Ao Rio Cachoeira
Anzol, linha arremessada.
Na água cristalina
Do meu rio; de menino e menina.
Piabinha, massabê, piabanha
Tucunaré, beré, aratanha...
Moreia, robalo, calambau...
Pitu, traíra, jundiá. e pratibu...
O anzol de novo vou jogar!
Cesto, enfieira de “junsa” cheios!
- Mato da beira do rio!
Dos meus olhos a brilhar...
Muitos peixes... Pra lá, pra cá...
No meu poço “tubarão” a pescar...
Peixes a fisgar!
Que saudade, que saudade...
Da minha infância querida
E da minha “mutucugê”
Do meu poço tubarão...
E do meu Rio Cachoeira
- Aonde está você?
Aqui, agora, a chorar.
Vendo o vento as ondinhas bailar
De água poluída pelo vento a soprar
Sem minha imagem enxergar...
Aonde vamos chegar...?
Estamos perdendo o rumo
O contato com o mar!
Minhas lágrimas a que fim levará?
Joselito dos Reis
29.11.2016
reislito@gmail.com
Zap 73 991743489
Tragédia de nós
Um milésimo
Um segundo
Um minuto
Uma hora
Um dia
Um ano
Um
século
Um milênio
Milhares de anos...
-Não
importa!
Tudo
se resume
Em um momento
Tanto na alegria
Como na tristeza
Nos
sentimentos
Da dor
Do sorriso
Do amor
Neste
labirinto
De incertezas
Do destino...
De homem e menino!
Tudo
se acaba
- Se acabou!
Inocente, neste deserto...
Só a flor.
01.12.2016
DISTANCIA...
Vivo na natureza,
arrodeados.
Pelas flores... Da
cantiga dos pássaros.
Beleza dos rios e
mares.
Mas, sem amores!
Queria a alegria.
Mas só carrego as
dores
Neste meu mundo insano
Sem esperança, refém da ilusão!
Rumo à triste solidão.
Nos meus incertos ares.
02.12.16.