O ex-presidente Lula e o triste fim de Policarpo Quaresma
Márcio Garcia VilelaO Tempo
Desde que o ex-presidente Lula assumiu o mais alto cargo da hierarquia brasileira e, em consequência, ficou muito mais visível do que antes, seu narcisismo congênito se mostrou em tonalidade muito mais forte. Vencido por incontrolável vaidade, patenteou-se a pretensão de mostrar-se como o melhor governante que dirigiu o Brasil através dos tempos.
Atacado por impiedosa frivolidade, não poupou autoelogios e, assim, passou a utilizar qualquer oportunidade para externar o elevado conceito que faz de si mesmo, notadamente na condição de chefe de Estado acumulada com a de chefe do governo, com a qual o regime presidencialista costuma premiar o detentor das funções presidenciais.
Parecia que uma energia estranha e irrefreável o movia na autoglorificação, como se fora algo doentio. Foi por esse tempo, já um tanto distante, que suas hipérboles foram consolidando o conceito que passei a fazer do então presidente, acendendo-me a desconfiança, cada vez mais sólida, da sua peculiar personalidade.