua casa.
Uma testemunha disse que, enquanto falava com os integrantes do MST, Vaca recebeu uma voadora nas costas e caiu com a cabeça no asfalto. Inconsciente, o prefeito foi levado para atendimento médico em Bauru com traumatismo craniano, passou por uma cirurgia de emergência e continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Unimed Bauru.
O caso, atendido incialmente pelo delegado da cidade vizinha de Agudos, foi encaminhado para a Seccional de Bauru. O delegado Benedito Antonio Valencise abriu inquérito, ouviu testemunhas e disse que as investigações apontam para dois suspeitos. A conclusão da apuração deve ocorrer em no máximo 10 dias. Identificados, os agressores serão indiciados por lesão grave ou gravíssima.
Em 2009, Borebi foi o palco da invasão do MST à fazenda Santo Henrique, pertencente à empresa Cutrale. Na ocasião, centenas de pés de laranja foram derrubados por tratores pelos integrantes do movimento. Imóveis e maquinários da fazenda invadida também foram destruídos.
Especial para Terra
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MENSAGEM DE SERRA AO POVO BRASILEIRO
“Pode parecer estranho para um candidato que não ganhou a eleição, mas vim aqui não para falar de minha frustração, vim falar da esperança.
Nesses meses duríssimos, quando enfrentamos forças terríveis, você alcançaram uma vitória estratégica. Cavaram uma grande trincheira, construíram uma fortaleza, consolidaram um campo político em defesa da liberdade e da democracia no Brasil. Em defesa das grandes causas econômicas e sociais do país.
Para os que nos imaginam derrotados, saibam de uma coisa: apenas começamos a lutar de verdade.
Vamos dar nossa contribuição ao país em defesa da pátria, da liberdade, da democracia, do direito que todos têm de falar e serem ouvidos. Da integridade da vida pública. Essa será nossa luta nos próximos anos. Por isso, minha mensagem de despedida para vocês não é um adeus, é um até logo. A luta continua.
Viva o Brasil”.
José Serra
José Serra
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44 MILHÕES DE BRASILEIROS NÃO SE DEIXARAM ENGANAR
Ah, a petralhada gostaria de me ver arrancando os cabelos, agora que os tenho, desesperado, a esmurrar as paredes! De fato, é não me conhecer. Trabalhei e produzi ontem normalmente, apesar de alguns percalços de ordem pessoal, quase inteiramente superados, e que nada tiveram a ver com as urnas. Ao contrário! Estou frio como uma lâmina para pensar e com o coração sempre quente para escrever, hehe. Morno, como disse no texto de ontem, jamais! Há dias, Lula, repetindo o seu blogueiro pançudo, dizia que os 3% que acham seu governo “ruim ou péssimo” deveriam estar no “comitê de certo candidato”. A isto Lula gostaria que a oposição estivesse reduzida: a 3%!!! Ele bem que tentou! Mas não! Nas urnas, ela se revelou 44% dos que foram votar. A oposição fez ainda 10 governos estaduais — 8 do PSDB (Paraná, São Paulo, Minas, Goiás, Tocantins, Alagoas, Pará e Roraima) e 2 do DEM (Santa Catarina e Rio Grande do Norte) . Governará 52,3% da população e bem mais da metade do PIB.
O presidente dos “83% de ótimo e bom” — que era, na verdade, quem disputava a eleição, já que Dilma fez questão de não existir — obteve 55% dos votos totais nas urnas, correspondentes a 41% do eleitorado. Como demonstrei em outro post e está historicamente provado, a esquerda leva sempre um terço do eleitorado pelo menos. Esses números dão conta do real poder mágico de Lula.
O PT elegeu 5 governadores — Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Bahia e Sergipe. Os outros 12 “governistas” são do PMDB (5), PSB (6) e PMN (1). A oposição, se quiser ser oposição, está viva e pode respirar muito bem. Só precisa parar de errar — e alguém poderia dizer: “É aí que mora o problema!” Sim, é aí. Dilma Rousseff terá uma maioria folgada na Câmara e no Senado, garantida, como sempre, pelo PMDB — e é aí que mora o problema dela.
De saída, cumpre notar que este, definitivamente, não é um país que vota com a esquerda coisa nenhuma! Não é de esquerda o Congresso e não são de esquerda — nem mesmo essa esquerda petista — a esmagadora maioria dos governadores.
O PT exerce a hegemonia na grande aliança em razão da força pessoal de Lula e do aparelhamento do estado e de sindicatos, base de sua, digamos, força material.
Para levar adiante o “Projeto Dilma”, o partido teve de ceder os anéis em muitos estados, dividindo o poder com o PMDB e com o PSB. Os dois partidos logo estarão se batendo pela divisão do butim.
Os ditos “socialistas” cresceram no Parlamento e elegeram seis governadores: 4 no Nordeste (Piauí, Ceará, Paraíba e Pernambuco), 1 no Norte (Amapá) e 1 no Sudeste (Espírito Santo). Lula está doidinho para fundir a legenda com o PT. Eduardo Campos, governador reeleito de Pernambuco e líder inconteste do PSB, não deve ser tolo: de chefe de um grupo com razoável poder de pressão, passaria a ser um não-petista no PT. Seu projeto presidencial já estará na rua no dia 2 de janeiro de 2011— no mínimo, para negociar.
Assim, o PT não sai das urnas como o partido que faz o que bem entende, nem Lula se sagra como o demiurgo palpiteiro que, mesmo fora da Presidência da República, decidirá os destinos da nação.
Dilma poderá se aconselhar com ele quantas vezes quiser, mas sabe que sua influência será limitada.
“Mas e a dos governadores, Reinaldo, é assim tão grande? Não é o Congresso que conta?” Mais ou menos.
Deputados federais paulistas e mineiros, para citar dois estados com bancadas grandes, ainda que petistas ou governistas, sabem que não convém entrar em choque com os respectivos governadores — essa questão será especialmente candente caso Dilma queira, de fato, fazer uma reforma tributária.
Se os 10 da oposição conseguirem — e eu sei que é difícil — um consenso mínimo (em vez de ficarem se estapeando, o que Dilma adoraria) —, o tamanho da oposição no Congresso perde um pouco de importância. Desde logo, teriam de criar uma espécie de fórum permanente para discutir as questões que dizem respeito a seus respectivos estados.
Os 43,7 milhões
Outra questão muito relevante a ser considerada são as condições em que a oposição obtém esse número de votos, reduzindo em mais de 10 pontos a diferença na comparação com 2002 e 2006. O jogo, desta feita, foi muito mais pesado.
Outra questão muito relevante a ser considerada são as condições em que a oposição obtém esse número de votos, reduzindo em mais de 10 pontos a diferença na comparação com 2002 e 2006. O jogo, desta feita, foi muito mais pesado.
Lula e a máquina que ele mobilizou no subjornalismo não tiveram limites. Ele despiu-se completamente do decoro — ainda ontem, falou mais um absurdo. Seus aliados naquela variante do crime que se confunde com imprensa trilharam cada palmo da abjeção. A estrutura do estado foi mobilizada para eleger a sua criatura eleitoral. Manifestou-se de diversos modos: quebrando sigilos e impedindo ou procrastinando a investigação; escalando ministros de estado e chefes de estatais para falar como líderes de facção; organizando a agenda do governo e das empresas públicas para produzir factóides eleitorais. O auge da manipulação foi o anúncio, obviamente apressado, da descoberta de uma “nova possível quem sabe provável é bem capaz” reserva de petróleo no pré-sal dois dias antes da eleição. Fez-se ainda profissão de fé na mentira, com o fantasma ressuscitado das privatizações — a que a campanha do PSDB, é fato, respondeu, de novo, de modo desastrado, o que não retira o caráter vigarista da acusação.
Pois bem, ainda assim, apesar de tudo isso, a despeito de toda sem-vergonhice, de um constrangedor endeusamento da figura de Lula, que tocou as raias do ridículo, nada menos de 44% dos eleitores que compareceram às urnas disseram “NÃO”.
E esse “NÃO” FOI DITO A LULA, NÃO A DILMA.
Os petistas confundiram — e, infelizmente, o marketing eleitoral da oposição também (e pela segunda vez) — a aprovação ao governo Lula com uma carta branca para ele falar o que bem entende, fazer o que entende, eleger quem bem entende. O petralha assanhado logo dirá: “Ué, mas elegeu Dilma, não foi?” Foi, sim! Mas a que expedientes recorreu para isso? Até onde teve de descer? Quanto teve de gastar de recursos públicos — arreganharam-se os cofres — para lograr o seu intento? E tudo isso para que, no fim, a campanha convergisse para o terrorismo.
Lula teve de renunciar a todos os princípios do republicanismo e do decoro para que 6,05% dos eleitores lhe garantissem a vitória. A distância de 12 pontos numa polarização tende a esconder a margem relativamente estreita de seu triunfo.
Mar de votos. O que fazer?
Os oposicionistas saem desse pleito com um mar de votos. E votos, insisto, qualificados porque conseguiram resistir a todas as vagas da empulhação e à mais desonesta campanha eleitoral a que assisti desde a redemocratização — ou antes, desde a eleição direta para os governos de estado, em 1982. Muitos podem até apoiar o “Lula presidente”, mas não aprovaram o “Lula cabo eleitoral”.
Os oposicionistas saem desse pleito com um mar de votos. E votos, insisto, qualificados porque conseguiram resistir a todas as vagas da empulhação e à mais desonesta campanha eleitoral a que assisti desde a redemocratização — ou antes, desde a eleição direta para os governos de estado, em 1982. Muitos podem até apoiar o “Lula presidente”, mas não aprovaram o “Lula cabo eleitoral”.
Se as atuais oposições optarem por se opor apenas nos seis meses finais de 2014, serão jantadas de novo pelo petismo — afinal, Lula estará dando sopa, em busca de emprego. Pode-se apostar que dificuldades virão pela frente, inclusive no cenário internacional, e que Dilma acabará fazendo bobagem. Mas essa é sempre uma aposta arriscada. As oposições, nas democracias, devem se preparar para disputar com adversários bem-sucedidos. Opor-se não é sinônimo de dizer “não” apenas; também é sinônimo de alternativas, pelas quais se deve brigar, procurando mobilizar pessoas e correntes de opinião. Mais: precisa estabelecer uma agenda e um conjunto de valores em nome dos quais vai lutar.
Por mais estranha que possa parecer a proposta, e sei que parece, o primeiro passo do PSDB, reitero, é mergulhar na sua própria história para recolocar os fatos no seu devido lugar. Não pode mais continuar seqüestrado pelo PT. No ano que vem, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso faz 80 anos.
As oposições, os 44 milhões que não se deixaram levar pela estupidez de que ele foi um mau presidente e os que têm apreço pela história devem-lhe mais do que um desagravo; devem-lhe a verdade: fundou as bases do Brasil viável. Sem esta “volta para o futuro”, quem não tem futuro é o PSDB porque fica sem passado.
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