sexta-feira, 19 de julho de 2013

ARTIGO DO JORNALISTA PAULO LIMA

QUO VADIS, VANE? __________________
                                
“A primeira impressão que se tem de um governante, e da sua inteligência, é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são competentes e leais, pode-se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade de manter a fidelidade. Mas, quando a situação é oposta, pode-se sempre fazer dele mau juízo, seu primeiro erro terá sido a escolha desses assessores”.
(Maquiavel- O PRÍNCIPE).


A politica é coisa para profissionais, com dedicação exclusiva. Que lições aprendeu o Prefeito Claudevane Moreira Leite nos seus oito anos como Vereador? Será que o Prefeito Vane não aprendeu que não se deve contemporizar; que os problemas devem ser enfrentados de imediatos? E que em nenhuma circunstância o governante deve abrir mão da sua autoridade? Será que o Prefeito Vane não aprendeu que o governante deve evitar, na medida do possível, ficar na dependência de outro? Jamais o homem público deve fazer aliança com um mais poderoso que ele para atacar os outros porque, vencendo, torna-se seu prisioneiro. 

Em momento algum, diz a experiência politica, o governante deve abrir mão da dignidade e postura do cargo. Sei que ninguém governa só e cada homem monta a sua equipe á sua imagem e semelhança. Aprendi ao longo da vida que todo exercício do poder exige autoridade de quem manda e cumplicidade de quem é mandado. Poder é tensão permanente. É disputa que não cessa. É jogo sem intervalo. 

A disputa por poder político se desenvolve em todos os nichos da sociedade - na família, nos grupos de amigos de todas as idades, nas escolas, nas entidades, empresas ou instituições. A competição pelos espaços de mando é permanente em todos os lugares. O Prefeito Vane está no olho do furacão. Não foi o PCdoB que assegurou a sua vitória. Foi apenas um componente, tenho que reconhecer, muito forte e aguerrido para sua eleição. Governar é também impor e conciliar. 

Ora, se governar é impor e conciliar, cabe ao Prefeito se impor como Prefeito, como chefe do Executivo, como o grande maestro do Centro Administrativo, enfeixando em suas mãos as rédeas do poder, traçando as diretrizes governamentais, usando a caneta para nomear e exonerar, tendo em vista que ele recebeu a maior procuração que um homem publico almeja: o voto da maioria dos seus concidadãos; que está acima das alianças e dos conchavos políticos. Ainda resta muito tempo ao Prefeito Vane para que ele possa dar uma guinada de 180 graus na politica  administrativa do seu governo e não permitir que a população Itabunense fique a perguntar: QUO VADISVANE (AONDE VAIS)?

Paulo Lima: jornalista e membro da Academia Grapiúna de Letras.


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