quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Carlos Santal: um grande artista itabunense da gema do ovo

(Ele ganhou o mundo — e à sua terra retornou)

Santal, uma raiz grapiúna 
O artista plástico Carlos Santal, mestre consagrado nas artes visuais, é daqueles talentos raros que nascem com o dom à flor da pele. Quando viveu em Portugal — país europeu onde abriu portas importantes para sua arte — acompanhamos, de Itabuna, sua ascensão artística com orgulho e admiração. Era evidente que sua trajetória merecia ser contada. Afinal, Santal possui um poder criativo só seu: a habilidade mágica de transitar do regionalismo ao surrealismo “numa única pincelada”, como quem respira arte.

Essa virtude única marcou centenas de alunos que ele formou em sua terra natal, antes de alçar voos internacionais. E do outro lado do Atlântico, também deixou discípulos — muitos portugueses que tiveram o privilégio de aprender com o mestre.

Hoje, aos 73 anos, Carlos Santal continua sendo o menino travesso da Mangabinha, filho legítimo de Itabuna, carregando no peito o cheiro do cacau e o “bodum” das águas do Rio Cachoeira. Foi dessa sensibilidade profunda — quase abissal — que nasceu o artista múltiplo: pintor, compositor, cantor, músico, poeta, escritor e cineasta. Um homem que joga em todas as áreas da criação.

Depois do lançamento de seu primeiro livro, Santal alimenta agora um sonho especial: ver nas telas de cinema seu filme “O Caçador de Rolas” — uma história regionalista, divertida e surpreendentemente humana. O enredo narra o dia a dia de um casal simples das roças de cacau. Com pouca comida em casa, o marido sai para caçar, enquanto a mulher lava roupas no ribeirão. Mas só consegue capturar “rolinha fogo apagou”. Em certo momento, cansada, ela desabafa:
“Marido, estou cansada de comer rola. É rola de manhã, de meio-dia e de noite!”

A narrativa rende boas risadas, mas também expõe a criatividade imensa do artista, que sabe transformar o cotidiano em obra.

Esse projeto já chamou a atenção de quem dirige a cultura em Itabuna — e deveria chamar ainda mais. Carlos Santal, em um momento delicado de saúde, precisa e merece o olhar atento das instituições culturais da sua cidade.

Porque ele é a identidade raiz da nossa cultura grapiúna.
É memória.
É resistência.
É talento genuíno da terra do cacau.

Celebrar Carlos Alberto Santos — o nosso querido Carlos Santal — é celebrar Itabuna, sua gente, sua história e sua força criadora.

Viva a cultura grapiúna! Viva os nossos grandes artistas! Viva Carlos Alberto Santos (Carlos Santal!).

Uma mostra da arte,retratando nossa região do cacau:













-  Em homenagem a Cop 30

- Em homenagem a nossa Região

- Retratando a nossa cultura do cacau 

-  Buerarema (Feira de Macuco),

- Consciência Negra. Viva nossa, Bahia!

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