Wlisses Benício de vendedor de ouro a taxista
Natural de Saúde, distrito do município de Jacobina (Sertão Baiano), chegou a Itabuna nos anos 50, o jovem Wlisses Benício de Souza. Aqui em Itabuna, começou sua jornada profissional vendendo ouro de porta em porta, época em que o cidadão não tinha maldade e respeitava o seu próximo, através da palavra!
Possuidor de uma visão larga, vendo que Itabuna se desenvolvia rapidamente, o jovem Wlisses resolveu mudar de função, e ingressou na profissão de motorista de praça, hoje motorista de taxi. Aprendeu a conduzir automóvel, através de um “Gordine”, já que, naquela época (anos 60), nas praças de Itabuna, ao contrário dos modernos automóveis de hoje só existiam a rural, a limusine e o jeep.
Wlisses Benício, hoje conhecido como “Senhor Wlisses do taxi”, adquiriu um jeep, seu primeiro carro de praça. De lá, para cá, já conta com cerca de 40 anos de serviços prestados a comunidade itabunense, e sempre no mesmo local, ou seja, na Praça João Pessoa, mais conhecida como “praça Telebahia1, ou Praça 01”.
A comunidade grapiúna se sente lisonjeada e orgulhosa de ter um cidadão como o senhor Wlisses. Profissional de mão cheia, e digna de trabalhar, na função, em qualquer capital do Brasil, e que aprendeu a gostar de Itabuna, como ninguém, desde o seu primeiro momento, quando desembarcou neste chão; Foi amor a primeira vistas.
Wlisses é um cidadão carismático, não chegando a ser místico, mas parecido, de fino trato aos amigos e passageiros, transparecendo de poucos amigos, mas detentor de uma grande clientela, pelo seu jeito educado de saber tratar as pessoas que lhe rodeiam. Como sertanejo, tem um jeito próprio de atender as pessoas; “um verdadeiro cavalheiro”.
Já se considerando um filho de Itabuna. Wlisses Benício de Souza, que é detentor de uma grande parte de nossa história, viu nascer o desenvolvimento de Itabuna, já é considerado um “Cidadão Itabunense”, mesmo sem ter esse titulo oficializado pela Câmara Municipal. O que consideramos uma grande injustiça, não só, a Wlisses, mas também para todos aqueles que trabalham iguais a ele, e fazem o progresso e a história de Itabuna.
Ao senhor Wlisses, os nossos parabéns!
“Seu Dedé Sapateiro” uma história de vida
Conhecida como uma profissão secular, a exemplo da de carpinteiro, do interior do Riachão do Dantas, estado de Sergipe, chegou a Itabuna o cidadão José Calixto de Oliveira (Deda Sapateiro – Sapataria Popular). Como mais um Sergipano que viu sua família, atraída pela fama da riqueza do cacau. A família chegou á região cacaueira nos anos 40 e se aportou em Itajuipe, na época conhecida como Pirangi.
Escolha da profissão...
Com apenas oito anos de idade, o então menino, hoje um cidadão que fez prestação de serviço á comunidade da região, “Dedé Sapateiro” foi encaminhado á escola, pelos seus país... Irrequieto por não ter uma profissão definida, ainda na escola, com apenas 12 anos de idade, escolheu a função de sapateiro por ser naquela época um oficio atraente.
Os primeiros passos em Itajuipe
Em Itajuipe, terra do escritor Adonias Filho, ou melhor, em Pirangi, deu os seus primeiros passos na sua nova profissão até se estabelecer em Itabuna em busca de novos horizontes. “Dedé Sapateiro” hoje com 80 anos de idade e contando com a simplicidade dos homens sábios, gosta de enfatizar que o sapateiro, defende uma grande profissão por ser ela histórica.
No ofício há 68 anos
Com 68 anos no oficio, enfatiza com muito orgulho de que como sapateiro garantiu criar e formar todos os seus filhos. Passou a profissão de pai para filho, referindo-se ao seu filho Antonio Carlos que trabalha ao seu lado, apesar dos estudos, abraçou a mesma profissão com muita dedicação. Informando ainda que essa profissão levou todos seus filhos ao banco da escola e formando todos eles; - três mulheres (Rita, Sônia e Conceição Mendes de Oliveira) com o diploma de professoras e dois homens; um em contabilidade (já falecido) e o meu companheiro Antonio Carlos Mendes de Oliveira (Shapatinho) que já como disse antes, apesar de ter estudado, resolveu seguir a minha profissão, exerce também a função de Guarda Municipal. - “o que me orgulho muito em atender a sociedade”.
Muita satisfação...
Todas essas realizações deixam transparecer no semblante do velho sapateiro, muita satisfação dentro de um largo sorriso, resultado de uma missão cumprida. Neste momento, deixando transparecer saudade e tristeza lembra do falecimento de sua esposa/ companheira, madalena Mendes de Oliveira com quem constituiu sua família.
Primeira sapataria
Novamente ressalta com muita satisfação, que a profissão de sapateiro “que muitos falam estar em extinção, não passa de uma falsa informação, pois ainda vejo como uma profissão rentável, boa e ótima para ganhar dinheiro!”. Com essa expressão de vitória “Seu Dedé” informa que instalou sua primeira Sapataria na Rua Rufo Galvão (naquela época Benjamim Constante), e hoje com mais de 50 anos na Avenida Inácio Tosta Filho, 242/b, ao lado do cabeleireiro Carlão (Salão João Paulo Segundo) em alojamento simples, o sapateiro ressalta que já teve centenas de clientes – entre eles - as tradicionais famílias de Itabuna e, com orgulho cita – de acordo o que permite a sua lúcida memória - as famílias: Lessa, Porto Sena, Freire, Menezes, Barros, Pinheiro e, especialmente, como ele gosta de frisar, a família Araújo e Dona Zumira, através de Antonio, que lhe permitiu o local de sua sapataria, até os dias de hoje.
Vê Itabuna como uma grande cidade
“Seu Dedé” demonstra seu amor por Itabuna, vendo-a, como uma grande cidade sem limites para o crescimento e o seu desenvolvimento. Para ele falta tão somente consolidar esse progresso, tendo mais atenção dos seus governantes. “Afinal de contas foi neste chão que constituir minha família e dei formação escolar a todos os meus filhos, na minha árdua e boa profissão de sapateiro” ressaltou.
Titulo de cidadão para “Seu Dedé”
Daqui queremos chamar á atenção dos vereadores, pois seu Dedé ainda não tem o titulo de cidadão Itabunense, e ele merece! O seu filho Antonio Carlos “Shapatinho” ao seu lado, afiando uma sovela, concordando com todas as colocações de seu pai, disse que, além de trabalhar como sapateiro, um oficio que ele aprendeu a amar por obras de seu Dedé, enfatiza que as indústrias calçadistas sempre deixam a desejar na confecção de um sapato, o que sobra para o sapateiro “dar um trato!” e ganhar o seu dinheirinho; “como disse meu pai ainda é uma profissão que ganha dinheiro!”...
Seu filho Diretor do Itabuna Esporte Clube
Falou também do seu grande ciclo de amizades, realizadas através do seu oficio, o que lhe respaldo ingressar no social, e ser hoje diretor do Itabuna Esporte Clube, enfatizando que chulé não lhe mete medo e nem nojo... E, em nome do “Seu Dedé” agradeceu toda a sociedade itabunense, especialmente aos que conseguem manter a Sapataria Popular, o que atraiu um grande sorriso de ‘Seu Dedé!que no momento afiava uma faquinha para dar continuidade ao seu trabalho.