Da redacão - A cena é triste e revoltante: o artista e ex-servidor público José Góis, conhecido carinhosamente como Goizinho, encontra-se internado em uma maca nos corredores do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, em Itabuna. O motivo? A já conhecida superlotação da unidade, que escancara a precariedade e o descaso com a saúde pública na cidade.
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| Reportagem com ele há alguns anos, na Revista Excelência |
De acordo com informações de familiares e amigos próximos, Goizinho foi levado ao hospital em estado delicado de saúde. No entanto, ao invés de receber o acolhimento digno de um cidadão que tanto contribuiu para a cultura e o serviço público local, está à mercê de um sistema que parece mais interessado em manter aparências do que em preservar vidas.
Faltam lençóis, faltam esparadrapos, falta humanidade. A denúncia é grave: pacientes dividem espaços apertados, sem o mínimo de conforto ou privacidade. "O Hospital de Base virou vitrine por fora, mas por dentro é o retrato do abandono". Diz o comunicador.
A situação de Goizinho é apenas a ponta de um iceberg de problemas que se arrastam há anos. “Dizem que o hospital tem o céu na fachada e o inferno nos corredores”, e o que dá a entender, depois de tantas propagandas nos veículos de comunicação e nas redes sociais.
José Góis é mais do que um paciente. É um símbolo vivo da cultura itabunense. Um homem simples, que dedicou sua vida à arte e ao serviço à comunidade. Permitir que ele seja tratado com tamanha negligência é uma afronta à dignidade humana e à memória viva de um povo que luta diariamente por reconhecimento e respeito.
A sociedade cobra explicações e providências. Onde está a Secretaria de Saúde? Onde estão os investimentos anunciados com tanto alarde? O povo quer respostas, mas, acima de tudo, quer dignidade.

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