segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Fé e devoção na festa à Iemanjá em Ilhéus

Fiéis e admiradores da Rainha do Mar se reuniram no último sábado, 02 de fevereiro, em três pontos da cidade Ilhéus - na prainha da Maramata, na Praça Dom Eduardo e na praia do Cristo - para saudar Iemanjá, a senhora das águas salgadas e protetora dos pescadores.  Uma multidão acompanhou o festejo, que contou com a presença de terreiros de candomblé, levando suas oferendas e presentes para ofertar a orixá, como ato de agradecimento e proteção recebida. O cortejo marítimo com as oferendas saiu por volta das 17 horas. 
 
Desde a manhã, os devotos celebraram com músicas de raiz africanas, danças, rodas de capoeira, atraindo turistas e também pessoas de outras religiões. É o caso de Lafaiete Firme, que não se declara candomblecista, mas afirma ser devoto da rainha do mar. Há mais de 18 anos, o funcionário público enfeita sua lancha e entrega presentes para a orixá que te ofertou muitas bênçãos. “Eu venho mais agradecer do que pedir. Pela saúde dos meus filhos, e a tudo que eu tenho, porque foi ela quem me deu”. 

Já o francês Gerard Gilbert reside em Ilhéus há 10 anos, e afirma ser encantado pela cultura baiana. “Em todos esses anos eu participei da festa, e vai ser sempre assim. O que mais me encanta é a alegria do povo”. Atraídos também por esse sentimento, o casal de turista do Rio de Janeiro, acompanhou pela primeira vez o cortejo marítimo. “A crença, o vestuário, a dança chamam muito minha atenção. A gente consegue sentir a devoção dos baianos nessa festa tão bonita”, declara o aposentado Airton Motta.

Há 18 anos à frente da celebração, Mãe Laura, do terreiro Ilê Axé Guaniá de Oiá explica que em todos os terreiros de Ilhéus se cultua Iemanjá, pela sua importância no sincretismo religioso, e que para os fiéis o dia destinado à rainha do mar é um momento de devoção, festa e alegria.

Com a realização da Festa de Iemanjá, o município de Ilhéus encerra o ciclo de celebrações religiosas que integram o calendário de verão e reafirma a força da cultura popular ilheense e sua importância para o desenvolvimento turístico. Neste período se celebram também as festividades: Puxada do Mastro de São Sebastião, Lavagem da Escadaria da Catedral de São Sebastião, Festa em homenagem ao Senhor do Bonfim, padroeiro do distrito Banco do Pedro. 

Serviços – A Prefeitura de Ilhéus, através da Secretaria de Turismo, ofereceu além dos serviços de limpeza, iluminação, toda a estrutura necessária para a realização da festa, com o suporte da Guarda Municipal, Salva Vidas e Agentes de Trânsito, além de contar com a colaboração da Polícia Militar e da Marinha do Brasil.

Secretaria de Comunicação (Secom).
Ilhéus – 04.02.2013

www.ilhéus.ba.gov.br

Mais de 2.600 se inscrevem para os cursos do Pronatec



 Mais de 2.600 pessoas se candidataram, em Ilhéus, aos 19 cursos oferecidos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), uma demanda que superou as expectativas e provocou a antecipação do encerramento das inscrições do dia 08, quinta-feira, para esta segunda-feira, 04. Os cursos mais procurados foram o de Assistente de Operação de Logística Portuária, Auxiliar Administrativo, Montador e Reparador de computador e Operador de computador. 
 

O objetivo do programa é incluir no mercado de trabalho famílias de baixa renda, pessoas inscritas no Sistema Nacional de Emprego (SINE) ou em situação de seguro-desemprego, além de beneficiários do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Os cursos são inteiramente gratuitos e são resultado do trabalho conjunto, ainda, da Secretaria de Desenvolvimento Social de Ilhéus (SDS) e do Instituto Federal da Bahia (IFBA).

Cada aluno receberá material didático gratuito para acompanhar as aulas, e, ao final de cada 15 dias, o valor correspondente a R$ 9 diários para despesas com transporte e lanche. Os cursos têm duração de dois a três meses e irão acontecer na sede do IFBA, na rodovia Ilhéus-Itabuna, próximo ao campus da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Adolescentes que estão prestes a terminar o ensino médio e adultos que buscam qualificação profissional foram maioria nas inscrições do programa.

O titular da SDS, Jamil Ocké, considera que o número de inscrições demonstra que a população aceitou bem a iniciativa dos cursos e está interessada em se qualificar profissionalmente.  A coordenadora do projeto pela SDS, Cristiane Almeida, assinala que os cursos oferecem aos alunos condições reais de competir no mercado de trabalho, além de atender a demanda das indústrias e novas empresas que serão instaladas em Ilhéus.

Da Secretaria de Comunicação (Secom).
Ilhéus – 04.02.2013

Baiana vítima de Tráficos de Pessoas recebe apoio da SJCDH

Uma das vítimas da quadrilha internacional, que atuava em Salvador e traficava mulheres para a Espanha, retornou neste sábado (2) à capital baiana. Ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Salvador, a jovem contou com o apoio do Governo do Estado da Bahia, por meio das Secretarias da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos – SJCDH e Políticas para as Mulheres. Inicialmente ela foi recebida pela assistente social da Polícia Federal, Walderez Marques, posteriormente foi conduzida para o superintendente de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos – SUDH, Ricardo Maurício.

A vítima é umas das cinco baianas aliciadas por falsos agenciadores que faziam promessas de emprego tentadoras na Europa. Elas eram obrigadas a pagar 4.000 euros referente as despesas do transporte. Durante quatro meses, ela viveu em Salamanca, em posse de uma quadrilha de tráfico internacional de mulheres. A proposta de ganhar dinheiro alto atraiu a jovem de 30 anos - que não quis se identificar -, para a cidade espanhola. “Eles se aproximaram de mim, ganharam minha confiança, fizeram uma lavagem cerebral. Não vou mentir fiquei com muita vontade de ir, pois da forma que eles falavam em pouco tempo poderia comprar um carro”, relatou.

De acordo com Ricardo Maurício, a SJCDH está desenvolvendo ações para combater o tráfico de pessoas. “Essa foi mais uma ação da SJCDH. Conseguimos garantir o acolhimento da vítima oferecendo total apoio para que ela possa ter os seus direitos assegurados e sua dignidade restaurada”, afirmou.

A Secretária de Políticas para as Mulheres- SPM, Vera Lúcia, também participou da ação. “Um dos nossos eixos é o enfrentamento à violência contra a mulher. A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República entrou em contato com a SPM da Bahia e vamos dar total apoio as mulheres traficadas no intuito de erradicar essa situação”, assegurou.

Estiveram presentes também Adriano Figueiredo, coordenador de gestão de direitos humanos do estado da SJCDH; Alisson Freitas, Superintendente Interino da Infraero Salvador e Rita Souza, Coordenadora Executiva da SPM.

Após o primeiro atendimento, a vítima foi conduzida pela equipe da SJCDH para um local seguro. Na oportunidade, o coordenador Adriano informou que a Secretaria da Justiça está disponível para prestar todo apoio social, jurídico e psicológico. A resgatada ficou feliz e surpresa com o acolhimento. “Estou mais aliviada. Não esperava chegar ao aeroporto e receber todo apoio do governo”, afirmou.

Da assessoria

FALTA DE APOIO DO MUNICIPIO FECHA CONSELHO DO IDOSO DE ITABUNA

Ornam e Nilza Coutinho dois grandes defensores dos idosos em um encontro
Os idosos de Itabuna que sofrem os desrespeitos nas filas de bancos em transportes coletivos e em quase todos os setores de nossa sociedade, onde o preconceito é grande chegando, mesmo, a ser desumano, vai sofrer mais ainda. O motivo do fechamento do Conselho Municipal do Idosos, é que não recebeu o apoio do Governo Azevedo, apesar da promessa e, agora, do Governo Vane.

Veja nota, do presidente do Sindicato dos Aposentados do Estado da Bahia:

*Por Ornan Lapa Serapião dos Santos

CONSELHO DO IDOSO DE ITABUNA

Alguém próximo ao Conselho Municipal do Idoso de Itabuna, num passado bem recente, disse que Nilza Coutinho não deveria sair da Presidência do Conselho. À época, até concordamos com nosso interlocutor, fazendo ver, entretanto, que a Lei 1787/99, não permitia um terceiro mandato àquela Diretoria.

Hoje, nos deparamos com o “fechamento” do Conselho, órgão que defende os idosos, ou pelo menos isso é o que diz o Estatuto ( Lei 10.741/03), em seu artigo 7º . A Lei aí está para quem desejar ter acesso a ela.

Vemos, na atitude de fechar “temporariamente” o CMI, um atentado contra quase 25.000 mil idosos do Município, pelas seguintes razões:

a) o idoso, principalmente os mais carentes, têm no CMI um guarda - chuva no qual procura abrigar-se, protegendo-se dos maus - tratos, agressões e todo tipo de constrangimento;

b) o CMI conquistou a confiança da sociedade,( Clubes de serviço, Ministério Público, CREAS, FTC e tantas outras entidades), tendo convênio com algumas que beneficiam o idoso;

c) na gestão de Nilza Coutinho, no período de 12.06.2007 a 19.12.2011, o CMI obteve várias conquistas em favor dos idosos: convênios, Projeto FTerCeira Idade, diversas palestras de autoridades para idosos e de Conselheiros à Comunidade e tantas outras atividades;

d) Concluiu centenas de processos originados por denúncias de maus tratos praticados contra a pessoa idosa;

e) Instituiu e conferiu título de Amigo do Idoso a mais de cem itabunenses, estando todos os segmentos representados; nessa categoria;

f) O CMI trabalhava diuturnamente buscando o bem estar de seus representados.

Entretanto, tudo que foi feito nos quatro anos na gestão da Sra. Nilza Coutinho, teve o respaldo do Sindicato dos Aposentados e Pensionistas do Estado da Bahia (Sindapeb), da folha de papel à sede, pessoal, equipamentos e recursos, foram disponibilizados pelo Sindicato, dentro das suas possibilidades. Tudo era feito com muito sacrifício dos que tocavam o CMI, até mesmo colocando recursos do próprio bolso e utilizando veículos particulares na remoção de idosos acometidos de doenças. E, enquanto isso, o Município se mantinha omisso.

Agora, a diretoria do órgão resolve fechá-lo temporariamente. Não tivemos oportunidade de dialogar em detalhes com Eleusina Farias e Semírames Aderno (presidente e Vice) . No que pudemos perceber, elas estão querendo o mínimo de condições para o funcionamento do CMI. Entenderam que não tem mais condições de funcionar a reboque do SINDAPEB. Não que este deixasse de prestigiar o colegiado. Mas é preciso desvincular atividade do CMI das atividades do Sindapeb.

É o que pudemos depreender do fato, se estão certos ou não os dirigentes do Conselho, não entramos nesse mérito.

Presidente do Sindicato dos Aposentados

e Pensionistas do Estado da Bahia - Sindapeb

ADEUS ABILIO PERERIA



(O senhor Abílio Pereira lutava contra um câncer  e adquiriu uma infecção hospitalar ainda em Salvador )

Parentes e amigos prestaram as últimas homenagens, ontem, 3, ao empresário Abílio Pereira, da antiga  Viação Nossa Senhora de  Fátima, O empresário faleceu por volta das 8h30min deste domingo, no Hospital Calixto Midlej Filho, em Itabuna.

Abilio, de nacionalidade portuguesa,  deixa a esposa a ex-secretária de Governo Maria Alice Pereira, filho e netos. O seu corpo foi velado no SAF e o sepultamento ocorreu às 17h, no Cemitério Campo Santo, em Itabuna.

Abílio, atuou também na Secretaria de Transporte e Trânsito de Itabuna (Settrans) e na Defesa Civil,onde realizou um excelente trabalho no Governo Fernando Gomes e Azevedo. Foi também candidato a vereador chegando  à suplência do  legislativo itabunense e um dos fundadores da Igreja Nossa Senhora de Fátima.

Livro de escritor cubano desmitifica Fidel, ‘o tirano mais amado do mundo’

Em "Fidel: O Tirano Mais Amado do Mundo", Fontova mira também em quem não se cansa de elogiar Castro, como jornais, artistas e políticosObra revela as atrocidades praticadas pelo ditador no poder em Cuba há cinco décadas
Em “Fidel: O Tirano Mais Amado do Mundo”, Fontova mira também em quem não se cansa de elogiar Castro, como jornais, artistas e políticos

“Na escuridão, antes do amanhecer de 13 de julho de 1994, 74 cubanos desesperados – jovens e velhos, homens e mulheres – embarcaram escondidos em um decrépito mas confiável rebocador no porto de Havana e partiram para os Estados Unidos – e para a liberdade.”
 
Dessas 74 pessoas em busca de uma nova vida, somente 31 sobreviveram para contar a verdadeira história daquele dia. Antes que pudessem avistar a salvação, o barco foi interceptado e afundado pela polícia de Fidel Castro. E para os 43 cubanos que se perderam no mar, não houve uma matéria comovente no New York Times nem mesmo um memorial em Havana. Para esses 43 cubanos só restou o título de covardes.

Publicado pela editora LeYa, “Fidel: O Tirano Mais Amado do Mundo”, do cientista político cubano-americano Humberto Fontova, narra a verdadeira história da Revolução Cubana e de seu líder, Fidel Castro, através de depoimentos e relatos de pessoas que sobreviveram à revolução. Um manifesto que explica como e por que os Estados Unidos criaram o mito Fidel Castro, que até hoje é símbolo da luta pela igualdade e da defesa dos direitos humanos.

Por que se aplaude os atos de um homem que matou mais que os grandes ditadores da história recente da América Latina? “Pergunte para Maria Garcia o quanto Fidel mudou sua vida naquele 13 de julho, quando ela viu seu filho de 10 anos ser engolido pelo mar. Ou então Bonnie Anderson, que teve que olhar nos olhos de Fidel e encarar seu sorriso malicioso ao perguntar sobre a sua família – que ele destruiu ao enviar seu pai para o fuzilamento. E seu antigo colega de escola Ramon Mestre que por um crime hediondo – cobrar uma divida de Fidel durante o ensino médio – foi condenado a passar 20 anos como preso político”, sugere Humberto Fontova.
Fidel ensinou ao mundo que a realidade não importa. Assassine, empobreça e tiranize o povo de um país por conta e risco, mas proclame-se um comunista que as pessoas de esquerda pelo mundo afora vão amar você. (Humberto Fontova)
Fidel Fernandes Castro ficou conhecido em todo o mundo após expulsar o ditador Fulgêncio Batista de Cuba. Apoiado pelos Estados Unidos, Fidel derrubou o governo com o propósito de implantar o socialismo e a igualdade em Cuba, livrando a pequena ilha da destruição ambiciosa de Batista. Poucos cubanos sabiam, porém, que ele se tornaria um ditador ainda mais cruel que Batista.

O livro desfaz mitos frequentemente repetidos sobre Cuba, como a ideia de que o comunismo provocou “inegáveis avanços na saúde e na educação” e de que os problemas econômicos da ilha são resultado do bloqueio imposto pelos Estados Unidos.

Fontova mostra que Cuba – que já foi a 11ª nação com o maior padrão de vida do mundo – tem hoje uma realidade pior do que a do Haiti. Os cubanos vivem sob o domínio total do governo, sem direito a propriedades, ao simples direito de ir e vir, ao consumo livre e a liberdade de expressão. “Hoje mais de 20% da população de Cuba está nos Estados Unidos e os outros 80% – excluindo é claro os privilegiados membros de La Revolución – sonha em fugir de lá”, afirma Fontova.

Para o autor, Fidel destruiu a economia do país, tornando o país dependente financeiro das grandes potencias e um fiel escudeiro do narcotráfico internacional.

Desde o paredón de La Cabaña, a principal prisão política da ilha, Cuba já teve mais de 500 mil presos políticos. Nos três primeiros meses da Revolução foram registrados mais de 500 fuzilamentos. De acordo com Fidel, no entanto, não existem desaparecidos políticos em Cuba, e ai de quem disser o contrário.
Por que os Estados Unidos, a ONU, as celebridades politicamente corretas e os engajados sociais pelo mundo defendem esse homem como um grande governante? Essa é a grande pergunta de Humberto Fontova em seu livro. É possível condenar ditadores como Augusto Pinochet e Adolph Hitler e passar a mão na cabeça de um homicida como Fidel Castro? Quem clama pelos direitos civis dos cubanos aprisionados em Cuba?

“Fidel – o tirano mais amado do mundo” aponta o porquê desse favoritismo por Fidel e alerta para o perigo de usar a ideologia para mascarar ditaduras.

“Fidel: O Tirano Mais Amado do Mundo”
Autor: Humberto Fontova
Editora: LeYa
Páginas: 352


Abaixo, leia um trecho do livro que conta o massacre de fugitivos de Cuba:
Na escuridão, antes do amanhecer de 13 de julho de 1994, 74 cubanos desesperados – jovens e velhos, homens e mulheres – embarcaram escondidos em um decrépito mas confiável rebocador no porto de Havana e partiram para os Estados Unidos – e para a liberdade. O nome do barco era 13 de Março, denominação que permanecerá infame para todos os cubano-americanos – e para todos os amantes da liberdade e da decência.

O vento uivava naquela noite feia. Fora do porto, na penumbra, um mar agitado aguardava. Mas essas pessoas desesperadas não podiam se dar ao luxo de cancelar ou adiar a viagem. Planejar a fuga havia levado meses. A polícia infiltrada de Fidel e seus diversos delatores não tinham percebido o plano.

O pesado veículo deixou o porto. Ondas de um metro e meio começaram a espancar o rebocador. Mães, irmãs e tias silenciavam as crianças apavoradas, algumas com apenas um ano de idade. Voltar estava fora de questão.

Com o 13 de Março já tendo avançado alguns quilômetros no mar turbulento, Maria Garcia, uma mulher de 30 anos, sentiu algo puxando sua manga. Olhou para baixo; era o filho de 10 anos, Juan. “Mamãe, olhe!”, ele apontou para trás deles, na direção da costa. “O que são aquelas luzes?”
“Parece um barco nos seguindo, filho”, ela gaguejou enquanto alisava o cabelo do menino. “Fique calmo, mi hijo. Tente dormir. Quando você acordar, estaremos com seus primos em um país livre. Não se preocupe.”
O pequeno Juan não foi o único a ver as luzes. Outros ficaram em pé na popa do barco apontando e franzindo as sobrancelhas. Logo, mais dois grupos de luzes apareceram.
“Mamãe! Tem mais!”, Juan ofegou. “E elas estão chegando mais perto! Olhe!” O garoto continuava puxando a manga da mãe.

“Não se preocupe, filho”, ela gaguejou novamente. Na verdade, Maria suspeitava que as luzes pertencessem à patrulha de Fidel, que vinha interceptá-los.
E elas se aproximavam rápido. Logo haviam alcançado o pesado rebocador.
Eram de fato barcos da patrulha de Fidel – barcos de bombeiros, tecnicamente, armados com poderosos canhões. Os fugitivos imaginaram que iriam voltar para Cuba, provavelmente para a cadeia.

Mas, em vez disso, bam! O barco de patrulha mais próximo bateu na traseira do rebocador com sua proa de aço – os passageiros foram derrubados no deque como pinos de boliche. Um acidente, certo? Mar difícil e tudo o mais.
“Ei, cuidado! Temos mulheres e crianças a bordo!” Para demonstrar isso, as mulheres levantaram as crianças, que berravam.

Os castristas acharam que elas seriam bons alvos para seus canhões de água. O jato entrou violentamente no rebocador, varreu o deque e derrubou os fugitivos, jogando alguns contra as anteparas e outros para fora do deque, direto nas ondas.
“Mi hijo! Mi hijo!”, Maria gritava enquanto o jato de água batia nela, arrancando-lhe metade das roupas e tirando de seu alcance o braço de Juan. “Juanito! Juanito!” Ela se movia freneticamente, ainda cega pela torrente. Juan havia rodopiado pelo deque e agora se agarrava em desespero ao corrimão do barco, três metros atrás de Maria, enquanto ondas gigantes molhavam suas pernas. “Dios mío!”

Essas pessoas cresceram em Cuba. Então, diferentemente do New York Times, do The Nation, da CNN, da CBS, da NBC, da ABC e de boa parte de Hollywood, nunca confundiram Fidel Castro com São Francisco de Assis. Mas, ainda assim, poderia ser verdade que mulheres e seus filhos estivessem sendo deliberadamente usados como alvos?

Os fugitivos se prendiam a mastros, trilhos, braços, pernas, qualquer coisa para evitar cair. Maria e um tripulante conseguiram agarrar Juan e puxaram a criança soluçante para dentro. O canhão ainda varria o deque, enquanto homens jogavam mulheres e crianças na cabine do rebocador. Logo, os dois outros barcos da patrulha estavam lado a lado.

Um dos barcos de aço se virou bruscamente e bateu no rebocador pelo lado. O outro se chocou pela frente. O de trás bateu de novo. O rebocador estava cercado. Os choques não eram acidentais. Os barcos de Fidel estavam obedecendo ordens.

Do - jornaldamídia

Despedida



Despedida...
                      Ao poeta:
                      Juarez Vicente Silva de Carvalho

O céu azul, as nuvens brancas
Até parecendo o apelo da paz
Dentro de um momento vazio

As andorinhas revoavam fazendo festa
Entre o contraste verde de uma árvore solitária
Até parecia um aviso do Senhor!

Era trinta e um de janeiro
De dois mil e treze no Campo Santo
O universo ficava mais triste

Se desfazia um professor, um poeta
Entre o sol, o vento e a emoção...
Outros poetas lhe suplicavam a Deus

E, entre lágrimas, emoções e fé
Da sua trajetória de homem ético
A um cantinho no céu!

Os poetas suplantavam as adversidades
Na força da poesia e da canção
Que por aqui um dia ele plantou!

Dentro de um mundo de magia, amor e flor
Tentavam disfarçar a saudade, a dor...
Adeus poeta! Adeus poeta!

Só os deuses lhe consolidaram
O seu destino ao encontro de Deus!
Pois os poetas não morrem...

Eles se encontram no desencanto
Do encanto da magia do universo.
E deixam as poesias, os versos!

Joselito dos Reis
31.01.2013

Mais de 80% das pastagens do Sul da Bahia podem ser convertidas em Sistemas Agroflorestais com cacau

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