Renato Bolsonaro, que esperou mais de 60 dias pela liberação do STF, detalha rotina do irmão mais velho

Jair Bolsonaro (PL), prestando depoimento no STF - (Foto: Ton Molina/STF)
Do -Diario do Poder -Renato Bolsonaro, irmão de Jair Bolsonaro (PL), visitou o ex-presidente em Brasília na última segunda-feira (3), após uma espera de mais de dois meses pela autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O encontro, que ocorreu na residência do ex-presidente, onde ele cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, durou pouco mais de quatro horas, das 14h às 18h20.
Em entrevista concedida ao portal Poder360, o empresário e ex-vereador, Renato Bolsonaro, detalhou a visita, afirmando que aguardou a liberação oficial por cerca de 90 dias. Ele explicou o motivo da espera:
“Eu queria a confirmação do STF de que poderia fazer a visita. Mesmo sendo irmão, não queria ir até lá e, por algum motivo, não me deixarem entrar e isso virar narrativa de que eu estaria forçando algo ou usando o tema de forma política. Foi ruim esperar, mas melhor assim para que tudo ficasse às claras.”
O irmão classificou o encontro como “muito bom”, destacando o objetivo de “matar a saudade e levar um pouco de conforto” a Bolsonaro. Segundo Renato, o ex-presidente demonstrou bom astral.
“Conversamos bastante, trouxe um repertório de anedotas para ele, que ele gosta bastante, ele riu bastante, então ele está bem-humorado”, disse sobre a visita.
Questionado a respeito da condição de saúde do ex-presidente, Renato Bolsonaro declarou que “a saúde do presidente é controlável.” Ele ressaltou a necessidade de o ex-presidente seguir a medicação “na hora certa, do jeito certo”, e mencionou que “as sequelas da facada são irreversíveis”, mas assegurou que, dentro de um quadro geral, ele está muito bem.
Sobre a rotina atual, o irmão do ex-presidente afirmou que, apesar de limitada, Bolsonaro mantém atividades físicas:
“Ele conversa, recebe visitas, faz alguns exercícios. Ele sempre foi uma pessoa que preservava muito a liberdade —gostava de andar de moto, pescar, sair na rua, comer pastel, tomar caldo de cana. Tudo isso foi tirado dele de uma hora para outra, então ele tenta se adaptar da melhor maneira possível”, relatou.
Renato Bolsonaro ainda negou qualquer sinal de depressão no irmão:
“Eu não achei deprimido. Mas é claro que a situação em que ele se encontra é uma situação que ninguém gostaria de estar — privado da liberdade, sendo perseguido, vítima de um julgamento com provas muito frágeis, montadas, que não convencem ninguém”, declarou.
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