Os padrões de eficiência relacionados à efetivação, em Itabuna, do Programa Latim (Rede Latino-americana de Telemedicina para Infarto) apresentaram, neste final de semana, os seus primeiros aspectos. Lançado na última quinta-feira (05), no Auditório da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna com a presença do prefeito Fernando Gomes, o programa foi possibilitado pela assinatura da Carta de Intenção por parte do poder público municipal, através da qual tanto a prefeitura quanto a Secretaria de Saúde de Itabuna comprometem-se nas contrapartidas mínimas para que o atendimento em rede garanta os resultados esperados. O objetivo do programa é de zerar definitivamente a ocorrência de mortes causadas por infarto do miocárdio. Em Itabuna, além do Hospital Calixto Midlej Filho, integram a rede de assistência o Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães, a Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas (UPA24HS) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Dados apresentados pela Revista Exame em 2016 indicam que cerca de 75 mil pessoas são acometidas por infartos todos os anos no Brasil. Dessas, 70 mil vão a óbito. A Bahia é um dos estados com menor incidência de óbitos, com uma média anual de 3,68 óbitos, levando em consideração as ocorrências registradas entre 2010 e 2015. A cidade de Itabuna é a primeira cidade baiana a aderir ao programa.
A diretora do Departamento de Média e Alta Complexidade (DMAC) da Secretaria de Saúde, Sandra Regina Fernandes Lacerda Morais, uma das responsáveis pela implantação do programa em Itabuna, explica que a própria existência do LATIM surge de um fato curioso: “eram dois irmãos que vinham de uma família com um certo poder aquisitivo, dona de uma empresa, e um deles acaba por perder a vida por causa de um infarto. Aí, o outro, toma para si a missão de minimizar ao máximo esse tipo de ocorrência e financiou as pesquisas e o desenvolvimento de uma máquina que promovesse um atendimento integrado”, explicou a diretora.