Prefeita de Ibicaraí é destituída pela Câmara e reconduzida pela Justiça em tempo recorde
Monalisa tem o respaldo popular
Da redação - Ibicaraí (BA) – Em um episódio político marcado por reviravoltas, a prefeita de Ibicaraí, Monalisa Tavares, foi destituída do cargo pela Câmara Municipal por improbidade administrativa, mas conseguiu ser reconduzida à função pela Justiça em tempo recorde, reacendendo o debate sobre os limites e as garantias legais no exercício do poder público.
O município, com cerca de 30 mil habitantes, localizado no Sul da Bahia, foi surpreendido com a decisão da Câmara na última semana, que culminou na cassação do mandato da prefeita sob a acusação de irregularidades na gestão de recursos públicos.
O processo legislativo, que teve início com uma comissão de investigação formada por vereadores da oposição, culminou na votação que aprovou a cassação do mandato, alegando descumprimento de normas administrativas e supostas práticas de gestão temerária.
Contudo, menos de 48 horas após a decisão da Câmara, a Justiça concedeu liminar favorável à gestora, anulando os efeitos da cassação e determinando seu retorno imediato à chefia do Executivo Municipal.
A decisão judicial foi embasada em supostas ilegalidades no rito do processo legislativo, especialmente quanto à ampla defesa e ao direito ao contraditório, além da ausência de comprovação clara das condutas imputadas.
Em nota, a prefeita Monalisa Tavares afirmou estar sendo alvo de perseguição política e reiterou seu compromisso com a legalidade, a transparência e o desenvolvimento de Ibicaraí. "A verdade prevalecerá. Estou de volta para continuar trabalhando pelo povo", declarou.
Já a presidência da Câmara Municipal informou que vai recorrer da decisão judicial, reafirmando a legalidade do processo de cassação e apontando o que considera ingerência indevida do Judiciário sobre prerrogativas do Legislativo.
O caso ainda promete desdobramentos e amplia a tensão entre os poderes locais, ao mesmo tempo em que mobiliza a opinião pública de Ibicaraí, dividida entre apoiadores e críticos da atual gestão.
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