(Ele ganhou o mundo — e à sua terra retornou)
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| Santal, uma raiz grapiúna |
Essa virtude única marcou centenas de alunos que ele formou em sua terra natal, antes de alçar voos internacionais. E do outro lado do Atlântico, também deixou discípulos — muitos portugueses que tiveram o privilégio de aprender com o mestre.
Hoje, aos 73 anos, Carlos Santal continua sendo o menino travesso da Mangabinha, filho legítimo de Itabuna, carregando no peito o cheiro do cacau e o “bodum” das águas do Rio Cachoeira. Foi dessa sensibilidade profunda — quase abissal — que nasceu o artista múltiplo: pintor, compositor, cantor, músico, poeta, escritor e cineasta. Um homem que joga em todas as áreas da criação.
Depois do lançamento de seu primeiro livro, Santal alimenta agora um sonho especial: ver nas telas de cinema seu filme “O Caçador de Rolas” — uma história regionalista, divertida e surpreendentemente humana. O enredo narra o dia a dia de um casal simples das roças de cacau. Com pouca comida em casa, o marido sai para caçar, enquanto a mulher lava roupas no ribeirão. Mas só consegue capturar “rolinha fogo apagou”. Em certo momento, cansada, ela desabafa:
“Marido, estou cansada de comer rola. É rola de manhã, de meio-dia e de noite!”
A narrativa rende boas risadas, mas também expõe a criatividade imensa do artista, que sabe transformar o cotidiano em obra.
Esse projeto já chamou a atenção de quem dirige a cultura em Itabuna — e deveria chamar ainda mais. Carlos Santal, em um momento delicado de saúde, precisa e merece o olhar atento das instituições culturais da sua cidade.
Porque ele é a identidade raiz da nossa cultura grapiúna.
É memória.
É resistência.
É talento genuíno da terra do cacau.
Celebrar Carlos Alberto Santos — o nosso querido Carlos Santal — é celebrar Itabuna, sua gente, sua história e sua força criadora.
Viva a cultura grapiúna! Viva os nossos grandes artistas! Viva Carlos Alberto Santos (Carlos Santal!).
Uma mostra da arte,retratando nossa região do cacau:
- Em homenagem a Cop 30
- Em homenagem a nossa Região
- Retratando a nossa cultura do cacau
- Buerarema (Feira de Macuco),
- Consciência Negra. Viva nossa, Bahia!













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